Fiz poema, que ficou assim:
Quantas cerejeiras floriram
nesse incansável rodopiar dos planetas
e a cada flor, em cada nova estação
eu me gabava por metamorfosear
palavras, vestir letras
com ternura ou
intempestivamente
E naquele instante
em que a flor se desprende
esmaecida
fui esvaziada
dos significados
cultivados
Na calidez dos teus lábios
eu me deixei ir
Habitamos espaços
ouvimos o nascer de uma estrela
e ao voltar
minhas palavras não significam mais
como definir
um amor que não vive tormentas
um silêncio repleto
um sentir na distância?
Voltei vazia
nada do que havia em mim
me serve para exprimir
o meu sentir
Talvez uma palavra ainda
me reste
inefável
Gostei Ana Paula, você usou sua palavra direitinho, não perdeu o significado, encaixou no seu poema como se fosse de encomenda.
ResponderExcluirNão entendendo nada mesmo de poesia, coitada de mim, mas gosto!