Compro
livros em três ou quatro livrarias. O ambiente de uma é agradável,
outra tem um café aprazível no andar superior, outra oferece um
programa de pontos em que é possível trocar por livros e há ainda
uma que proporciona um selo de troca para livros.
Não
sei se as outras o fazem, mas nesta sempre me perguntam se quero o
tal selo.
Um
dia resolvi esclarecer minhas dúvidas a respeito: em quais
circunstâncias se troca um livro?
Já
troquei um dicionário porque veio sem vinte páginas e justo a
palavra que eu precisava consultar, não havia. Outra, foi um
problema de encadernação que fez as páginas soltarem ao primeiro
manuseio.
O
funcionário que afixou o selo de troca me explicou que é possível
trocar um livro porque você não gostou.
Nossa!
Então eu compro, levo para casa, leio e não gosto e venho
devolver?!
Que
evolução nos direitos do consumidor!
Confesso
que não ficava muito confortável com esta ideia de ler e devolver
porque não gostei. Parecia-me um tanto oportunista, eu bem poderia
enganar a grande livraria só para ler “dois por um”.
Esta
semana me vali do meu selo de troca porque simplesmente não gostei
da leitura. Mais do que isso, eu fui enganada pelo autor.
“O
zen e a arte da escrita” foi o meu escolhido.
Assim
que vi o título, fui atraída para ele já pensando em uma grande
revelação do tipo: “envolva-se com a fumaça leve e solta do
incenso deixando suas mãos bailarem sobre o teclado e surgirá
diante de seus olhos uma magnífica escrita zen”.
Seria
uma transformação passar de repente a escrever assim, num estilo
tão profundo, ao mesmo tempo simples, porém marcante, zen.
Cheguei
rapidamente ao final do livro porque fiz a leitura aos saltos.
Saltando parágrafos inteiros, páginas e mais páginas e cheguei ao
seguinte relato:
“Obviamente,
escolhi este título pelo poder apelativo. A variedade de reações a
ele deve me garantir algum tipo de companhia...”
“Espero
ser perdoado por usar o “zen”desse mesmo modo”.
Sim
será perdoado assim que eu utilizar o meu selo de troca e
devolvê-lo.
E
eu achando que um livro poderia mudar maneira de escrever das
pessoas. Isso sim é se enganar.
Que coisa!!!Vais mesmo usar o selinho e então, bem aplicado! beijos,chica
ResponderExcluirOi Ana, primeiro eu não sabia que era possível trocar o livro por não ter gostado. Segundo eu ri do seu assumido engano...
ResponderExcluirBoa semana.
Ainda bem que tens esse selo viu Ana, que ledo engano...
ResponderExcluirBj
Oi Ana!
ResponderExcluirNão tive como conter o riso. Mas ainda bem que deu tudo certo.
Aposto que o atendente da livraria te informou do selo de troca depois que ele viu o livro que vc escolhido!
Beijo!
Um post bem irónico que me fez sorrir!
ResponderExcluirBeijinhos.
Nossa, como pode alguém escrever isso no final de um livro?
ResponderExcluirEsse autor "bate fora do bumbo".
Ainda bem que você pode trocar. Veja se escolhe melhor desta vez...rsrsrsrs
Ana já cheguei à conclusão de que tem sempre alguém querendo nos enganar.
Autor de livro é a primeira vez que vejo. Mas já não me assusta.
Que pena que as pessoas sejam assim. Seria bem melhor se pudéssemos acreditar uns nos outros.
Beijos querida, e não deixa barato não.
As vezes compramos gato por lebre.
ResponderExcluirGostei muito desse selinho.
Abraços!
Valeu pelo sorriso que provocou, este post :)
ResponderExcluirAmiga querida,
ResponderExcluir"zen" noção esse cara!
usa esse selo por mim, viu?
e me diz, essa livraria tem em todo o Brasil, tb quero usar esse selo quando não gostar!rs
beijos em vocês
Ang
p.s.agora vou me atualizar daqui,saudades!
"Obviamente, escolhi este título pelo poder apelativo" Que absurdo!!! Como o autor tem a coragem de escrever isso?! Podia ter ficado bem quietinho. Ainda bem que pode trocar!!!! Bjinhossss
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