sábado, 9 de abril de 2011

Aprendendo sobre skate

Esta semana, auxiliei meu filho Bernardo em um trabalho para a escola. A matéria era Filosofia e o tema livre a ser escolhido pela dupla que eles formaram.
Escolheram como tema “skate”. Orientei a pesquisa pela internet, levei-o para conversar com três skatistas e mandei um e-mail, sem perspectiva alguma de que fosse respondido.
O trabalho consistia em dar algumas informações sobre o tema e chegar a uma conclusão filosófica do assunto.
Eu, particularmente, achei de início que haveria muitos outros temas muito mais filosóficos, mas não interferi.
Foi aí que comecei a me surpreender a cada novo fato que o Bernardo me trazia da sua pesquisa, das conversas e no dia em que deveriam entregar o trabalho, chegou a resposta do e-mail. Deu tempo de acrescentar muita coisa do e-mail no trabalho e eu cheguei a muitas conclusões.
Foi um aprendizado para mim. Meus olhos simplesmente captavam imagens de skatistas que não me diziam nada. Era uma “tribo”apenas. Acho que já pensei que era perigoso, apenas. E os praticantes, pessoas estranhas em seus trajes.
Esporte. Nunca antes eu tinha visto que era um esporte, praticado como uma brincadeira gostosa em plena avenida Paulista. E que bom esporte, porque seus praticantes estão em forma! Não imaginava que havia sim uma filosofia junto ao skate. Heterogênea, porque há os que se identificam com o rap, com o rock, com o reggae além de dialogar com várias outras manifestacões urbanas como a arte (graffite, street art).
O que mais me surpreendeu: todos a quem conversamos, pessoalmente, pela internet foram solícitos. Dispuseram de seu tempo a nos explicar, a nos ensinar.
Faço aqui em agradecimento ao Giancarlo, que em seu e-mail usou estas palavras que me marcaram: “...é preciso conhecer, caso contrário podemos cair em certas generalizações”.
Trocando em miúdos é muito fácil criar um preconceito, um esteriótipo.
Obrigada Giancarlo.
Vou costurar aqui um outro assunto, ruim, desconfortável que é o episódio acontecido naquela escola do Rio de Janeiro.
Li, pela manhã, no site do Yahoo, na coluna do Walter Hupel, entitulada o retrato da maldade, onde ele questiona e nos leva a pensar na maneira como a imprensa tentava explicar o fato com esteriótipos que iam de ateu, muçulmano e por fim soro-positivo.
As generalizações não explicam, apenas podem alimentar ideias errôneas e gerar preconceito, discriminação.

2 comentários:

  1. Que bom que Giancarlo cooperou com suas informações e te fez aprender não só sobre o skate, mas sobre a arte de viver.

    beijos,chica

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  2. Olá Ana, sempre acreditei que generalizar não é uma boa.
    Imprensa "fazedora" de opinião, cuidado, fuja dela.
    Esse episódio no Rio nos fez enxergar muitas outras coisas também, inclusive, para mim a mais grave, a globalização.
    Ela é um perigo, não generalizando, porque mistura tudo, atrapalha quem já é meio "perdidinho".
    Gostei do post, achei lindo você se envolver na pesquisa do filhão, e aprender com ele. Parabéns.
    Beijo

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