Nos
últimos meses era possível vê-la sentada com o bastidor em punho,
a fronha nele retesada e a delicada mão bordando com destreza.
O
silêncio ora era quebrado por um estalido vindo da lareira, ora
pelas poucas palavras da mãe, companhia quase constante nas frias
tardes de inverno.
Silêncio
apenas aparente. O burburinho se fazia em seus pensamentos...
Na
fronha bordava as iniciais de quem haveria de desposar-lhe ao lado do
seu tímido “J”.
Tarefa
serena, mas quando dava por si, estava com as faces enrubescidas.
Sabia
que em uma noite próxima, estaria deitada com os cabelos soltos
sobre aquela fronha, e ali, tornar-se-ia mulher.
Quando
a mãe lhe indagava motivo de tal rubor, desconversava dizendo ser a
proximidade da lareira. E afastava a cadeira; não os pensamentos.
Na
alva fronha bordada estariam seus sonhos, seus gemidos, seu pudor a
ser despido pelo grande amor.
Demorava-se
por vezes em alguns pontos, como que tomada por um medo. De repente
olhava para o bastidor iluminado pela cor do fogo, o peito arfando,
ansiosa por entregar-se ao desconhecido mundo do amor.
Uma
fronha. Sonhos. Significados. Rubor...
Para
Bronha; para Ivani.
Ah! não!
ResponderExcluirVocê conseguiu fazer um lindo texto com uma palavra tão feia! Não podia ser um lençol?
Que tal uma toalhinha de linho?
Ou mesmo uma camisola para ser rasgada no ímpeto da paixão?
Mas uma fronha?
E mesmo dentro de um texto tão delicado, tão poético, ela continua feia.
Não me agrada nem bordadinha ...ou pintadinha rsrsrsrs
beijos, adorei!
Um finde de sonhos realizados pra vc :)
ResponderExcluirDoce amiga!
ResponderExcluirQue texto lindo! Amei!!!
Abraços e uma boa noite.
Vim,ainda,com uma mensagem igual pra todos,agradecer os carinhos e força!
ResponderExcluirTão logo possa, tudo será normal!
Espero!
Aqui tudo andando...graças à Deus! beijos,chica
Um post belíssimo e lindamente escrito.
ResponderExcluirMuitos e muitos parabéns.
Beijinhos.
Agora, com calma, vim ler e me deliciar...LINDO!!! beijos,tudo de bom,chica
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