Em homenagem ao centenário de seu nascimento um poema bem ao seu estilo: leve, descontraído de quem olhou para a vida e viu muitos sorrisos.
Proclamação do amor anti gramática
"Dá-me
um beijo", ela me disse,
E
eu nunca mais voltei lá.
Quem
fala "dá-me" não ama,
Quem
ama fala "me dá"
"Dá-me
um beijo" é que é correto,
É
linguagem de doutor,
Mas
"me dá" tem mais afeto,
Beijo
me-dado é melhor.
A
gramática foi feita
Por
um velho professor,
Por
isso é tão má receita
Pra
dizer coisas de amor.
O
mestre pune com zero
Quem
não diz "amo-te". aposto
Que
em casa ele é mais sincero
E
diz pra mulher: "te gosto"
Delírio
dos olhos meus,
Estás
ficando antipática.
Pelo
diabo ou por deus
Manda
às favas a gramática.
Fala,
meu cheiro de rosa,
Do
jeito que estou pedindo:
"Hoje
estou menas formosa,
Com
licença, vou se indo".
Comete
miles de erros,
Mistura
tu com você,
E
eu proclamarei aos berros:
Vós
és o meu bem querer
Mário
Lago
Ana Paula, esse olhou para a vida e viu muitos sorrisos mesmo.
ResponderExcluirMuito lindo esse poema. Não o conhecia. Muito legal a simplicidade e realidade dele ao separar a "linguagem de doutor" da linguagem do amor.
Parabéns pela postagem, Ana. Valeu!
Beijo.
Manoel.
Linda homenagem à esse grande homem!
ResponderExcluirVim agradecer teus carinhos pelo niver!!! Obrigado de coração! beijos,lindo domingo,chica
Além do coração que fica confuso perante a nossa amada, tb as palavras, lindo e genial poesia, Srta. Lindo blog, se permitir, voltarei, abraços
ResponderExcluirEra um actor fabuloso.
ResponderExcluirRecordo de imediato a sua interpretação de Atílio na novela "O Casarão"... um personagem fortíssimo e impecavelmente desempenhado.
Ele merece essa lembrança mesmo. Grande homem, grande ator, grande poeta, e grande pessoa!
ResponderExcluirNão conhecia esse poema, na verdade, não conheço muitos poemas dele, e adorei!
beijo
Que poema lindo!
ResponderExcluirAmei!!