domingo, 16 de setembro de 2018

Um convite, um chá

Recebi um convite.
Chegou-me por um meio de comunicação que tanto aprecio: a correspondência!
Eu li, reli, tanto alegrei-me, porém demorei em aceitar esse especial convite.

Seria uma viagem. Era preciso acomodar-me para que pudesse apreciar a paisagem.

Demorei para encontrar aquele espaço, aquele momento para que eu realmente abraçasse o convite e me lançasse nessa viagem.

Mas quando pude realizar essas palavras convidativas, foi mesmo uma viagem incrível!


Sou uma leitora - nada voraz - tenho um tempo meu, minhas fases para com os livros. Digo isto porque já me lancei em desafios do instagram de ler um livro por mês, depois um por semana e senti que não funciona comigo.  

Fazia um tempo que não lia um livro dessa forma,viajando e apreciando a paisagem!

Há pouco tempo entrei em uma livraria de shopping para procurar um livro. Não tinha nada definido. Queria mesmo andar por entre as prateleiras e encontrar algo que brilhasse para meus olhos.
Que decepção... As grandes livrarias foram tomadas por livros de séries, youtubers, pilhas e mais pilhas desses gêneros.

Se são ruins ou não, nem saberia dizer pois nunca os li. São na realidade uma tendência de mercado.

Saí da livraria sem comprar nada e alguns dias depois, os correios me entregam esse delicioso presente!

Fiz várias xícaras de chá para acompanhar a leitura e foi uma agradável viagem dia após dia, página a página!

Esse livro é uma dessas coisas incríveis que acontecem aqui pelos blogs!
Obrigada!

Filhos e o criar asas


Projeto: Na casa da vizinha, uma blogagem coletiva mensal organizada pelas meninas Tê Nolasco do blog Bolhinhas de Sabão para Maria e Cris Philene do Prosa de Mãe.

Esta será minha primeira participação e quero agradecer à Tê e Maria, que eu já conheço e também à Cris, que estou tendo a oportunidade de conhecer através dessa interação que as blogagens proporcionam! E claro será muito agradável conhecer outras mamães que estão participando. Sem contar que tem mamãe que também é avó e corta as asas se for preciso!!!

Filhos e o criar asas tão cedo

A vida me colocou uma experiência, que claro, a princípio foi de extrema dor - eu tinha doze anos quando minha mãe morreu e que depois a dor se tornou uma doce lembrança e me possibilitou ressignificar muitas coisas.
Essa experiência jogou luz na maneira como eu crio os meus filhos.

O "criar asas" sempre esteve à voltas nesse meu processo de maternidade, mas sem peso, sem tristeza, sem medo, foi algo simples e que acontece aos poucos.

Como sou filha única e não tenho família próxima, cada oportunidade que surgia, dos filhos dormirem fora, era algo muito positivo. Mas, como disse anteriormente, nós, os pais, respeitamos as individualidades: minha filha com dois anos já aceitava o convite, o filho, na época com quatro, simplesmente não queria.

Então passamos por todo o processo em que a escola tem um espaço grande, seja nos passeios, excursões, noite de pijama em casa de amigos, muito bem.

Sei que pode soar estranho, mas eu sempre fiquei muito tranquila, nada de coração na mão! Checada as condições de segurança e afins... eu me alegrava com a situação.

Quero nessa interação abordar a fase bem adolescente dos meus filhos e sei que a Chica passa pelo mesmo agora com o neto.
Meu filho tem 15 anos e a menina, 13.

E acho essa a idade mais difícil e perigosa e já falo disso logo mais.

Com 15 anos meu filho se locomove sozinho para a escola, pela cidade de ônibus e uber, porém isso só é possível porque aqui a cidade é segura. Esse é um dilema: como soltar numa cidade, num bairro inseguro, violento?

Esse soltar do meu filho foi acontecendo: um dia eu não pude ir buscá-lo no kumon e ele voltou sozinho para casa ( anteriormente eu o levava e comecei a ficar na esquina para que ele entrasse sozinho; depois combinei que esperá-lo em uma rua próxima e assim se deu até que ele veio sozinho para casa, disse ser tranquilo e passou então a ir e voltar só ).

Moramos próximo à escola da menina, no primeiro mês eu a levava, depois vendo várias crianças indo sozinhas também a deixei ir só.

Vez por outra eu peço uma passada na quitanda para que me tragam uma alface ( e chega em casa uma escarola! ), tem mocinho comprando seus próprios itens de higiene e assim vamos seguindo.

Junto a tudo isso, acho importante que essas asas que vão ganhando mundo encarem as limitações, as frustrações, as dificuldades. O crescimento e aprimoramento emocional é grandioso nesse processo.

O perigo das asas:

Como disse acima, acho essa a fase mais perigosa. Por quê?
Porque educar, criar, ensinar, cuidar é maravilhoso e é cansativo. Por mais que exultemos a maternidade, o cuidar, existe um cansaço que talvez nem seja físico. Então essa fase "adolescente grande" é maravilhosa para se ter um pouco de sossego - dê dinheiro ao seu adolescente e liberdade a ele e você terá momentos de paz...

Estou presenciando isso: muitos pais soltam completamente nessa fase e temos visto muitos adolescentes bebendo e usando drogas. Amigos de minha filha de 13 anos fazem "festinhas"em casa à base de vodca ( cadê os responsáveis ? ).

Não senti aperto no peito quando eram pequenos e sinto agora com o filho moldando seus sonhos, falando inclusive em ir morar fora do país.

Bem, aos menos não se precisa mais usar ficha DDI para ligações internacionais ( sou dessa época! )

Vou finalizar apresentando meus filhos!

Bernardo, quer ser engenheiro aeronáutico.


Júlia, começa o ensino médio ano que vem e nunca termina de assistir a série Grey's Anatomy ( e eu fico sem o computador )


Dar asas, podar um pouco as asinhas é viver!
E é maravilhoso viver com esses seres que nos inspiram dia a dia!