sexta-feira, 29 de junho de 2012

A claraboia

Vocês não vão acreditar!
Nem eu estou acreditando.
Mas precisarei dividir a história em duas partes: na infância e na vida adulta.

Na infância:

Encantei-me com a palavra claraboia. Não sei o porquê desse encantamento, acho que muito mais pela sonoridade da palavra do que pelo seu significado, enfim, passei a infância gostando da tal claraboia, sem nunca ter visto uma de verdade. Era claraboia
só na imaginação. Até que me mostraram uma parede com uma meia dúzia de tijolos de vidro e me disseram que aquilo era uma claraboia. Assim cresci.

Na vida adulta:

Claraboia então era aquela parede de tijolos transparentes.
Até que eu conheci as claraboias portuguesas no blog pé de meias. Quer conhecer também? Vale a pena! Clica aqui.
Ah! Então sim, aquelas são claraboias verdadeiras. Continuaram me encantando.

Relatei aqui no blog a mudança que fizemos de um apartamento para uma casa.
E não foi fácil encontrar uma casa que coubesse no bolso, no sentido real das economias, e que não fosse tão pequena a ponto de caber no bolso, porque aí não caberia a família e o cachorro.
Lembro-me agora do momento que vim conhecer a casa. Ah! Tão linda, tão arejada, tanto sol entrando, atravessando, banheiro que não fica virado para a rua. E eu fui adentrando indecisa se entrava pela cozinha ou pela sala, e de repente já tinha gostado tanto que decidimos que aquela casa seria nosso lar.
E ainda tinha lá em cima para ver. Nossa! Tem lá em cima ainda. Dá para tirar fotos do céu, o cachorro pode se distrair e fomos subindo.
O primeiro impacto não foi nada agradável.
Subi e dei de cara com um algo branco, esquisito. Quem será que teve essa ideia tão sem estética?

  
Imediatamente concluí que poderia ser um antigo morador daquele tipo fascinado por discos voadores, ovnis, ets e deve ter construído uma espécie de base para comunicação. E aquela geringonça devia emitir luz, som. Achei melhor nem chegar perto porque de vida extraterrestre eu quero anos-luz de distância.
Poxa! Tudo tão bonito, não fosse lá em cima. Mas também nem precisamos ficar subindo, as fotos do céu tira-se daqui debaixo mesmo. E assim nos mudamos. E assim o tempo passou. E passou tanto que eu me lembrei que desde que tínhamos nos mudado eu não havia feito uma boa faxina num banheiro que fica de fora e que ninguém usa, mas que precisa ser lavado.
Munida de baldes e boa vontade fui lavar o banheirinho e quando começo a esfregar os azulejos e olho para o alto...
Não acredito no que vejo! Uma luz clareou meus pensamentos e neurônios e foi feita uma conexão incrível. Aquilo que está lá em cima dos E.T.S é o mesmo que está aqui no teto do banheiro. É uma claraboia!


Eu tenho a minha própria claraboia em casa!
Vocês acreditam nisso?!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Festa junina


E o tema desta semana é festa junina!
As fotos que eu tenho são do ano passado. A festa das crianças será no sábado, terei novas fotos.
Mas confesso que queria mesmo uma festa com fogueira de verdade, dessas enormes (né Ivani) que ficam pelo interior.
Vamos nos divertir mesmo assim.









quarta-feira, 27 de junho de 2012

Brincadeira estragada

Por que não aprendemos a brincar como as crianças? Por que temos que estragar a brincadeira?
Brincadeira estragada porque li o que as pessoas estão fazendo nas redes sociais, especificamente no twitter e facebook.
Por vaidade e em busca de fama, estão comprando seguidores e curtidas.
Já existem sites especializados em vender este tipo de serviço.
"Confesso que comprei seguidores para minha conta no Twitter. Meu perfil tinha 913 seguidores, e amanheceu com 2285" (depoimento ao jornal Folha de São Paulo).
E tudo por dez reais.
Não uso o twitter, desconheço o seu mecanismo. Mas achei que no quesito amizade, as redes sociais seriam bons agregadores de amigos. Mas não dessa forma, comprados.
Com finalidade publicitária, você ter milhares de seguidores, não sei se isso ( no caso de ser comprado) realmente influenciaria o seu negócio, o seu produto, porque há muitos, senão a maioria de perfis falsos.
Criamos as redes para nos divertirmos e virou algo obsessivo ser seguido, ser curtido.
Amizade, troca... é tão gostoso ir aparecendo, surgindo, conquistando, cativando. Terá o mesmo efeito pagando-se?

domingo, 24 de junho de 2012

Histórias de aeroporto

Não, não tenho nenhuma história de arrancar suspiros em aeroportos. Se era isto que você desejava ler, lamento. Terá de buscar em outro blog.
As histórias que trago são pouco glamorosas. Acho que os aeroportos estão perdendo ( ou já perderam ) o encantamento, o fascínio do passado.
Mas bem que estão divertidos!
Nestes tempos de eleições políticas se aproximando, sempre sai nos noticiários, as últimas pesquisas sobre os candidatos e suas colocações. E a parte que eu mais gosto, é quando no final, o apresentador diz ( e eu falo junto, pois já decorei! ): "A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos."
E sabe o que eu descobri? É que dá para usar esta frase nos aeroportos. Nada a ver com os políticos que passam por lá.
É que as balanças dos aeroportos de Cumbica e Congonhas estão errando o peso das malas, três quilos para mais ou para menos!
Se for para mais, azar o seu porque pode ser que precise pagar por excesso de bagagem.
Se for para menos, azar o seu, porque o avião pode decolar com excesso de peso... Mas não vamos pensar no pior, vamos continuar a nos divertir nos aeroportos.

No início do mês, fui buscar uma amiga que veio passar uns dias conosco ( foi uma delícia! ) e o voo dela atrasou.
É confuso de explicar porque o voo não atrasou, mas atrasou. Era para chegar às 15h. Foi aparecer às 16h.
Enquanto eu esperava um voo atrasado que não estava atrasado porque no painel eletrônico informativo estava escrito aeronave em solo, porém minha amiga não aparecia.
A princípio, eu comecei a ficar preocupada porque chovia muito, chovia demais, chovia baldes.
Mas as pessoas estavam tranquilas, andando de um lado para outro e parecia não haver nenhum problema por ali. Comecei então a observar o ambiente e notei que as pessoas não estão mais fazendo uso daqueles carrinhos usados para colocar bagagem. As malas evoluíram e elas mesmas estão com suas próprias rodinhas. Há um tipo de mala com rodinha giratória 360 graus que é muito interessante ( eu não tenho uma dessas). Elas não andam atrás de seus donos. Vão lado a lado. Parece até que está abraçada ao seu dono. Uma intimidade bonita de se ver.
A chuva continuava, a amiga não aparecia, a aeronave continua em solo e eu fui perguntar para aquela funcionária que fica na saída do desembarque e que deveria vistoriar a correlação numérica entre dono e mala, e não faz mais isto e azar o seu se pegar outra mala preta que é igualzinha à sua.
Perguntei a ela: cadê a minha amiga?
Está ali no meio daquelas pessoas que estão esperando a bagagem e algumas já estão saindo.
Não. Não. A minha amiga não está com estas pessoas não.
Como é que você sabe? Tem bolinha de cristal?
Não, não tenho bolinha de cristal mas sei ler pés.
Como assim, ler pés?
Olhe para as mulheres. Elas estão saindo dali de dentro com sandálias, unhas pintadas, dedinhos à mostra. Com o frio que está fazendo lá no sul, com geada e possibilidade de neve, ninguém estaria calçando sandálias.
Acertei!
A primeira pessoa que passou por mim, eu perguntei: daonde é este voo?
Recife.
Hahaha. Num disse que eu sabia ler pés?

E continuava a chuva, a aeronave em solo, a amiga desaparecida.
Continuei a observar as rodinhas que facilitam a vida. Para os funcionários da limpeza então, uma mão na roda aqueles carrinhos que deslizam levando água, vassoura, rodo e tudo o mais necessário para esta finalidade.
Mas, de repente, passa por mim uma funcionária da limpeza carregando uma pilha de baldes tão alta que mal dava para ver seu rosto.
Não me contive e falei: Nossa, nunca vi tanto balde!
É goteira minha filha. É goteira...
E segui andando enquanto falava para não se desequilibrar.
Realmente eu li que com as reformas e melhorias e parcerias que estão fazendo, aquele aeroporto seguiria modelos sustentáveis.
Só não imaginei que eles iriam reaproveitar água da chuva. Vinda de goteiras!
E a minha apareceu! Abracei-a já indagando sobre o seu sumiço.
É que eles não conseguiam encaixar a escada no avião, porque nós não descemos por aqueles túneis.
Ah! Sim. Eu tinha me esquecido de dizer a ela que descer direto num tubo daqueles é coisa de muita sorte. A maioria desce mesmo já no meio da pista, eles encaixam a escadinha, daí você pega um ônibus – gratuito – por enquanto. Mas que azar em amiga? Não conseguiam encaixar a escadinha?
E durante todo esse tempo eu senti falta daquela voa linda que anuncia voos, chegadas, partidas.
Descobri depois que a voz "senhores passageiros"foi silenciada pela Infraero que disse não haver mais necessidade. Esse serviço pode ser feito por qualquer voz esganiçada ou não de um funcionário da companhia aérea.
É um show de talentos esse aeroporto, não? As aeromoças agora além de precisarem ser vendedoras e garçonetes anotando pedidos num aparelho preso ao pulso tipo relógio, fazendo o troco, agora precisam dar uma de locutoras também? É de se chutar o balde ( mas cuidado porque ele pode estar cheio de água e vai ser muito azar para você).
Sentirei falta desta senhora. Voz tão bela que gravou várias mensagens telefônicas e corre o mundo em alguns ônibus do país.

Iris Lettieri, 70, que é locutora de aeroportos há 36 anos

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Os pés e as meias

Mãe parece sempre ter um perrengue em relação aos filhos: ora é um que não come bem, dorme agitado, faz birra e assim vai...
Aqui em casa o perrengue diz respeito aos pés e às meias ou aos pés de meia ou pés sem meia ou ainda pés com meia meia.
Tem feito frio por aqui. E como sapato nunca foi o forte da criançada, que coloquem então meias.
Mas olha só o que eu encontro por aqui:




E não pense que a Júlia colocou uma meia e eu fotografei e depois ela colocou outra.
Nada disso: ficou assim mesmo, a tarde inteira com meia meia! Um pé com, outro sem!
E é visível que os pés estão com frio. Esse avermelhado é de frio. Acho que os donos dos pés não sentem o mesmo frio que seus pés.
Essa é a frase que eu mais falo por aqui:
"Cadê as meias Bernardo???


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Infância

E agora participando de outro desafio fotográfico!
Este é o CrazyJoy - Louca Alegria da Mirys, que trouxe várias dicas para fotografar crianças e deu como desafio a palavra infância.
Minha tradução para Infância:


Fotos de quinta




Fotos de quinta é o novo blog de fotografias da Ana Virgínia, com um projeto bem gostoso que é postar uma foto por semana dentro do tema escolhido.
Na primeira semana, o tema foi árvore.
Olha aqui a minha, um arbusto, na verdade!
Os dias aqui estão tão nublados e chuvosos, que estas flores colorem e animam bastante! Realmente não sei dizer se é uma árvore, mas tá valendo né?!


Nesta segunda semana o tema é animal.
Fotografamos o Theo, nosso cachorro janeleiro. Como gosta de ficar a bisbilhotar a vida alheia da janela. Ah! Se falasse...



E tem também foto de filhote alheio, da categoria procura-se um dono.
Uma graça, mas em se tratando de cachorro, sou favorável ao cachorro único! Nada de companhia canina, um para o outro aqui em casa. Vai dar briga por causa da janela!


Eu estava querendo oportunidade para falar desta foto que o marido tirou.
Sim, ela se enquadra na categoria animal:


Demos boa gargalhada com esta foto! Marido disse que a intenção era fotografar os cavalos ali!
Bem, de tudo não ficou mal; a paisagem é belíssima.
Agora cavalo? Meu amor precisa aprimorar sua técnica fotográfica!
Mas, é animal, então vale para o desafio!
Vamos participar dos próximos?


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dedo mindinho

Meu dedo mindinho foi especialmente cuidado.
E não me refiro à minha mãe, não. Porque soaria óbvio: a quase totalidade das mães sentem um encantamento pelo dedo mindinho de seus filhos recém-nascidos. Aquela "coisinha"enrodilhada na palma da mão, que se for gorducho, enche a mãe de adjetivos fofinhos, se for delgado e longo, suscita sonhos de um filho pianista. Assim são as mães e os mindinhos.
Também não foi um ortopedista quem mimou meu dedinho.
Foi a professora de datilografia.

As brumas do tempo, ingratamente encobriram o seu nome na minha memória. Mas eu me lembro de seus vestidos e a sua voz doce com aquela capacidade de nos fazer tentar, insistir, perseverar.
As aulas eram dadas num salão paroquial e naquela primeira semana de aula desejei desistir. Não tinha controle, não tinha força no dedo mindinho.
Foi então que as experientes mãos da professora de datilografia se aproximaram da minha assustada e desmotivada mão esquerda de adolescente.
Com uma de suas mãos apoiou a minha, com a outra acariciou meu dedo mindinho, como uma mãe, e proferiu algumas palavras que diziam da capacidade daquele dedo adormecido que guardava em si a vontade explosiva de cooperar com os outros, de fazer a sua parte no trabalho e ser reconhecido. Havia força e determinação guardados ali naquele dedo mindinho. Havia força e determinação na voz daquela senhora.
Em algum momento a tecla redonda de metal foi ganhando vida e logo o dedo mindinho subia e descia com desenvoltura.
Tirei o diploma de datilografia. Tive o primeiro emprego aos quatorze anos que exigia a datilografia. Aprendi a não desanimar. Aprendi a força de um dedo mindinho!
E para recordar o som das antigas máquinas de escrever, música!


Saudade de fila




Sinto saudade das filas.
Estão a me fazer falta, as filas.
Não consigo mais ir a um show, a um espetáculo teatral, a uma apresentação circense porque não há mais filas para comprar ingressos.
Aquela fila que você ia com gosto sabendo que ficaria ali em pé por duas ou três horas, mas sairia feliz abanando no ar seu par de ingressos, ela não existe mais. Sem contar que sempre acontecia de uma bolachinha ser oferecida e assim abria-se a porta para uma conversa das boas.
É verdade que tinha o inconveniente do tempo – debaixo do sol escaldante, molhado de torcer – mas com o ingresso nas mãos.
Acabaram as filas e acabou a diversão.
Ingressos esgotados.
É a frase que mais ouço e leio.
E não vou ser ingrata com a internet. Ela só mostra uma situação, não merece ser culpada.
O fato é que não basta você ter o seu dinheirinho conquistado com o suor do seu trabalho, ou que seja sob o ar condicionado do seu trabalho.
Isso não lhe garante o ingresso.
Você tem que pertencer a um grupo seleto de tal cartão de crédito. Tem que ser da turma das cores: prata ou ouro, ou melhor ainda se o seu cartão for black, ou seja, oferecido apenas para quem uma grana preta na conta corrente.
Aqui em São Paulo é fato constante: "Estreia na próxima sexta-feira... os ingressos estão esgotados."
Ah! Uma amiga conseguiu comprar os últimos. Tomara que ela consiga comprar também as passagens aéreas porque não havia mais ingressos para São Paulo, então ela comprou para o show em Brasília.
Há também um conhecido que sempre consegue seus ingressos. Ele compra o casadinho hotel+ingresso+passagem aérea. Ele sempre vem lá de Curitiba para os eventos da noite paulistana.
Eu passo as noites clicando em sites, ligando para aquele lugar de ingressos com facilidades e nada...
Será que vou ter que mudar de cidade?
Pelo menos na fila batia olho e fazia uma estimativa: "É, pro sábado acho que não vai ter mais. Tudo bem compro pro domingo."
Sem filas, não há estimativas. A gente não sabe para onde vão os ingressos. Só se sabe que eles geralmente estão esgotados.
Já passou por isso?

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A fivela

No cabelo,
a fivela da menina

A menina põe a fivela no cabelo
afivela os sapatos
e põe-se bonita para a vida
E a vida põe-se bela
para ela

Tão pequena, tão delicada
como a fivela
a menina ainda não compreende
que não é óbvia
a beleza da vida
que lhe olha pela janela

Ora triste, ora assustada
cobre com o cabelo
a face
cabelo cor de cobre
que lhe recobre
a lágrima que escorre

Vem menina, vem
põe a fivela
põe-se bela
para a vida

Vem menina
a beleza da vida é faceira é trigueira
espera ligeira
pelo seu sorriso
alegria brejeira!


segunda-feira, 11 de junho de 2012

O tempo

Quanto tempo, não é?!
Sabe, a gente fica um tempo sem postar e parece que enferruja, perde o jeito. Mas com o tempo, tudo vai voltando ao normal e assim que eu tiver com um pouquinho mais de tempo, retomo as visitas, a rotina virtual.
Não pensem que todo esse tempo que eu fiquei ausente, eu fiquei tomando chá de nuvem. Não, nada disso. Foi preciso mesmo um chá de alho e dos fortes. A gripe me pegou de jeito. Fazia tempo que eu não ficava gripada. Ah! Mas eu adorei todo o carinho que vocês me enviaram na postagem do chá de nuvem. Sempre que tinha um tempo, corria lá para ler. Uma delícia. Até biscoitinhos para acompanhar o chá eu ganhei! Como a gente vai ampliando e criando amizades agradáveis com um tempo de blog. Há muito tempo atrás, quando eu comecei, nunca imaginei que seria assim.
Bem, na verdade foi até bom eu não ter escrito nada durante a semana que passou, porque o único assunto que eu teria para falar seria exatamente como conversa de elevador:  "nossa que tempo hein? quando será que vai parar de chover; nunca vi tanta água".
O tempo aqui em São Paulo fechou na segunda-feira passada e choveu todos os dias. Parou ontem, domingo. Ninguém queria assistir à previsão do tempo porque não mudava - tempo chuvoso na capital paulista. E ontem o tempo finalmente abriu. Já era de tarde é fato. Mas sempre há tempo para um pouco de sol. Todo esse tempo de dias cinzentos vai afetando o humor da gente.
E depois de tanto tempo sem escola por causa do feriadão, começa novamente a rotina. Mas a gente olha no calendário e nem acredita como o tempo está voando. Mais três semanas de aula e chega o tempo da férias. Tempo de descanso, passeios, não fazer nada, querer fazer tudo ao mesmo tempo...
Eu nem acreditei no céu que vi cedinho. Lindo, parecia uma pintura. Fotografei para mandar para a Chica, mas aí não deu tempo porque já era hora de levar a Júlia para a escola. O tempo de tolerância para atraso são só cinco minutos. Achei melhor não arriscar. Então agora que estou com tempo, coloca as fotos aqui mesmo:







Achei que esta maravilha nos céus fosse prenúncio de tempo firme.
Enquanto arrumava os quartos e vi a luminosidade adentrando a vidraça, comecei a me encher de ideias para um texto ou uma poesia.


Na réstia de sol que adentra cantando
e faz bailar com leveza as ínfimas partículas de poeira
Quando o tempo muda para onde vão?

Nem tive tempo de pensar em poesia e fui sobressaltada por um trovão e só deu tempo de recolher a roupa do varal e olhar desencantada para o céu que numa ínfima fração de tempo virou em chuva novamente.
Nossa! Que tempo é esse? Fazia tempo que eu não via tanta água.
Ah, olha eu com conversa de elevador de novo. Melhor dar um tempo nesse assunto de chuva que já está ficando repetitivo.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Chá de nuvem

Não rotineiro
Não hábito
Não diariamente
Vez por outra
eclipse
que vira folhas do calendário
várias folhas
distante que é
De tanta ausência
exige presença
para que possa
entranhar a alma
com fumegante bruma
presença presente
para a alma
sorver vapores
dissolver dissabores
sonhar amores

Chá de nuvem
vez em quando
estrela cadente
no céu urbano
Chá de nuvem
pro sol da alma
alvorecer
Chá de nuvem
faiscar estrondar
trovejar
explodir em aguaceiro
e verdejar a aridez do coração
Chá de nuvem pra alma
encharcada de tantos tudo
surgir arco-íris
Chá de nuvem
pra quando
recolher-se necessita
e a alma
fica neblina
Neblina...
suspiro longo de nuvem
Neblina
Névoa
brumas fumegantes
a xícara de chá de nuvem.


estarei ausente por uns dias arrumando gavetas, tomando chá de nuvem. Até bem breve. Beijos