ler Livros em edições antigas é um prazer
que protejo em mim. algo na fragilidade das folhas
me comove
e me torna grave como eu era na infância
ao carregar esse animal delicado
que precisa se manter vivo
até mesmo quanto toco
a sua asa
e não é isso justamente o que fazemos
ao lidar com as palavras na escrita?
ter livros antigos ensina as mãos )
Aline Bei
A poesia da escritora Aline Bei me encontrou. Não li nenhum de seus livros, ainda. Esses pequenos encontros se dão no território do Instagram da autora.
Tem alguns dias que li e lembro-me que saí daquelas palavras e fui direto para a estante buscar o livro mais antigo.
Comprei-o em um sebo sabendo pela descrição que carregava em suas páginas, em sua capa, em sua lombada, longos anos de existência.
As manchas, o tom amarelado, e a fragilidade expressa na escrita da Aline Bei - esse animal delicado.
É mesmo preciso muita suavidade para tocar aquelas páginas. As mãos ganham uma delicadeza.
Tenho tantos outros livros na estante e nenhum se assemelha a esse.
Fico pensando se algum dia, um desses exemplares, hoje com as características que permitem classificá-lo como “livro novo, em bom estado” um dia atingirá o estado de animal delicado.
Estará ele, o livro, na minha estante? Estarei eu, aqui para enxergá-lo desgastado e frágil?
Que linda poesia de Aline Bei! E tuas palavras e questionamentos idem... Aqui temos um livro que mais ou menos está nesse estado...um de matemática que Kiko estudou ,depois eu estudei para o vestibular e chegou até o Neno...Está na estante... Adorei te ler! beijos, chica
ResponderExcluirOi, Ana!
ResponderExcluirTenho alguns livros antigos assim e realmente eles são muito frágeis, precisa-se de muita delicadeza para tocar neles, folheá-los e lê-los!
Bom feriado pra você! 💐
~Cartas da Gleize. 💌💕
Livros como.amo. cresci lendo livros. Até hoje gosto de lê-los fazem parte de minha história. Lamento que a geração.de hoje a maioria bem saiba dá.valor a uma boa leitura nos livros..bjs querida. Parabéns pela postagem
ResponderExcluirE como ensinam! E não somente as mãos, mas ao coração também!
ResponderExcluirOlá, Ana. Peço perdão pela invasão, mas te encontrei lá no blog da Taís Luso, e passei para dar uma olhadinha. Teu texto, junto da poesia da Aline, me comoveram de um jeito especial. Meu pai é o que podemos chamar de "semi-analfabeto", coisa que só existe no Brasil. O fato é que ele se interessou pela leitura em alguma época lá dos anos 90, e durante anos, eu é que busquei, emprestei ou comprei livros em sebos para ele. No momento, acredito que a pequena biblioteca particular dele já chegue a mais de 100 livros. Isso sem contar os que peguei emprestados e foram devolvidos. Somente aqueles que sabem se entregar a uma boa leitura é que sabem o prazer que isso dá. Grato pelas belas palavras que você deixou em seu texto.
Grande abraço.
Marcio.
Olá, querida amiga Ana Paula!
ResponderExcluirTenho livrinhos que ganhei assim que aprendi a ler.
Seu post me reportou a eles que marcaram minha vocação à literatura.
Meu padrinho, no ano passado, me deu um acervo de 350 livros antigos e não pode ficar com todos. Distribuí pela Academia, bibliotecas e escolas muitos deles
Até o Sebo ganhou. Todo mundo feliz da vida.
Ler é muito bom!
Tira-nos, dentre outros, do foco do que não deve tomar conta dos nossos pensamentos.
Valiosos livros e a importância que você dá a eles.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Oi, Ana Paula, mas eu fiquei olhando para essa foto até um pouco emocionada!
ResponderExcluirAdoro Sebo, descubro cada coisa do arco! E aqui no meu bairro tenho 2, outros ótimos no Centro.
A gente pega o antigo nas mãos, o tempo foge, mas os livros não. Ali ficam vidas.
Adorei essa tua postagem, ô coisa boa!
Uma semaninha linda, de descanso e leituras.
Beijinho e paz!
(vais gostar do blog do amigo Márcio!)
Imagina, se eu não gostasse dos livros, não estaria aqui. Marcio a encontrou no blog da Taís e eu a encontrei no blog de Marcio. Pronto. Fez-se o círculo virtuoso.
ResponderExcluirBoas leituras. Um abraço,
Perdão, mais uma vez, Ana, mas preciso responder ao meu estimado professor.
ExcluirSant'Anna, você, eu, a Emília e a Taís estamos nos transformando numa gang das velhinhas... rsrs.
Fiquei muito feliz em saber que esse nosso corre-daqui-corre-dali, vem rendendo frutos entre os blogueiros. Colocar um em contato com o outro, e fazê-los interagir. Isso eu já pensava lá em 2008, mas não deu certo. Quem sabe agora, não é?
Grato, sempre, José Carlos. Abralos.
Marcio
Bom dia Ana Paula,
ResponderExcluirQue poema tão belo de Aline Bei.
Livros que decerto passaram por muitas mãos e que continuam a deleitar quem os lê.
Ao manuseá-los usemos de toda a delicadeza. São preciosidades.
Beijinhos,
Ailime
Oi, Ana Paula! Que poema lindo! Confesso que meu primeiro impulso, foi buscar na estante um livro antigo. rsrs Que magia tem os versos da Aline Bei! Sem dúvida quero ler mais!
ResponderExcluirUm abraço, querida!
Olá Ana, já ontem estive aqui, mas não consegui publicar o comentário, pois dá erro. Hoje é só para teste. Vmos ver se vai. Beijinhos
ResponderExcluirEmilia
Deu. Gostaria de te agradecer a visita ao Começar de Novo e espero que voltes mais v3zes. Aqui estarei sempre, pois gosto de conhecer pessoas novas e além disso agradou-me muito o teu cantinho. E quanto a este teu post, ele fez-me pensar nos livros que tenho na minha estante; será que, quando estiverem frágeis, com as folhas amarelecidas pelo tempo, terão umas mãos cuidadosas que os manuseiem com o carinho que merecem e que sempre lhes dei? Não sei....
ResponderExcluirAmiga, desejo-te dias harmoniosos e com saúde, sempre. Beijinhos e obrigada!
Emilia