sábado, 27 de junho de 2015

Compartilhando leitura

Recebi o convite vindo da Janeisa que bloga lá no Brasildobem, a postar hoje sobre um livro. Ela se inspirou na blogagem coletiva dos varais que eu e a Tina organizamos e assim vamos partilhando leituras, novos blogs, novas ideias.
O livro que escolhi, é na verdade de meu filho Bernardo que está no 9˚ ano.

Ele me trouxe o comunicado do colégio sobre essa leitura no começo do mês. O livro seria vendido na própria escola e assim que ele chegou, pedi para ver a capa e dei uma rápida olhada para saber sobre o que se tratava. Decidi que leria antes dele!

O livro fala do Holocausto, dos horrores da guerra e também de paz.

Quando eu estava na escola, o conteúdo sobre a segunda guerra, foi dado, na minha opinião, de maneira muito supercial e nós estávamos preocupados em decorar datas porque era isso o que nos seria pedido em prova.

Meu filho já teve aulas mais aprofundadas sobre o assunto, incluindo imagens e filmes.

Foi só recentemente que eu fiz uma leitura que me mostrou, me fez sentir a intensidade do horror e sofrimento. E eu, ainda que quisesse que meus filhos tomassem conhecimento exatamente daquela forma, ainda assim o livro "A Bibliotecária de Auschwitz" era de uma intensidade não para adolescentes.

Chega então em nossas mãos A mala de Hana.


Fumiko, é a curadora do Centro Educacional do Holocausto no Japão, criado para, através de objetos,  ensinar as crianças japonesas os horrores do Holocausto e também o otimismo e a alegria de viver dos sobreviventes dos campos de concentração.
A história de Fumiko e as crianças japonesas se passa em 2000 e ao mesmo tempo é narrado a vida de Hana e sua família entre 1930 e 1940. A mala de Hana chega ao Centro Educacional e a partir dela, a curadora, movida pelo desejo das crianças de saber mais sobre a garota dona da mala, inicia suas investigações e ao final "chega"  ao Canadá, onde o irmão de Hana, um sobrevivente que vai até o Japão ao encontro das crianças.

Um livro singelo, mas sem omitir as dores, as tristezas vividas naquelas décadas. São relatos que emocionam, como quando a mãe de Hana é convocada a se apresentar e partir em um trem. À noite ela se despede dos filhos, mostrando toda a coragem e esperança para esconder o coração despedaçado de mãe.

Adorei a maneira como as histórias se entrecuzaram, como foi descrito os momentos mais difíceis de Hana e sua família e a mensagem de paz que o livro se propõem: conhecer sobre o Holocausto é necessário para que esse horror nunca mais se repita.

6 comentários:

  1. Esse livro deve ser do agrado do Neno que fez um trabalho na escola sobre o holocausto e tudo isso! Eu acho um tema arrepiante, não gosto.Mas ele estudou profundamente as guerras mundiais, foi a fundo, pesquisando.

    E Esses entrosamentos entre blogs abrem leques de cultura, leitura e amizade!Tri legal1 bjs, chica



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  2. Ótima dica
    Singelo e real
    Histórias
    Sentimentos despertados do que temos, do que nunca deve se repetir e tantos outros

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  3. Um livro lindo com certeza apesar de todo horror do holoccausto. Gosto de ler e ver filmes sobre essa história para aprender e me humanizar mais, como vc disse as aulas de história em nosso tempo foram muito superficiais. Bjs e tem novidades no blog

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  4. Olá! Esse assunto é por demais atraente, apesar de triste e depressivo.
    Mas as crianças precisam saber, a memória daquelas desgraça todas precisa ser preservada.
    Mesmo na Alemanha existem grupos para palestras e debates sobre o assunto nas escolas.
    Eles não querem que a memória se apague. Isso tudo para que nunca se repitam os horrores do holocausto.
    Já li muito sobre o assunto, fico deprimida, mas leio, e esse livro ainda não conheço. Mais um para minha lista de espera.
    Tenho andado ausente, sei, mas tenha paciência, vou voltando aos poucos.
    Um beijo querida, bom domingo.

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  5. Deve ser muito emocionante. me lembrou de um outro livro que li sobre a perspectiva do Holocausto na visão francesa que é "A Chave de Sarah", que também foi uma leitura histórica mesclada com ficção. Gosto de livros assim, se aprende sempre um pouco mais de algo que não deve ser esquecido para não ser repetido.
    Grande beijo!
    www.brasildobem.net


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  6. Quando vejo você comparando suas aulas de história as dos seus filhos eu penso: um alivio não precisar de fixar datas nas cabeças das crianças, a Nova História Cultural trouxe alivio para alunos e professores.

    Temas relacionados com as duas Grandes Guerras são capciosos para os professores, encontrar o ponto certo é um desafio. Não conhecia esse livro "A mala de Hana", mas adicionei a lista de livros para serem usados na sala de aula. Para mim o livro inesquecível sobre o terror do entre guerras e da guerra para os judeus foi "O diário de Anne Frank", me emocionou, me fez pensar e ter empatia com essas pessoas.

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