segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Festejando um blog

 


Celebrar 13 anos de um blog é bênção e sorte, são ambas se misturando, mesclando!
Rosélia, parabéns pelo teu blog-mãe, pelos treze anos permanecendo aqui nesta rede que nos é tão querida!
Festejar teu blog me trouxe além de alegria, várias reflexões.
Como já li na Chica, quando começamos por aqui, a grande maioria de nós não tinha uma noção, uma visão clara do que aconteceria.
Um abraço lá em Portugal, como a Ailime colocou? Impossível de se imaginar que um blog levaria a isto!

Tantos blogs nasceram pela dor e através das palavras expressas e as recebidas, a dor foi se transformando inclusive em poesia, em fotografia.
Eu me lembro de um pensamento que cercava o início dos blogs que era o da frieza. Isso aqui era apenas uma página de computador. Mas para nossa sorte e bênção, o frio da tela foi misteriosamente se mostrando quente, cheio de vida, de vida mesclada em dores e alegrias, a tela magicamente nos mostrava um coração pulsando ali por detrás e assim nasciam as amizades, assim a continuidade, a vontade de interação.

Parabéns pela persistência. É uma alegria saber que seus muitos blogs conectam pessoas, histórias, tornam dias melhorem. Que você siga inspirada e nos inspirando também a seguir!

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

10 de agosto

 Venta, venta forte na manhã deste dia 10 de agosto. Chove também. Não tenho lembrança de outros 10 de agosto, mas certamente já deve ter chovido, ventado, feito sol, talvez até um arco-íris tenha existido nesta data. Mesmo sendo inverno, deve ter havido dias quentes, céu sem nuvens, ou talhadinho delas. Bem, já são cinquenta e uma vezes que eu acordo no dia 10 de agosto!

É meu aniversário e quero celebrar com vocês também essa alegria de poder estar aqui!

Escolhi um pequeno trecho de Valter Hugo Mãe para inaugurar meus 51 anos:

" Quando a avó trocou o coração por um electrodoméstico, continuou amando. Estava tão acostumada, fazia já do amor uma coisa plenamente racional. Amava por lucidez. Ela dizia: amar é saber. E dizia: amar é melhorar.

Tantas vezes me repreendeu quando rabujei ou abreviei o abraço. Ordenava apenas: melhora rapaz. Melhora."

Não uso um electrodoméstico no coração, e aliás que incrível essa palavra que o autor escolheu para marcapasso! Não trago um electrodoméstico no peito, porém trago nestes 51 anos de vida, imensas alegrias que se traduz em linguagem metafórica, de explodir o coração. Alegrias menores e as muitos pequenas que exigem até certo esforço para serem vistas. E as tristezas foram também muitas e de variadas dimensões. Diferentemente das alegrias de explodir o coração que felizmente não explodem nada, as tristezas, as de maiores dimensões, essas sim fazem grandes estragos. Acho que quando falamos em buraco no peito, mesmo que ele não seja visto em nenhuma máquina moderna, por nenhum eletrodoméstico, ele está lá. E foram muitos buracos neste 51 invernos.

E foi esse o motivo que me fez escolher a poesia acima do Hugo Mãe: entre explosões de alegria e buracos abertos, cicatrizados, esquecidos, latentes, eu sigo amando. Não perdi essa possibilidade.

Amar é melhorar. As explosões de felicidades nos melhoram e as profundas dores, de uma maneira espantosa também.

Aos cinquenta e um anos já não quero abreviar abraços. Amar é melhorar. Quero seguir melhorando.

Obrigada por estar aqui comigo, não importa o dia, se hoje, se depois.

Apenas vamos nos demorar no abraço!




Amar é saber...
Pude encontrar o ipê florido porque houveram dias em que o céu se fechou e ventou e choveu.
Já tive meus dias de não gostar dos dias chuvosos.
Melhora, rapaz. Melhora.





terça-feira, 2 de agosto de 2022

Três coisas boas

“ - Quero que vocês tenham um caderno na mesa de cabeceira - ele disse. - Toda noite, antes de dormir, quero que repassem seu dia. Façam uma lista curta com três coisas boas que aconteceram.

   - E se não acontecerem três coisas boas? - alguns de nós perguntamos em uníssono.

   - Bem, essa é exatamente a questão - ele disse. - Esse exercício desafia vocês a descobrirem três coisas boas todos os dias. Não precisam ser coisas grandes. Na verdade, não serão coisas grandes a maior parte do tempo. Coisas grandes, importantes, não acontecem todos os dias. Conquistar um prêmio, casar, arrumar um novo emprego, sair  de férias. São os grandes espaços de tempo entre esses eventos monumentais que formam a vida. Certo? A ideia aqui é que as pequenas coisas têm poder. A interação com alguém no elevador, ou com um vendedor de loja. Pequenas vitórias, como consertar  alguma coisa  que nos incomoda em casa. Quero que vocês  façam com que três coisas boas aconteçam todos os dias. Isso vai ajudá-los a descobrir que o que é bom já existe à nossa volta.”


Trouxe esse trecho de um livro que li recentemente ( Rádio Sangri-lá de Lisa Napoli ).

É algo que já sei, que já fiz com meus filhos, que exercitei aqui mesmo nos blogs e que de tempos em tempos eu preciso recordar.


Por vezes o desânimo ronda, por vezes entra e quer ficar. Foi e ainda é a pandemia, guerra, inflação, eleição, fome e violência pelas ruas. Às vezes me pego olhando tanto para as notícias que dificilmente são boas que vou me distanciando do que traz leveza ao olhar e ao coração.


O simples nem sempre é fácil, muitos já disseram isso de inúmeras maneiras. 

Tenho colocado um esforço alegre em procurar, ao final de um dia, essas pequenezas que nos fazem atravessar as adversidades com mais leveza, sem perder o ânimo.


E você, encontra fácil três coisas boas todos os dias na tua vida?!



Esse dente-de-leão estava no caminho quando levei o cachorro a dar uma volta!