Este livro foi lançado dias atrás. Soube por acaso, em alguma notícia na web.
Ainda não o li. Pretendo.
Viva e deixe viver fez parte da minha vida.
Eu, fiz parte, em um pedaço, em um momento da minha vida, ainda que breve, dessa associação que tem por objetivo contar histórias para crianças hospitalizadas.
Foi imensamente maior do que um trabalho voluntário.
Eu andava com vontade de fazer de voluntariado e não me lembro como cheguei até esta associação. Não estávamos ainda na era dos computadores pessoais ( faz tempo hein! ).
Só que não foi tão fácil, como eu havia imaginado, sair pelos hospitais contando histórias.
Era preciso antes um curso de capacitação.
E foram nestas palestras inspiradoras que eu aprendi, refleti, conheci, sobre o universo do terceiro setor; aquele que não espera tudo do governo para que a sociedade melhore. Pessoas, atitudes que vão além da caridade, do assistencialismo.
Quando bem organizado, com foco, projeto, o crescimento naturalmente chega e aí com os resultados busca-se apoio também do governo.
Nossos impostos também precisam ser empregados em ações como estas e nós, enquanto indivíduos também podemos contribuir para melhorar a sociedade em que vivemos.
Como diz uma amiga, são tantas formas de engajamento: os que têm tempo, disponibilidade em ongs, associações, os outros, um sorriso, um bilhete, um pacote de bolacha recheada porque criança de rua também tem suas vontades.
Bem, quando eu pude ir aos hospitais, não fui uma boa contadora de histórias, fui melhor como ledora de histórias.
A primeira experiência foi no hospital Emílio Ribas com crianças com HIV. E quando eu pensava que a situação era triste, ficamos, eu e outras voluntárias que uma das crianças havia sido abandonada pelos pais ali. Muito provavelmente eles teriam poucas chances de vida. Depois do hospital, as crianças iriam para um abrigo.
Todas as palestras eram para também nos dar um suporte, para não nos envolvermos além da nossa função.
Havia também muitos sorrisos e histórias felizes.
Vamos reclamar, exigir nossos direitos, o retorno coerente dos impostos que pagamos e também vamos fazer um pouquinho que seja para contribuir por um nosso mundo melhor.