A imagem que utilizei no post anterior refere-se ao livro chamado "O inverno da nossa desconexão - como uma mãe e três adolescentes passaram seis meses totalmente desconectados e sobreviveram para contar a história" de Susan Maushart.
Eu não sou a favor de radicalismos. Com meu filho ainda foi possível que ele mesmo reconhecesse o quanto de distração as mensagens causavam e um reajuste de horários para o uso está funcionando até agora.
Lendo o livro percebi o que são realmente adolescentes altamente conectados!
A mãe ( do livro, que vive na Austrália ) descreve a maneira como se davam os diálogos no lar deles: ela via apenas a nuca dos filhos, que estavam sempre de pescoço inclinados para alguma tela; olho no olho tinha se tornado raridade. E o pior se deu quando ele percebeu que os irmãos haviam substituído a expressão facial e tonalidade da voz quando queriam falar, descrever algo engraçado pelo internetês LOL, que significa muitas risadas, risadas altas, gargalhadas, zombação.
Eles apenas diziam "Mano, isso é muito LOL"mas eles não riam. Foi a gota para ela. Desconexão total com direito a uma temporada sem energia elétrica! Mais radical impossível!
"Na primeira vez que anunciei minha intenção de desconectar todo o nosso arsenal eletrônico - do menor dos iPods shuffle ao computador superturbinado de meu filho ( o equivalente computacional de uma Ferrari ) -, meus três filhos nem piscaram. Quando penso nisso agora, entendo o porquê. Eles não me ouviram.
Bom, eles são adolescentes. E estavam ocupados. Postando as fotos da festa da noite anterior, bisbilhotando o Facebook dos amigos da possível ex-namorada do namorado, assistindo ao vídeo do momento no You Tube".
Toda essa experiência, Susan Maushart chamou de "O Experimento".
Durante o Experimento, as crianças que são nativos digitais, "descobriram" o prazer de folhear revistas, jogar conversa fora até tarde da noite com a mãe, amigos, cozinhar juntos, enfim todas essas coisas que nunca deveriam se perder mas que em tempos de conexão ininterrupta vai parecendo artigo de museu.
No próximo post - mandamentos da higiene conectiva.
Beijo!
Já posso me tranquilizar! Conversas olho no olho, gargalhadas reais, aconchego na cama da mamãe com direito a massagem nos pés circulam na nossa rotina!