quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Tempo


Estão se despedindo aos poucos.
Em uma semana, ausência.
Surpreendem-nos na outra, mesmo que seja em tímida aparição.
Assim estão os pêssegos, as nectarinas, lichias nos deixando.
Os novos encontros tem sido confusos: abacate, caqui, mimosa mexerica.
O pêssego já não tem mais o mesmo sabor dos presentes a providenciar na correria das ruas, shoppings com suas luzes de natal.
O caqui combina com a roupa em tons terrosos dos dias frios, que ainda não vestimos.
Tempo estranho.
Tempo que está passando ou que já foi para as nectarinas.
Tempo que ainda não é da tangerina mimosa.
Tempo é de colocar cobertores e endredons para arejar.
E lembrar de colocar as botas para engraxar.

Dois anos - blogagem coletiva





Dois anos, um número.
E quantos outros números poderiam traduzir um blog?
Os seguidores, comentários, as postagens, visualizações, curtidas, prêmios, selos, retorno financeiro... tantos números enquanto as estações do ano se repetiram duplamente.
Um blog, no entanto, é feito de palavras.
Palavras que emocionam, levam-nos a refletir, palavras ásperas, palavras mal interpretadas, enfim, palavras.
Em dois anos de blog, as palavras se sobressaem aos números. Não importa quanto comentários você recebeu, a interação, a provocação que houve no leitor passa a ser o mais importante.
Escritos Lisérgicos alcançou esta possibilidade de mobilizar e trazer uma resposta, uma reação dos que lêem,
Pode ser pouco para alguns, pode ser muito para outros. Dois anos é a vontade de seguir entre fases de boa inspiração, momentos inesperados.
E já que as estatísticas mostram que a grande maioria dos blogs sucumbe no primeiro ano, que se exalte a força dos dois anos do blog!
Parabéns Chrsitian!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Música na noite

Ontem ( segunda-feira à noite ) eu acompanhei  a minha filha Júlia a um evento musical.
A sala dela do quarto ano foi convida pelos músicos do grupo Música em Família para se apresentarem junto com eles num teatro aqui de São Paulo. Infelizmente só pode ir uma sala de aula, mas eles brincaram e dançaram muito!
Há um tempo, eu publiquei aqui no blog, uma música deste grupo, que foi uma das que mais eu gostei, com letra e vídeo.
Depois desta noite, passei a gostar ainda da música por saber como ela surgiu.
A cantora, Paula Santisteban, assistiu ao documentário "Criança a alma do negócio" e disse ter se impressionado com a resposta de 9 criança numa roda de 10 para a seguinte pergunta - o que você gosta mais de brincar ou comprar?
Comprar foi a resposta das 9 crianças.
Surgiu assim a música Não Custa Nada.
Ficou mais especial!

Durante a apresentação do projeto, também foi falado de um outro projeto que viaja pelo nosso Brasil retratando as brincadeiras das crianças.
Tem um vídeo aqui.  Além de relembrarmos momentos gostosos que vivemos, faz também refletir sobre a situação das nossas crianças das grandes cidades.

Alguns momentos das crianças:











Júlia pede para avisar que nesta última foto ela não ficou fazendo pose não. Foi a Paula que a abraçou de uma maneira "estranha"!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Poesia de lombada

Vamos brincar de empilhar livros e criar uma historinha com os títulos?
Essa é uma ideia adaptada de fazer arte com a Poesia de Lombada ou Spine Poetry.
Está na revista Veja desta semana. Lá a sugestão é somente empilhar e com sorte surgir um poema.
Eu gostaria de sugerir que costurando um título no outro, formássemos uma pequena e divertida história.
Vamos brincar?!


Um dia, nestes Tempos Líquidos, recebi 44 Cartas Do Mundo Líquido Moderno.
A última carta de amor, eu li Palavra por Palavra e descobri que Todo mundo namora menos eu.
Mas acho melhor que Parem de falar mal da rotina, façam a Terapia da simplicidade assim que surgir A primeira luz da manhã.
Ah! E não se esqueçam de levar O presente da vovó Sara.

Vamos lá, empilhe alguns livros e deixe aqui seu link para gente se divertir por estas lombadas!


Estão brincando pelas lombadas:

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Maria e Osvaldo

" Já eu vou."
Era assim que ela respondia ao chamado do marido para que fosse se recolher.
Antes de se deitar, arrumava o guarda-chuva  deixado aberto na varanda.
Sentada numa poltrona de veludo gasto, colocava o guarda-chuva sobre suas pernas e com delicadeza e demora, dobrava-o. Repassava com as pontas dos dedos cada dobra cada prega. Apertava e girava o tecido preto e mesmo após fechá-lo, ainda refazia alguns detalhes e demorava o olhar saído dos seus olhos azuis pousando-o em seu colo junto ao objeto.
A lágrima que se desprendia feito chuva miúda que escorre devagar, perdia-se em algum vinco de seu rosto envelhecido.
Iria deitar e ao amanhecer beijaria a face de seu marido e entregaria o guarda-chuva desejando um bom trabalho.
Fechando a porta, sentiria por alguns instantes o cheiro da água velva ainda em sua pele. Aquele era o cheiro da manhã. Ao cair da tarde, sabia que ele retornaria cheirando à bebida.
Posicionaria o guarda-chuva aberto na varanda para que escorresse o que poderia ser suas lágrimas que tinham chovido naquela tarde e com seus olhos azuis acompanharia os passos cambaleantes e os lábios que se movimentariam entre palavras mal pronunciadas e uma baba nojenta.
Era tudo. Ele não incomodava. Não gritava, não agredia, trazia o sustento e lembrava de trazer uma rosa branca no aniversário de casamento.
Durante a estação chuvosa, eram esses os gestos dentro da casa herdada do pai polonês, abrigado ali da guerra e de tantas tristezas que os olhos também azuis presenciaram.
O marido embriagado no sofá, levantava-se à hora de dormir. Substituía a roupa de trabalho por um pijama e proferia entre dócil e culpado um "você não vem deitar?".
Nas dobras do tecido preto do guarda-chuva todo o seu amor? Ou a falta e o desejo dele?
Passada a estação das chuvas, o movimento da casa era o mesmo à exceção do tricô que emitia um som quase inaudível durante o encontro das agulhas.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O feijão e o mendigo

Depois de deitar o feijão em folhas de louro, pedi ao Bernardo que se arrumasse para a escola.
O menino banhou-se, perfumou-se, vestiu-se e apresentou-se para a inspeção:


Não consegui liberá-lo de imediato. Meus olhos pararam demoradamente sobre ele que me dizia:
"Mãe, eu lavei as orelhas, esfreguei o pescoço."
Estava bonitinho o meu filhinho, um pouco cheirosinho, mas...
Tinha algo estranho nele.
Entre o cheiro do louro se desprendendo do chiado da panela de pressão, o cheiro do banho, havia algo a mais.
Hesitei, hesitei, tentei ordenar os pensamentos como quem cata feijão e fiz a pergunta:
"Onde você pegou esta blusa do uniforme?"
"Tava dobradinha em cima do sofá."
Bastou.
Bastou para que explodisse em mim uma gargalhada daquelas que levou a sentar no chão!

No último dia de aula do Bernardo no ano passado, a camiseta dele estava tão encardida, que eu nem coloquei para lavar. Peguei uma tesourinha escolar e com sacrifício cortei as mangas. "Assim não dá mais para usar"- pensei. Virou pano de limpeza.

Eu estava limpando vidros com ela quando tocou a campanhia e eu deixei o "paninho"dobradinho sobre o sofá e fui atender.
E o guri me aparece assim:



"Mãe, quase que eu fui para a escola assim, feito mendigo!"
Depois de sentar e rolar no chão de tanto rir, pedi para ele esperar um pouquinho e fotografei.

Levo o Bernardo para a escola e busco a Júlia.
Já em casa, eu contei para ela ( quase não conseguia falar de tanto que ainda ria ) o acontecido.
"Você acha isso divertido? Quase o coitadinho vai para a escola feito mendigo.
Ah, já sei. Você nem liga. Você adora conversar com mendigos"

( descrição fidedigna da cena ocorrida; não exagerei em nada! ).

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A explicação

Minha gente, olá, muito prazer!
Eu sou o Donisete, marido da Ana Paula.
Fiquei surpreso de achar essas belas imagens do feijão com terrão. Isso só acontece porque o feijão foi colhido e beneficiado de modo artesanal lá na fazenda dos meus pais. E provavelmente devem ser os últimos grãos do fundo do saco.
Por favor não denunciem senão meu casalzinho de velhos vai preso!
Prometo que vou trazer imagens de como é colhido o feijão e será breve.
A Paula é uma exagerada em falar de tanta pedra! É só um pouco de terra.
E tem que escolher mesmo o feijão,
É um ótimo antidepressivo!
Abraço a todos
Donisete

Pedra

No meio do caminho
tinha uma pedra
No meio do meu feijão
uma pedreira inteira!


Bom dia!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Imagem e palavras

Eu havia me programado para postar no domingo à noite a minha participação em uma blogagem coletiva, mas, a blogagem não irá acontecer. Como já tinha preparado a imagem e a frase, resolvi postá-la assim mesmo.
A fotografia é da nossa amiga Chica.



Acostumado a ver os céus através da moça do tempo na tv, sentiu medo e alegria debaixo daquela vastidão nua que lhe roçava a existência.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Hoje tem bolinho!

Quem está servido?
Hoje vai ter bolinho de milho feito pela ala masculina da família.
Milho colhido lá na roça das Gerais!





quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Etiquetas, terror e falta de educação

Nós pais somos seres de difícil compreensão.
Lembramos de cortar as etiquetas das roupas dos filhos, mas não lembramos de olhar a classificação etária de uma peça de teatro infantil. Parece que infantil é sempre livre, mas... não é bem assim.
Chegamos animados porque conseguimos chegar ( no trânsito caótico de São Paulo, isso nem sempre é possível ) e o melhor de tudo, havia ingressos!
Acomodados, ouvimos atentos a um dos membros do grupo teatral pedir, com voz num tom de imploração que os celulares fossem desligados e que era proibido filmar.
Começa o espetáculo e uma voz com aquele timbre melodioso, que só criança tem, fala da fileira de trás para sua mãe ao seu lado: mãe, o moço não falou que não podia filmar? Por que aquele moço ali está filmando?, olha mãe o celular ligado mostrando a menina ( personagem ) na tela. Tá filmando né mãe?
Segurei a vontade de virar e responder para o menininho: sim, este adulto que deve se preocupar com a boa escola do filho, a cultura do filho... está fazendo justamente o que não devia, dando mal exemplo para o filho: filmando quando pediram para não fazê-lo.
E não era o único.
E como muitos esqueceram de olhar a classificação indicativa, a peça era destinada aos maiores de 7 anos, porque era de terror, o chororô foi intenso.
Entre lágrimas das crianças e falta de educação dos adultos, no final todos foram convidados a tirarem fotos, filmarem e assim esquecer os momentos temerosos vividos!





quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A flor do papa

De todas as notícias que li sobre o Papa, interessou-me saber que sua futura residência abriga no jardim flores raras como a Beatrice d'Este.
A companhia de uma flor rara ou habitual é sempre agradável.


( Presente de Lacorilha para nosso jardim )

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O bloco dos cheiros

Estou começando a ler um livro juvenil, e logo nas primeiras páginas, a descrição de duas amigas levou-me longe pelos caminhos da memória.
"... Sua casa ( que era o sonho de Julieta ) tinha um cheiro de lustra-móveis, de cera, de desinfetante, e tudo parecia impecável como uma propaganda de televisão."
Faz tempo que minha casa não tem essa reunião de cheiros.
Explico.
Quando termino de usar o desinfetante está na hora de levar alguma das crianças para a natação.
Depois é hora de preparar o jantar. No dia seguinte, cera no chão, mas não sobra tempo para o lustra móveis nas portas porque é hora de buscar as crianças na escola.
E assim se segue sem que um cheiro encontre o outro.
Como é carnaval e as crianças nem em casa estão, resolvi colocar meu bloco para requebrar. O bloco dos cheiros.
Chamei desinfetante, sabão em pó, sabão líquido e em pedra, cera, água sanitária, limpa-vidros com proteção anti-chuva, lustra-móveis, óleo de peroba, limpa alumínio. Teve até um que veio fantasiado de pato. Que criativo!
Só não chamei creolina, não por preconceito, é que não tinha mesmo.
E assim minha casa ficou como a que a menina do livro admirava.
Ah! Teve também álcool perfumado de eucalipto, que eu admirava quando criança na casa da minha amiga e minha sempre dizia que aquilo custava muito caro.
A casa recendia. Até o silêncio era perfumado.
Parei para admirar e permitir que meu nariz sentisse cada um dos cheiros ali reunidos, quando de repente, um estrondo:


Olha lá o safado da caçamba gigante de novo.
Corri, peguei a máquina, subi ligeiro as escadas e olha lá:





Foi embora sem nem dizer quantos minutos iria demorar.
Mas o pior ainda estava por vir...
Desci as escadas e quando entrei na minha casa, todos aqueles cheiros maravilhosos tenham sido substituídos por uma fedentina só, vinda da caçamba gigante.
Então imaginem uma fedentina gigante.
O meu bloco dos cheiros sucumbiu ali debaixo do meu nariz.

Meu filho chegou da casa do primo, teve um espasmo de ânsia, pegou pijama e escova de dentes e disse que só voltará na quarta-feira de cinzas porque é insuportável o cheiro da casa.

Desiludida, telefonei para marido que me mandou sabe pra onde?
Pra folia.
E eu fui!



A verdade é que fui comprar pão e na volta encontrei este baile no meio do caminho.
Segurei firme o pão e pulei só uma música.
Porque estava tão fatigada que não aguentei mais do que isso.

A próxima vez que esse safado da caçamba parar aqui na minha porta... eu nem sei. Tenho que pensar ainda.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Gari de palavras

Foi lendo uma crônica de Affonso Romano de Sant'anna que me deparei e me encantei com "gari de palavras".
Pouco lembro da tal crônica. Alguns trechos me veem à mente, como num diálogo onde se perguntava as profissões dos pais e respondiam-se: meu pai é médico, o meu empresário e o meu gari de palavras.
O termo se referia a limpar palavras e se fazia a limpeza com outras palavras.
Estamos precisando urgentemente de garis de palavras. E não falo por conta das palavras que expressam xingamentos, atitudes impróprias. Falo do uso distorcido das palavras.

Como disse uma amiga, neste carnaval estou em casa vendo a banda passar, lendo jornal e vendo documentários.
No jornal, vejo a primeira necessidade do gari das palavras. 
Entre confetes e serpentinas, uma nota expremida falando que a grande rede de fast food McDonald's lançou um aplicativo gratuito para iphone que permite rastrear a origem dos ingredientes de lanches clássicos que constam em seus cardápios.
Aqui para a América Latina chegarão campanhas cujo objetivo será aproximar o cliente à vida do campo e ao uso de "comida de verdade". Afinal a grande rede quer mostrar-se comprometida com uma alimentação balanceada e um estilo de vida saudável. ( está na Folha de S. Paulo 10/02/2013 ).

Vida no campo porque eles colocam uma folha de alface no sanduíche? Comida de verdade?
O que vamos usar então para definir o arroz com feijão e farinha?
Nada contra a rede. Está lá para quem desejar. Mas aí a falar que você está comendo comida de verdade... 
Acho que é preciso limpar estas palavras.

Aproveitei 01h e 23 min do meu tempo a assistir ao documentário Muito Além do Peso, o qual recomendo quase implorando para que assistam, sobre obesidade.
Num determinado momento, uma repórter mostra a grupo de crianças uma latinha de refrigerante e pergunta quantos pacotinhos de açúcar eles acham que tem ali dentro.
Ao saberem a resposta ficam impressionados. Porém à pergunta: quem vai parar de tomar?
Entre ninguém, uma criança responde: eu não vou parar, eu ABRO A FELICIDADE.

Como nos induzem ou tentam a pensar que a felicidade está em uma latinha ou garrafa com tampa vermelha e que tem um som ao abrir...

O que está acontecendo com as palavras e seus verdadeiros significados?



imagem google

Projeto 10 on 10

Participando do projeto 10 on 10 proposto pela Mirys do Diário dos ( 3 + 3 ) 6 Mosqueteiros.

Domingo e feriado, descanso também para a mochila escolar


Tempo para cuidar do jardim


Olhar detalhes, procurar e arriscar novos ângulos





Olhando e procurando detalhes, encontro uma telha quebrada



Sorte que é domingo! Dá tempo para trocar


Banho na telha



E que bom que foi trocada! Pelo jeito vem água por aqui. E que mal lhe pergunte, o que aconteceu com o verão e o sol paulistano?


Aproveitamos também para desembalar e instalar a nova geladeira, porque a antiga não falava, mas gemia que era uma beleza!!!
E olha só o nome da nova geladeira


Parece até que o Rio de Janeiro me chama!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Ganhei no sorteio

Ganhei um sorteio!
A Selma, do lindo blog Das coisas que vejo e gosto, que é lá de São Luís do Maranhão foi passear lá no Rio de Janeiro e trouxe dois presentes para sortear no seu blog.
Adivinhem aonde eles vieram parar? Aqui em São Paulo, comigo!
Obrigada Selma!

O difícil foi conter a empolgação da Júlia, que nem quis saber de esperar um dia de sol para fazermos a produção fotográfica! Aliás, sol, faz tempo que a gente não vê por aqui.
Reparem na Júlia com pijama de frio se imaginando nas areias de Copacabana!





Já temos canga e bolsa, precisamos agora é ir para o Rio!
E também sorteio lá na Carol para celebrar dois anos de blog! 


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O rádio

Este não é um post. É um comentário que eu não pude fazer lá no blog da Tina porque nos comentários não dá para colocar foto.
O post dela é este: "Eu ouço rádio, e vc?"
Meu comentário:
Basicamente estou deprimida depois de ler todos os comentários  e concluir, que até o momento que eu tinha lido, só uma pessoa não era de rádio.
Todos ouvem, todos conseguem ouvir rádio.
Eu não.
Amo rádio. Os locutores, as propagandas, ser surpreendida por uma música.
Em novembro passado comprei um. Não queria nada de ipod, iradio, queria rádio mesmo de girar o botão e procurar a sintonia.
Olha que bonito o meu rádio:



Novo, novinho.
Mas eu não consigo de jeito nenhum.
Quando consigo uma sintonia e começo a me embalar pela música, repentinamente a rádio que eu estava ouvindo é invadida pelo Pai José que trabalha com 16 orixás e traz o amor de volta em poucos dias.
Eu acho que 16 é muita gente, ou muito espírito para caber num número só da sintonia, por isso é que de repente eles pulam lá pra cima da música que eu estou ouvindo.
Com delicadeza nos dedos vou movimentando o botão bem devagar para ver se consigo fazer o Pai José ficar lá no canto dele, mas aí...
Aparece um pastor, depois vem o padre e vira um rádio ecumênico e música que eu queria, nada.
Recorri a um recurso que eu não sei a ciência, mas dizem por aí, ou foi o Pai José que disse, nem me lembro, que é esse:


Nem assim tem dado jeito. Já comprei de várias qualidades, das mil e uma utilidades a outros modelos e é sempre a mesma coisa. Uma invasão de privacidade que chego a pensar que este rádio está mancomunado com o facebook.
Hoje pela manhã, até que consegui sintonizar a rádio USP ( a tradição da MPB aqui na rádio USP ), mas foi só eu começar a cantar "eu queria passear de Zepelin"... pronto chegou uma mulher vendendo uma garrafada afrodisíaca, deixa pra lá.
Que eu arranquei a lá de aço da antena e fui arear panela.
É ou não é para ficar deprimida? 
Mas, o Tina, ninguém aí sofre interferências?

( Ivani, você leu o que a Chica escreveu? "Me enfronho de notícias?"O que será que isto significa, será que algo de fronha? )

E assim sigo, agora mais triste ainda porque sinto que eu sou a única des-sintonizada, a única sem uma estação para chamar de minha.
Será que alguém tá interessado em comprar meu rádio? De brinde vai a palha de aço presa na antena. Vai que você prefira lavar louça no silêncio.



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Cuidado

Tirem as crianças da frente do computador porque este post é sobre sexo.
Na verdade é um post de utilidade pública. Não irei emitir opiniões. Apenas divulgarei os fatos.
É que penso que se houver entre os leitores alguém como eu, um tanto desastrada com os teclados, meio sem noção de como certas coisas virtuais funcionam, pode se meter em grandes complicações.
Para evitar esses desconfortos, vamos ao que interessa ( vai interessar nada, mas mesmo assim vou escrever para exercitar a escrita! ).

"Você sente atração sexual por um amigo, mas não sabe se é correspondido e tem medo de tomar um fora.
Um aplicativo para Facebook promete resolver a questão discretamente.
É o app Bang With Friends..."

Você marca o amigo em questão ( ele não ficará sabendo, lembre-se que a base do serviço é a discrição ). Caso o amigo sentir o mesmo por você e lhe marcar, o facebook envia uma mensagem a ambos dando o sinal verde.
"Não há espaço para sutilezas no serviço".

Então é isso. Cuidado com o que você clica, baixa, ou deixa os netos brincarem no seu facebook porque o tal do sinal verde pode se acender.
E eu que já cancelei o meu facebook. Vai que aparece algum sinal verde? Levo é um cartão vermelho do marido!
Beijo

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Comentaristas


Gentileza.
Assim começa a história deste selo. Falar da gentileza das pessoas que comentam em nossos blogs, os comentaristas graciosos.
Quando comecei a aprender e exercitar o verbo blogar, que para mim era tão novo, tão desconhecido, fui adentrando a caixa branca dos comenttários. Receosa de início, às vezes sem as palavras certas para colocar ali dentro, com receio de escrever muito ou também frases tão curtas.
Mas os manuais que prometem colocar nossos blogs nas "alturas" salientam repetidas vezes da importância dos comentários.
Abrir aquela caixinha de comentários foi revelando surpresas para mim que não constavam nos manuais do verbo blogar.
A gentileza das pessoas dispostas a me darem um bom dia, a trazer o seu sorriso, palavras alegres, tristes, desabafos, poemas... enfim aquela caixinha de diálogos agora é um chão fértil onde eu colho surpresas, gentilezas, reflexões.
Os comentaristas e suas palavras, visitas, dão significado ao que escrevo, ampliam o olhar, motivam a continuar.
Há uma turma deliciosamente despojada, atrevida até eu diria ( e eu me incluo! ). A gente comenta num blog o que leu no outro, vai descobrindo nuances que vão se revelando em conta-gotas e isso é mágico, alegre, divertido!
Descobrimos amigos que como eu não sabem nadar, os que não gostam de café coado no pano, aqueles que dizem passar mal com chá de camomila, os que tem um pipoqueiro exclusivo.
E tem os "fora"dados em comentários. Vive acontecendo comigo: comento alegre que a mãe é sensacional e recebo de volta que não é a mãe e sim a "maninha". Já li gente andando peladinho, ops, era andando de pedalinho!
E assim os comentaristas engrandecem, trazem cor aos blogs.
Agradeço a gentileza da Tammy em me oferecer este selo.

Este selo não possui regras mas sim gentilezas.
Indicar o blog de quem te ofereceu o selo.
Escrever algo acerca da gentileza em comentar graciosamente os blogs.
Indicar o selo para aqueles que alegram seu cantinho com comentários graciosos.

Então eu dedico e indico a TODOS que passam por aqui! Os veteranos, os que chegaram recentemente, os que passam vez em quando... Este selo é para vocês!
Beijo

    domingo, 3 de fevereiro de 2013

    Fotos de Quinta


    O tema proposto pela Ana Virgínia no blog Fotos de Quinta é amarelo.
    Temos até o dia 28 de fevereiro para clicar algo amarelinho!
    Vamos participar? Clica aqui para saber como.
    A minha foto é esta aqui: