quarta-feira, 15 de julho de 2015

Solidariedade na rede

A Bia do blog Revolta e Romance fez uma postagem semana passada sobre os compartilhamentos na rede. Uma reflexão interessantíssima ela nos trouxe e que foi complementada com os comentários.
E eu quero estender o assunto por aqui.
O que nos faz compartilhar? O que nos faz apoiar uma causa e participar ativamente dela?
O que vemos na rede e que a Bia tão bem colocou é que há uma banalização do curtir e compartilhar. Deixa-se de usar o filtro da reflexão e vai na onda.
Certa vez assisti a uma entrevista, e infelizmente não guardei o nome do entrevistado e nem de sua Ong, que realiza um trabalho no sentido de ajudar a pessoa a descobrir uma causa. Ficou claro ali, que o trabalho dele envolvia pessoas, física ou jurídica, que queriam apoiar com um bom aporte financeiro e para isso precisava encontrar também, além da causa, a credibilidade da instituição que ele apoiaria. Porque com tanta corrupção, até essa ajuda ficou comprometida em termos de confiabilidade...
Acho legal na rede, e os blogs fazem parte mesmo que não pareça (!), a divulgação de projetos, necessidades, causas. Só que sair apoiando tudo e não ter atitude é o que banaliza.
Segundo aquele especialista, as pessoas vão apoiar uma causa, um projeto que tenha algo a ver com a própria vida dela. Por exemplo, se é alguém que gosta de velejar, de mar, fica mais fácil para essa pessoa apoiar causas para salvar baleias, tartarugas marinhas, combater o lixo dos oceanos.
Já alguém que tenha passe o atenha próximo pessoas com deficiência tende a apoiar em prol dessa causa.
E temos ainda um outro problema que é de nossa cultura, claro aliado à crise, à falta de credibilidade aos nossos governantes, aos altos impostos pagos e mal usados, enfim, não temos a cultura de doação comprometida. Doamos quando podemos, doamos, em casos materiais, o que não nos serve mais, o que já é bom e é um começo, mas acredito que podemos melhorar nisso.
Ensinar as gerações mais jovens, nossas crianças e adolescentes, já seria um passo.
Ouvimos a todo tempo: "eles já nascem sabendo tudo de tecnologias; parece que têm um chip; já nasceram conectados". O que é verdade, porém falta acrescentar a toda essa facilidade, polidez, questionamentos, aprofundamentos.
O potencial da web é incrível e tanto se poderia fazer através dessa maravilhosa ferramenta.
E você, o que pensa a respeito?
Não deixe de ler o post da Bia e da sua opinião para que a partilha seja ainda maior!

10 comentários:

  1. Oi Ana Paula,

    Achei bem pertinente seu post, acho realmente que as pessoas perderam um pouco o filtro.
    As pessoas ficam dando curtir e compariilhar para serem simpáticas ou apenas por estarem no piloto automático.

    Eu sou bem cuidadosa nas causas que apóio, somente ONGs que conheço e confio, como as que coloquei na barra lateral do meu blog, referentes à proteção animal. Aliás, todo o trabalho que faço no Mulheres em Círculo não tem fins lucrativos, é uma forma de empreendedorismo social.

    Além de ajudar a empoderar as mulheres, arrecadamos recursos para as ONGs que apoiamos.
    No meu grupo de estudos para terapeutas, a participação é gratuita, o ingresso é alimentos não perecíveis que doamos para uma ONG que faz um lindo trabalho de cuidado com a fome.

    E no Círculo, a renda arrecadada vai para ONGs voltadas aos direitos humanos.
    Quando recebo e-mails pedindo apoio para causas, costumo verificar antes.
    Bjs

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  2. O post da Bia é muito legal.Estive lá logo que ela postou e me encantei!

    Temos mesmo que ser solidárias onde e quando podemos. Aqui em casa apoiamos muitas causas, não as cito nunca, acho que assim é melhor. E até hoje, nunca nos desiludimos por ajudar! Muitas vezes os filhos dizem que pode ser golpe, mas vamos atrás do que nosso coração fala e sempre dá certo! Ainda bem!
    Assim podemos seguir,, bjs, tudo de bom,chica

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  3. E na magia da nossa sintonia sem combinar hj tá lá reflexão sobre filtros, peneiras e funis
    Certa vez antes de ir lá ler o post e comentar, minha sobrinha pediu pra ver uma foto em meu Instagram, no meu aparelho que estava em meu perfil, em minhas mãos
    Dei o aparelho nas mãos dela e quando peguei de volta estavam várias publicações curtidas
    Perguntei pq
    Ela disse que estavam sem curtir
    Eu disse que era pq eu não curto tudo
    Fiz ela desfazer as marcações
    Nesse dia remoi meu pesar que já havia manifestado sobre ela apagar o que eu escrevia para ela no Intagram, sem curtir as vezes, prefiro que curta ela disse (16 anos)
    Apagava pq afastavam likes posts com comentários de família e pessoais
    Ser impessoal é o legal
    Não sou desse mundo então

    Não leio não comento
    Postou mais de uma foto escolho a que mais gostei e curto, marco alguém para recado ou carinho, comento...varia

    Morre alguém e mil likes no post
    Como assim likes?
    Se tivesse carinha triste pra clicar td bem
    Deixar homenagem
    Sei lá
    Muita coisa sem sentido

    Indo e volto

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  4. Voltei
    E te peço pra ir lá ver o que comentei
    Adorei seu compartilhar

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  5. Compartilho de teu pensamento e vejo sim que os blogs são ótimas redes para ajudar a divulgar e apoiar causas. Tbm não apoio qualquer coisa e sem razão, mas gosto de divulgar sobre educação , sustentabilidade, leitura, mundo infantil, e artes. Entre outras causas que a gente precisa fazer nossa parte. Bjs

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  6. Eu vou ler o post da Bia, porque esse tema me interessa! Concordo com você que não temos uma cultura da doação, a maioria não é educada para compartilhar o que tem e as vezes não se da nem ao trabalho de tentar compreender porque alguém decide compartilhar.

    Eu não acho que o egoísmo seja uma coisa inerente ao ser humano, acho que isso é um comportamento aprendido, as crianças parecem nascer em com um chip para tecnologia porque vivem em ambiências repletas disso e a tecnologia de hoje é cada vez mais instintiva não exige reflexão para ser utilizada apenas percepção aguçada e isso as crianças tem de sobra.

    Se crianças nascem em um ambiente no qual as pessoas partilham e compartilham elas crescem sabendo fazer isso e achando natural fazer. Eu acho!

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  7. Olá, Ana! Agradeço a partilha e fico feliz por perceber outras pessoas se preocupando com a questão do compartilhar.
    Interessante essa ação que direciona a pessoa para um trabalho com seu perfil. Antes de realizar meu trabalho voluntário via web busquei em minha cidade, inclusive nas pastorais, e a única coisa que me ofereciam era a Pastoral da Educação. Como já sou professora não queria trabalhar com isso nas horas extras, mas parecia tão difícil poder ajudar... e foi num blog que encontrei algo com meu perfil.
    Ajudar materialmente é complicado justamente pela corrupção. Eu ajudava uma instituição muito conhecida, "é para comprar leite para crianças", as atendentes diziam, até ver em algumas reportagens que o "cabeça" estava milionário. Decepção total... por esse motivo muitos generalizam e acabam achando que qualquer serviço voluntário é golpe.
    Por esse motivo achei tão viável a ideia da África. Como o modelo base é bem simples, não é atrativo para revendo, o que diminui muito a chance de alguém querer dar um golpe.
    As crianças precisam urgentemente de orientação sobre como usar a web... muitos pais deixam que usem como um recurso para não incomodarem e com isso as crianças a usam indiscriminadamente, sem pensar nos perigos, nos conteúdos ou nas consequências.
    Abraços, vamos torcer para que possamos ver as coisas mudando!

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  8. Oportuna e interessante observação, Ana. Abraços!

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  9. Creio que o blogger pode ser uma ferramenta de entretenimento, divertimento partilha e aprendizagem.

    Gosto muito dos seus lados positivos.

    Beijinhos

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  10. Olá, querida Ana Paula
    Fazer o bem sempre vai ter adesão seja no real ou no virtual...
    pena que tem gente que se aproveite dos bons e de retos corações... mas o bem vai sempre vencer e as causas justas vão florir!
    Bjm fraterno

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