sábado, 6 de setembro de 2025

Surpresa digital

 A fotografia analógica, o filme que mandávamos revelar, voltava cheio de surpresas!

Eram cabeças cortadas, olhos fechados, só para destacar os mais corriqueiros.

Com a fotografia digital, as surpresas deixaram de acontecer, ou, caso algo não ficasse bom, rapidamente era possível refazer o click.

Havia muito que eu não via uma surpresa na fotografia digital e não é que hoje aconteceu?!

Pela manhã, durante uma caminhada, fotografei uma garça.

Mas só quando passei a foto para o computador é que vi que a garça não estava sozinha!

Saracura é o nome da surpresa que apareceu ali. Eu estava tão focada na plumagem da garça, em me movimentar cuidadosamente para que ela não se assustasse que realmente não vi a outra ave.

Foi uma surpresa realmente!





Curtinhas da Chica

 Participando das curtinhas da Chica com as palavras:


Zureta - arengar - fuleiragem


Basta assistir a um só noticiário para ficar zureta. Na política, os que deveriam discernir para o bem da população, parecem viver na fuleiragem. Nos microfones a arengar com gestos firmes, verdades e mentiras, convencem, desmentem e fazem o que bem entendem...






sábado, 23 de agosto de 2025

Tem festa!

 Cheguei a tempo de festejar o 16˚ aniversário do blog da Rosélia,

além da alegria pela blogueira querida, ressalto que celebrar os blogs, os mais velhinhos, os do meio, os recém- chegados, é exaltar a perseverança, a paciência e o principal - o amor pela escrita e pela interação com outras pessoas dessa plataforma.

Ofereço flores que colhi lá no Rio de Janeiro para colorir essa festa!




Escolhi dentre as imagens disponibilizadas pela Rosélia, para uma interação fraterna, essa abaixo:



Dezesseis anos de blog, viu-se, viveu-se tantas transformações, tantas amizades que se solidificaram, a firmeza da escrita no seu estilo.

Minha alegria em celebrar os blogs amigos é pelo meu encanto por esse cantinho, o blogger, os blogs, a blogosfera, as blogueiras, os blogueiros!

Um blog que atravessa esse tempo, sentiu o vento do que parecia destruição - veio o Tumblr; o tornado facebook que levou tantos blogueiros com ele, o Instagram e tantas outras plataformas. Muitos migraram, outros integraram, mas o fato é que aqui a permanência tem muito de afeto.

Ainda que muitos não se exponham com certos receios, acredito que o estilo de cada um, a escrita vai nos revelando a essência da pessoa, ainda que seu rosto esteja encoberto.

Percalços, não vamos fingir, eles existem, mas acredito e sinto que cada vez menos por aqui.

Obrigada Rosélia por blogar com tanta dedicação.





sábado, 2 de agosto de 2025

Entre floradas das cerejeiras

 O primeiro dia de agosto, do ano passado e deste ano.


2024


2025

Eu havia escrito aqui no blog sobre o tratamento pelo qual eu passaria e recebi muito carinho, mensagens de incentivo e dentre as muitas, acho que foi a do Eduardo Medeiros, que me disse para fazer coisas que eu gostasse, ajudando a atravessar o período desafiador.

E foi assim, tomando remédios para enjoo, que eu resolvi encarar uma pequena viagem até Campos do Jordão, só para ver as cerejeiras floridas. É algo que gosto muito ver a floração das cerejeiras que é tão breve.

Estava lá sem os cabelos e feliz por estar ali naquela manhã.

No primeiro de agosto desse ano, aliás, o ontem, sexta-feira, eu tinha uma consulta com o oncologista.
Fui surpreendida no caminho do hospital com as cerejeiras em flor. Ano passado eu nem me dei conta delas.
Entrei para a consulta e o médico disse que meus exames estão ótimos, que agora é seguir apenas acompanhando e cada vez mais espaçadas as consultas.

Uma alegria ouvir essa boa notícia!

No ano passado quando eu estava lá no parque, uma pequena pétala da flor pousou no meu braço. Eu havia lido que quando isso acontece é um bom auspício! E assim tem sido!


Nessa primeira quinzena de agosto estarei em Belo Horizonte resolvendo questões de vazamento na moradia da filha. Não levarei o computador e por essa razão estarei ausente daqui.
Uma breve pausa!
Deixo mais flores por aqui! Até breve!











quarta-feira, 30 de julho de 2025

Saruê

 ♥ Vamos brincar com a chica ♥


Com o termo dado ,
forme UMA FRASE com 7 palavras...

Saiu esgueirado tamanha balbúrdia em seu habitat.


O bichinho aí da fotografia é um "saruê", uma espécie de gambá que fotografei de esgueira e não ficou tão bom!
Mas é com esse saruê que participo da interação proposta pela Chica no seu blog Sementes da Chica.

E quero aproveitar essa mesma postagem, esse mesmo contexto para escrever sobre a balbúrdia que fez o saruê sair esgueirado.

Faço caminhadas num parque próximo de casa, porém cada dia tem sido mais custoso, menos prazeroso. Vou na base da disciplina, do esforço, da recomendação médica.

Não era assim. Era agradável estar lá nas primeiras horas da manhã, muitas vezes entre as passadas, eu admirava o sol nascendo, a luz suave tocando as folhas no alto das árvores. Tudo isso com os gorjeios dos passarinhos.

Então numa manhã, o som vindo de uma caixa de som com o volume alto, para motivar um grupo que fazia exercícios, estava bem ali. Achei que fosse ocasional e no dia seguinte, percebi, ou melhor, ouvi novamente o som estridente que veio para ficar.

Tudo bem, era apenas um trecho. Eu apressava o passo deixando a música para trás. Como o caminho é oval, levaria uns tantos passos para novamente estar nas proximidades da caixa de som. A música já era outra; a altura, os decibéis, os mesmos.

Foi questão de tempo, e outras "caixas de som" se instalaram em outros pontos do parque.

Foi questão de tempo que, além das caixas de som, outros eventos foram se esparramando pelo parque, pela grama, por entre as árvores.






Os espaços vão se encolhendo, o barulho cresce, os eventos pululam. A grama, o lago, -  a cada chá revelação com estouros que desprendem papel luminoso picado - ficam sujos, com riscos de ir parar na barriga dos peixes.

Gera-se empregos, rendas, mas realmente questiono se o local é adequado.

Faz um tempo ouvi um podcast em que o entrevistado trazia esse mesmo questionamento. Lembro-me de pontos de sua fala - "perdemos o sentido de ir a um parque para o contato com a natureza, o verde, os pássaros, um local para relaxar; estamos conseguindo imundar nossos parques com a nossa agitação das cidades".

Precisamos tanto dos locais de lazer em meio à natureza, só que estamos transformando esses locais em algo totalmente diferente do que era para ser - um parque, árvores, barulho de pássaros. Estamos urbanizando o que era para ser natureza.

Como está isso na cidade de vocês? Estou bem curiosa para saber. Parques ainda são parques, com árvores, insetos, pássaros ou a roda gigante já tomou conta?

Conta aí nos comentários e já vou desejando um bom final de semana!
Beijos




sábado, 19 de julho de 2025

Mãos

 filhos, quando foi a última vez que seguraram as mãos dos teus pais? 


Ainda tenho fresco na memória a imagem do vírus da covid-19 girando ao fundo na tela dos telejornais. Era aterrorizador, ainda sem muitas informações o que nos dominava era o medo. Acredito ter sido assim para a grande maioria das pessoas.

À medida em que íamos nos acostumando a lidar com tudo aquilo em nosso isolamento, começaram a surgir as bonitas e ternas histórias que nos eram como um sopro, um alento para aqueles dias tão difíceis: bilhetes colocados nos elevadores de pessoas dispostas a fazerem mercado e farmácia, músicos que das sacadas dos apartamentos cantavam, faziam soar seus instrumentos suavizando a atmosfera tão densa de incertezas. Muita arte foi nascendo de forma coletiva, muitos projetos individuais começavam a deixar as gavetas.

Lembro-me de uma história que me tocou profundamente: a filha perdeu a mãe para a covid e queria continuar a sentir o perfume dela, porém o mesmo havia sido descontinuado da linha de fabricação. Então, alguém "grande" lá da marca O Boticário, mandou fazer um frasco do perfume e entregou para acalentar o coração e as memórias olfativas daquela filha.

Num desses momentos ali dentro da pandemia, um fotógrafo se deu conta que ao levar seus meninos para a escola, segurava nas mãos deles e que aquele gesto logo seria deixado para trás pois os filhos estavam crescendo, então ele sentiu vontade de vontade de fotografar o seu pai e seu avô, com 95 anos, de mãos dadas.

Mas, a pandemia impôs aquele longo hiato e eles ficaram um ano sem poder ver o avô.

No meio desse intervalo, enquanto caminhava, Valery ( o fotógrafo ) parou para fotografar uma casa bonita. De lá saiu um casal, a mulher, com o retrato do filho que haviam perdido há poucos meses, fez um pedido comovente:

"Você pode tirar uma foto do meu marido com a foto do nosso filho?"

Ali o fotógrafo entendeu - aquilo não era apenas uma fotografia.

Era memória.

Era amor guardado num toque.


Mais tarde, finalmente conseguiu tirar a foto do seu pai e do seu avô juntos. Foi a última.

Desde então, Valery viaja o mundo registrando mãos entrelaçadas de pais e filhos.

Aqui vale ressaltar que esse projeto fotográfico é com pais e filhos homens. E ao apreciar as fotografias e possível sentir tanto a beleza mas também a dificuldade, a resistência, a hesitação para esse gesto que é aparentemente simples, segurar, enlaçar as mãos.

Para as mulheres, as mães e filhas, esse é um gesto mais natural, fluido.

Só que não é apenas uma foto, um projeto. Olha o que diz o fotógrafo sobre pais e filhos:

Alguns não se viam há anos

Alguns nunca haviam se tocado

Alguns, ao se tocarem reataram laços




Há ainda mais duas frases desse fotógrafo que eu quero deixar para reflexão.


"Nós não guardamos os dias inteiros, nós guardamos gestos, toques e fotografias"

"Em um mundo que já está se afastando, das as mãos se torna uma oração silenciosa."

Eu me dei conta que não tenho uma foto do meu filho e seu pai de mãos dadas, agora na fase adulta e quero muito fazê-la.

Tiramos muitas fotografias e acho isso muito bom. Antigamente era um artigo de luxo, era restrito, trabalhoso, caro. Hoje com nossos aparelhos celulares, os registros são muitos fáceis. E podemos nos valer dessa facilidade para colocar um significado profundo em nossas fotografias.

O que acham?!

Essa história eu fiquei conhecendo graças a uma empresa que faz álbuns de fotografia artesanais.

Deixo aqui o link da Mim Papelaria

E claro, visitem e se demorem no site do fotógrafo Valery Poshtarov. Vale colocar a tradução automática do google ou apenas apreciar as fotografias.

Tenham um bom final de semana e fotografem bastante!

Beijos 📸 🎞️







sexta-feira, 18 de julho de 2025

🍀 Curtinhas da Chica 6 🍀

 Vamos interagir e brincar com a Chica lá no Sementes Diárias?!



Com as palavras 

colo- abraço- amigos


Nessa interação eu quero expressar o meu carinho, minha gratidão, o meu muito obrigada a vocês amigos que durante os momentos desafiadores na minha cirurgia e tratamento, me ofereceram colo e abraço. Cada comentário que eu recebia aqui no blog, por e-mail também dessa rede tão querida que é a dos blogs, era um incentivo, uma força. Como foi importante saber que haviam pessoas torcendo pela minha recuperação!