terça-feira, 31 de maio de 2011

Corpo-arte

Gostaria de despertar todas as manhãs assim, como no vídeo, fazendo arte com o corpo, expressando meus sonhos assim.
O máximo que consigo é espreguiçar-me tal como um gatinho.
Talentos estão aí para serem compartilhados. Cada um com os seus, tornando mais belo nosso planeta.
Bom dia!



domingo, 29 de maio de 2011

Depois dos problemas

Fazendo a somatória dos problemas com o blogger mais os que eu tenho a resolver, resultou num dias longe daqui.
E como senti falta...
Não conseguia acessar meu próprio blog, o que foi dando uma sensação de “e se, nunca mais eu conseguir entrar?”. Não conseguia comentar, criei tantas senhas novas que estou com receio do que meu cérebro poderá fazer com elas. Bem para isto, recorri ao bem e velho caderninho.
Mas eu li vários blogs: vi um não aguento mais, até quando blogger com problemas; teve guri fazendo aniversário, guri escrevendo sobre coelhas; pé de feijão nascendo na pia do banheiro, um rosa esmaecida dentro de um livro... e tudo isto sem conseguir escrever uma palavrinha. Deixarei para as próximas postagens, porque agora o tempo ficou apressado.
Fui começar a resolver as questões relacionadas à escola, delegacia de ensino... e senti frio, muito frio.
Impressionante como o frio do Sul é diferente do Sudeste. Aqui deveria se chamar de friozinho, ou frio leve, porque nada se compara. Acho que o Pólo Sul assopra de canudinho o vento polar para lá!
E fiquei decepcionada com a evolução da tecnologia.
Fazia algum tempo que não usava avião. E tem uma parte que eu adoro quando estou ali sentada aguardando a decolagem que é a demonstração pelos comissários das saídas de segurança e o uso da máscara.
Um teatro para mim. Olhar aquelas máscaras se desprendendo (claro sempre torcendo para que seja apenas um teatro e nunca aconteça!), eles gesticulando, sem falar uma palavra. Show de mímica.
Estava esperando por tudo isso, quando fui surpreendida por um vídeo explicativo.
Acabou a graça, a emoção.
Bem emoção mesmo foi minha primeira viagem de avião. Assunto para um outro post.
E já que a modernidade chegou até para as máscaras do avião, torcer para que chegue ao blogger o mais rápido possível e a gente não tenha tantos problemas.
Bom início de semana com frio ameno ou não!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Uma visita

Recebi uma visita inesperada aqui no blog.
Meu filho Bernardo!
Sim , ele mesmo. Aquele que não queria saber de blogs... enfim se rendeu!
Pediu para escrever um texto primeiramente.
Pediu que eu lesse e depois que publicasse no meu blog.
Nem questionei a mudança de opinião. Vou fazer exatamente como ele pediu. 
Apenas insisti para colocar uma foto. Também cedeu.
Então, vamos a ele: Bernardo, por Bernardo



Olá eu sou o Bernardo tenho8 anos e vou me descrever para vocês me conhecerem.
Eu gosto de aprender coisas novas,minha matéria favorita é matemática,eu gosto de fazer contas cada vez mais complicadas.
Eu gosto de trens,aviões etc...
Quando eu crescer vou querer ser engenheiro de trilhos ou de trens.Disso eu gostava desde pequeno
Na escola eu vou querer aprender muito física,biologia e química.
Eu gosto de futebol,xadrez e controlar os meus trens que tenho em casa.
Quando eu crescer vou querer viajar nos principais países do mundo onde não tenha guerra.
Eu penso em várias coisas por exemplo o universo,em que eu quero ir bem em todas as matérias e penso até mesmo nas coisas cotidianas.
Eu me preocupo com várias coisas que podem acontecer no futuro do planeta como o aquecimento global devido a queimadas nas matas,fábricas com chaminés que soltam fumaça, o efeito estufa,as geleiras derretendo etc...Enquanto a gente pode estar vendo as coisas bonitas ou aquela paisagem linda em outros lugares do planeta podem estar acontecendo coisas ruins como o derretimento das geleiras ou o efeito estufa etc...Se nós pensarmos podemos melhorar cada vez mais; recicle; um ou uma faz a diferença. Pense melhor.


domingo, 22 de maio de 2011

Uma música alegre

Alegria combinada com simplicidade... um vídeo com uma deliciosa para dias ensolarados ou nublados.
Eu adorei.
Obrigada querida Janaína (é para você se animar também!!!)




sexta-feira, 20 de maio de 2011

Para Bernardo





Tinha me esquecido da sensação
de subir alto com o balanço
e depois sentir frio na barriga
durante a descida

Tinha me esquecido
do prazer de fazer bolinhas de sabão
e somente olhá-las flutuando, desfazendo

Andar descalço, deixando os pés livres
e confiando na sabedoria que eles têm
sabem o caminho, não se machucam

Pisar nas poças d'água
depois da chuva

Dormir sem dar tempo
de colocar o pijama

Tinha me esquecido do sabor
do pirulito, do algodão doce
das mãos lambuzadas

Tinha me esquecido de olhar
os desenhos que as nuvens fazem
na folha céu

E bastou você chegar
em minha vida
para tudo novamente eu me lembrar

Mesmo que eu não esteja no balanço
divido com você o friozinho na barriga
Meus pés agora querem imitar os teus
Dividimos e nos lambuzamos juntos
com o algodão doce
O teu cheirinho não sai mais de mim
O teu sorriso faz os meus lábios sorrirem
e o meu coração se encher de felicidade
Te amo meu querido Bernardo

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Homenagem

E quando as coisas estão difíceis...
E quando a gente desanima mesmo antes de começar o desafio...
E quando a gente está tentando fazer poesia com os ingredientes da vida...
Uma maravilhosa homenagem vinda da Rejane do querido blog Vestido de Rodar!
Então receber um afago desses... traz junto uma cor, um ânimo, uma brisa boa.
Obrigada Rejane, obrigada às pessoas queridas que chegaram aqui por esta homenagem tão linda e obrigada aos meus velhos companheiros de blog! As mensagens no post anterior estão sendo muito importantes para mim.
Claro, não podia deixar de dizer que a Júlia também adorou a homenagem, está toda faceira, já pensando em novas poesias!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fantasmas

Sabe aquela situação que a gente vê na televisão, onde o sujeito vai fazer um cadastro, ou sei lá o que, e descobre que ele está morto?
Então em meio a piadas, a pessoa-fantasma tenta provar que ela está viva sim, que ela é ela... e para mim a coisa era lá na televisão.
Até que … eu estou passando por situação semelhante. Ou melhor, meu filho Bernardo.
Então nós, a família está passando por esta situação fantasmagórica.

Recebi um relatório com o pomposo timbre do Governo do Estado de São Paulo, dizendo que pelo censo escolar, meu filho consta até o ano de 2009.
Para resumir o relatório: eles descobriram que meu filho está existindo e por tanto acham que talvez eu o mantive longe dos estudos por dois anos, precisam atestar a veracidade dos documentos e eu posso ser presa, porque é lei garantir que todas as crianças frequentem a escola.
Ainda tem mais.
Já que ele só existe até 2009, mas agora é sabido que ele também existe em 2011 querem que ele volte os estudos lá de onde eles acham que ele parou em 2009. O que na prática significa voltá-lo para trás dois anos!
Eu achava que leis eram coisa séria. Cheguei à conclusão que são comédia.
Agora é partir para provar que eu não tenho um filho fantasma .
Bem e se eu tiver que ser presa lembra-me-ei dos meus bons amigos do blog e de uns versos de Rita Apoena:

Não tenho cadernos, tudo o que escrevo
escrevo nas paredes do meu quarto.
Se é para estar presa, que seja entre quatro poemas.

Também me lembrarei de outro:

O poeta da vida não é aquele que faz poesias, mas faz da vida uma eterna poesia.
Atair Santos

Bem, eu estou tentando fazer poesia com esses ingredientes que a vida está me dando. Só não sei se vai ficar bom, porque tem uma outra coisa acontecendo por aqui: um cachorro com diarreia dentro do apartamento...
Tá difícil, mas não vou desanimar!

Amigos II

Hoje ao ler uma bela homenagem de uma mãe ao seu filho aniversariante, lembrei-me que tenho um amigo, que também faz aniversário neste 18 de maio.
O problema é que não tenho certeza!
E é um amigo desses que a gente deixa guardado quando os rumos da vida são tão diversos.
Lembranças boas daqueles tempos de juventude, de muitos ideais.
Conversamos certa vez sobre aquela relação tão poética entre a pasta de dente e a solidão. Ele tinha escrito um texto a respeito, a mesma ideia e dia deses encontrei o texto.
Hoje ambos com filhos, tenho certeza que a poética pasta de dente virou foi comédia! E assim é a vida...
Para homenageá-lo (mesmo sem ter notícias há tempos) vou postar o texto.

Volta pra casa
que eu estou calmo
estou precisando uma notícia melhor.
Era tão bom participar dos seus planos
Toa hora do dia
Todo dia do ano.
Quem me dera
Tivesse a explicação
pra vida, a morte, nosso amor.
Na espera, contamos os corpos
depois partimos rumo à escuridão (paixão)
A pasta de dente demorando a acabar
porque você não está aqui pra me ajudar.
Você sempre queria o lixo na rua.
E eu sempre estava com a cabeça na lua.
Me acalma mentindo que o mundo é bom.
Depois me leve para os cobertores
E de manhã se não estiver aqui...
… eu sei que você teve que voar.
1999.

Feliz aniversário!

Amigos I

Um contato por e-mail. Resposta. Outras trocas virtuais. Identificação. Encontro marcado.
Eu tenho cabelos curtos e encaracolados.
E eu, uma barriga!
Assim nos conhecemos numa tarde fria aqui em São Paulo e entre uma xícara de café e chocolate quente, a conversa fluiu, ou melhor foi uma boa prosa.
Proseamos muito! Rimos, choramos ao nos emocionarmos. Olhamos o olhar que cada uma tem para a vida, para os filhos, para os sonhos.
Nasceu uma amizade que atravessou a tela do computador e sentiu o calor de um abraço fraterno.
Adorei te conhecer Tati. Foi um presente para mim.
17 de maio de 2011.

Anúncio para solitários

Procura-se um amigo sozinho
de andar discreto e gesto silencioso
Procura-se desesperadamente um amigo
que saiba se aproximar de um passarinho.
                                                          Rita Apoena
Eu encontrei!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Adormecer




Adormecer

Meu coração se enternece
olhando-os assim
adormecidos
exalando tranquilidade
no barulhinho da respiração

Quero cobrí-los
com o manto das estrelas
iluminando as faces coradas
por um dia de traquinagens

Trago nuvens a repousar
suas cabecinhas
para que tenham sonhos macios

A lua com sua esplêndida e prateada luz
conduzirá os passos brincantes
das crianças do mundo
para um mundo de igualdade

Ainda há pequeninos
sendo acolhidos pelos braços da cidade
num colo de concreto
ainda assim o luar pode conduzí-los
aonde não há classificação, competitividade
aonde as palavras são irrelevantes
porque é o coração que fala
e o seu idioma é o amor

Adormecidos na igualdade
Despertarão somente quando os pássaros
escorregando pelos raios de sol
trouxerem a sinfonia da aurora
para as camas gris
para as camas estreladas

Um canto trazendo a melodia
lá daquele mundo dos sonhos
onde não existem diferenças

Um canto anunciando
um alvorecer e um adormecer
embalados pelos braços do amor

Fiz esta postagem ontem no blog da minha filha e ela pediu que postasse aqui também.
As belas palavras - braços da cidade e colo de concreto - encontrei num blog de uma pessoa que mesmo sem conhecer, já admiro pela sensibilidade. Vale conferir.


domingo, 15 de maio de 2011

Mentiras

Envolvi-me e fui envolvida numa rede de mentiras. Um verdadeiro emaranhado que preciso esclarecer.
Tudo começou no meio da semana, quando encontrei colado no elevador um cartaz anunciando que a energia elétrica seria interrompida para reparos na rede no domingo das 8h30 até às 14h – podendo se estender, caso necessário.
Ao abrir a porta, uma cartinha da companhia de energia repetindo gentilmente o que estava afixado no elevador.
Era fato mesmo.Bem já nos acostumamos com isto porque é recorrente aqui neste bairro. O diferencial é na maioria das vezes não somos avisados.
Ano passado, houve uma interrupção no meio da semana, no horário em que minha filha chegaria da escola. Só um super-herói para me acudir.
E ele a trouxe nos braços e depois saiu correndo, escadas abaixo para estudar. Nem pediu um copo d'água. Destemido este herói. Seu nome: Bruno.
Bruno, quando você estiver passando por momentos difíceis, lembre-se que qualquer coisa é possível para você, afinal você é o nosso herói!
Outra vez, num domingo de verão, descemos as escadas ao meio-dia e chegando lá embaixo, calor de 33 graus, a Júlia me diz que estava com frio.
E agora? Subir para buscar uma blusa? Ou para dar remédio para febre?
Verifiquei a temperatura. Normal.
Perguntei, você tem certeza que está com frio?
Não sei mamãe, mas é que minhas pernas não param de tremer...

Para evitar todos estes transtornos, ainda mais que o nosso herói está carioca agora (e ele não tem asas) tratei de providenciar a saída das crianças com antecedência. Levaram até o cachorro.
Acordei muito cedo para me preparar da melhor maneira possível para o apagão.
Liguei o computador enquanto esperava o mercado abrir.
Era tão cedo, que a web ainda dormia.
Encontrei acordado apenas o blog da Chica. Fiquei por lá um pouco e menti para ela.
Desculpe-me Chica pela mentira. Não poderia ir à festa.
Quando se está no alto nove andares e sabe-se que os elevadores não funcionarão, não dá para festejar. Tão cedo e eu mentindo...

Corri então para o mercado. Lá embaixo estava um comboio com os caminhões da companhia de energia. Pareciam generais todos aqueles homens uniformizados diante de uma legião de cones alaranjados e enfileirados qual soldados aguardando o comando.
Voltei a tempo de pegar o elevador.
Implorei para a máquina de lavar roupas que finalizasse logo aquele ciclo.
Como ainda tinha alguns minutos, não exitei em ligar o aspirador de pó. Os vizinhos que me desculpem, mas é um momento de urgência.
Mesmo quando não se tem tapetes, mas há crianças em casa, um aspirador é muito útil.
Consegui. Deixei o rádio ligado até que fosse desligado por mãos alheias.
Continuei me agitando e quando me dei conta, a moça do rádio falou que eram pra mais de nove horas da manhã.
Cadê o exército pronto a entrar em operação?
Interfonei e o porteiro me disse que a operação foi suspensa.
Corri para a janela. Ninguém acreditaria na minha descrição feita acima. Não havia nada ali, além de carros estacionados no lugar dos cones.
Mentiram para mim.
E agora estou aqui sozinha com a energia...

Li uma frase-poesia tão linda de mentira, assim:

O regador é só uma mentira de chuva que eu tenho que contar às flores todas as manhãs” Rita Apoena.

Ah! O regador mentiu de forma tão poética que eu me animei a sair dessa rede de mentiras.
Vou é me arrumar e correr para a festa da Baratinha. Acho que ainda dá tempo!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sobre livros

Tive problemas com as postagens (só eu?; alguém mais?)
Penso que o blogger precisava relaxar. Eu queria postar...
Tudo sincronizado novamente e quero escrever sobre os comentários que recebi no post Leve-me com você e adorei saber um pouquinho da relação de algumas pessoas com seus livros.
Chica, por exemplo, gosta do livro cheirando a novo; a Patrícia gosta de fazê-los circular. Ivani também, mas gosta que devolvam, é ciumenta!
A Talitah, sempre pega o livro de baixo da pilha, mas tenho certeza que ficou sensibilizada! Da próxima vez...pode ser que leve o primeiro da pilha, afinal, ele merece um lar. E a Carla usa fotos como marcadores. Achei isto muito fofo.
Eu, nunca leio um livro só. Começo com pelo menos três juntos. No caminho é como uma corrida, uns vão ficando para trás, mas leio-os todos e depois dou um tempo até estar novamente com uns dois ou três. Marcador? Como a Ivani, qualquer papelzinho serve.
Certa vez recebi emprestado um livro tão perfumado e quando indaguei a dona, ela me disse que marcava as páginas com incenso para que ficassem impregnadas com aquele cheirinho. Fui imitar, mas espirrei muito. Resolvi abandonar os cheirinhos.

E sobre o livro que eu não li, aquele do Cuenca, chamou-me atenção porque ouvi uma entrevista no rádio, onde ele falava deste projeto, amores expressos, no qual a editora enviou 16 escritores para 16 cidades do mundo por um mês, com o objetivo de escrever um livro onde o amor deveria ser o tema central.
Dentre as cidades, tem Istambul, Paris, São Paulo, Tóquio...
E pensar num escritor vivendo um mês numa cidade, absorvendo seu cotidiano, suas impressões, sua “gente”para escrever , deve ser uma experiência muito interessante. Ainda vou ler algum dos 16.
E se você fosse escolhido para ir a qualquer lugar do mundo para escrever, blogar, fotografar, filmar, enfim... para onde você iria?
Sabe que me fiz esta pergunta e não consegui sair do lugar! Acho que ando muito caseira talvez, não sei.
Mas eu queria me imaginar num lugar, especificamente para escrever.
Quando adolescente, eu me encantei com umas fotos que vi de campos de lavanda, em Provence, na França. É para lá que eu iria.
Pensei até nas minhas primeiras linhas. Começaria assim”

As pequenas casas do vilarejo estavam iluminadas por lampiões. Exausta da viagem, tirei os sapatos e adormeci na confortável cama, já preparada.
O sol bateu à janela. Afastei a delicada cortina floral, abri a janela e ali estava bem a minha frente o imenso tapete lilás a perder-se no horizonte. Fiquei extasiada com o campo de lavanda. E na ânsia de querer absorver tal beleza em meu ser inalei profundamente o aroma que ali se ofertava.
Acordei no hospital. A enfermeira disse-me que por conta de uma alergia severa por causa do pólen quase morri. Estava tudo preparado para a minha volta naquela mesma tarde"

Bem, não sou alérgica a nada. Mas como nem escrever eu iria conseguir, acho melhor por enquanto ficar por aqui mesmo!
Fez as malas para onde? Vai escrever, fotografar, filmar o quê? Estou curiosa...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bombom

Tenho uma mania matinal. Há outras no decorrer do dia...
A da manhã consiste em preparar o café para as crianças e logo em seguida ir buscar o jornal de distribuição gratuita numa das esquinas aqui perto de casa.
Deixo para tomar café depois, pois o gratuito pode acabar a qualquer momento. Nunca se sabe a movimentação lá na esquina, o horário do entregador, essas coisas.
Então corro para garantir o meu exemplar.
E hoje, qual doce novidade encontro?
De longe avistei a esquina mais movimentada do que o habitual, parecia haver um certo rebuliço em torno do entregador.
E chegando mais perto, não é que eu estava certa.
A manchete estampada era completamente diferente das notícias do cotiano.
O entregador se atrapalhava entre distribuir o jornal para os pedestres, para os motoristas que ficam parados no semáforo e também queriam e entregar um bombom junto ao exemplar!
Aguardei o meu no meio de tantas mãos afoitas, peguei o jornal e o bombom, lembrei das crianças, mas era inviável explicar ao entregador que tenho dois filhos adoráveis que adorariam também ganhar um bombom... ele estava tão confuso.
Decidi no caminho de volta para casa comer o bombom e jogar a embalagem no lixo mais próximo.
Foi o que fiz.
Que feio; que exemplo de mãe. Comendo chocolate logo de manhã sem ter nem tomado o café (é isso o que eu sempre falo para eles!)
Lavava louça com o rádio ligado e quando percebi, eu estava dançando.
Ah! Só pode ter sido o bombom.
Eu não danço nem valsa de formatura.
Que efeito. Que poder.
Acho que vou mesmo comprar mais deles. Foi uma experiência deliciosa!


domingo, 8 de maio de 2011

Homem simples

Recebi a indicação deste vídeo de uma pessoa especial e importante em minha vida e na vida dos meus filhos. Adorei a mensagem, a música, a melodia...
É tudo o que eu desejo para os meus pequenos e acho que toda mãe deseja o mesmo...
Esforço-me a cada dia para que eles nunca se afastem de seus corações. Há tesouros ali.
Obrigada Janaína!




sábado, 7 de maio de 2011

Presente inesquecível



Bernardo começou a frequentar os mercados comigo desde bem pequenino.
Nas compras mais demoradas, colocava-o naqueles bebês-conforto acoplados aos carrinhos de compras. A medida que crescia, passou a ir sentado dentro do carrinho e depois acompanhava-me percorrendo com suas perninhas os corredores.
E começou a acontecer de sempre querer passar pelo mesmo corredor e ficar algum tempo ali a olhar as mercadorias.
Tinha cerca de três anos quando pediu, insistentemente, para voltar ao tal corredor e ali veio o diálogo:
Ah! Como eu queria ter dinheiro para comprar este de presente para você mamãe”.
Haviam duas pessoas ali paradas e imediatamente caíram na risada.
O pequeno queria me presentear com uma lata de inseticida daqueles verdes bem fedorentos. Era véspera do dia das mães!
Ele havia desenvolvido este gosto súbito pelo corredor dos inseticidas. Adorava olhar as baratas estampadas de pernas para cima. Tinha medo das figuras de caveira nos venenos para ratos, mas ficava ali, como que hipnotizado.
Nem lembrava que havia um corredor com doces e guloseimas. Mas aquele era inesquecível.
E eu nunca me esqueci deste presente esquisito; nunca entendi porque ele desejava tanto me dar. Afinal não tínhamos problemas com insetos em casa.
Não comprei, mas guardei o tal presente no meu coração!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Documento de identidade

Há algum tempo que o meu documento de identidade não corresponde à realidade, no que diz respeito à fotografia que nele consta.
Para ser exata, há muito, muito tempo que isto ocorre.
É bem verdade que até hoje eu não tive nenhum problema por causa dessa desconexão foto-pessoa real.
Acredito que isso se deva, talvez, à polidez das pessoas ou mesmo da falsidade das mesmas.
Porque se eu pegasse o meu RG, olhasse para a foto e depois para mim, teria que falar: “Desculpe-me não posso aceitar esse documento, não é da senhora”. Estaria sendo polida.
Mas, as pessoas pegam o documento na mão e naqueles segundos entre a distância da foto e a pessoa real, naqueles segundos que os olhos do observador percorrem o documento e a mim mesma, dá para ouvir o burburinho em suas cabeças: “Nossa que horrível, será que ela mesma?”.
Porém prevalece a falsidade. Devolvem-me o documento com um sorriso forçado e assim eu vou levando...
Até nos momentos mais exigentes, como por exemplo, quando viajo com as crianças e entrego o documento delas e o meu, acho que momento em que o sujeito iria questionar a veracidade pessoa-foto e ele ouve um “fica quieto menino”(que nunca surte efeito quando em público), neste momento ele tem certeza de que eu sou a mãe. Só mãe faz isso – dá uma bronca que sabe que não levará a nada!
Recentemente, tenho ouvido falar do novo documento que irá substituir o antigo RG (o meu se encaixa perfeitamente nesta categoria de antigo!).
Chamar-se-á R.I.C – Registro de Identidade Civil e virá com um chip, coisa moderna, tecnológica.
Então estou aguardando o lançamento do RIC para substituir o meu antigo.
Pelo jeito ainda vai demorar. O custo não está agradando, R$ 40,00. Talvez com um subsídio do governo, fique em R$ 15,00.
Está prometido começar a emissão dos novos documentos em julho, começando por Rio de Janeiro, Bahia e o Distrito Federal.
Mesmo antes de começar a circular, os problemas já começaram:
Tivemos problemas com as fotos de pessoas com óculos. Para resolver, foi preciso definir que o RIC não poderá ter foto com óculos”.
E agora? Eu não uso óculos, mas conheço pessoas que não são as mesmas sem seus óculos. Como se os óculos fossem uma extensão delas mesmas, de seus corpos. Perderão a identidade sem eles, terão uma nova identidade, duplamente falando...
Bem, e quando eu me pus a reclamar da minha foto no documento, uma amiga me confortou – não há nada pior do que a minha.
E prosseguiu na explicação – aqui na minha cidade, só é permitido tirar a foto mostrando a testa. E como eu não fui preparada, pois não sabia, deram-me um grampo para prender a franja...
Realmente, tenho que admitir: situação difícil. Ainda bem que não foi comigo. Cabelo encarapinhado como o meu, nem uma caixa de grampos daria jeito para aparecer a testa!
E os meninos, com cabelo a la Justin Bieber? Como faria a prender a franja?
Eu preciso fazer um novo documento, já é necessidade. Uma coisa me incomoda só de pensar no dia em que eu for fazê-lo.
Qual expressão colocar na face, na hora da foto?
Sorrir escancarado, mostrando os dentes, não me parece boa opção. Sempre penso se for visitar alguém à beira da morte num hospital, momento triste e eu mostro o documento praticamente gargalhando na foto. Não acho que fique bem.
Sério, sisudo, cara de poucos amigos, tampouco.
A última opção que me ocorre,  foi a que me fez ficar tão horrível. Sabe quando você tenta esboçar um sorriso com os lábios fechados, ou quase sorrir com os olhos. Para mim, o efeito foi lamentável...
E então? Alguém tem uma sugestão para a foto do novo documento?
Aliás, você está em paz com o seu?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mais "Colherzinhas

Hoje tive uma grata surpresa aqui no blog.
Recebi um comentário no post 'colherzinhas' do André, assim escrito:

Oi Ana Paula. Me chamo André e fiz um curta dessa crônica. Quando li, soube na hora que queria filmar.



Ficou encantador! Obrigada André por compartilhar conosco o seu vídeo.



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Piada, tem limite?

Hesitei sobre este assunto. Estava às voltas com ele desde a semana passada. Tinha desistido e dado por encerrado, mas, deparei-me por mais duas vezes com o mesmo teor.
Piada, tem limite?
Numa tarde chuvosa da semana passada, entrei em uma loja, mistura de eletrônicos com livraria e me chamou atenção um grupo grande de pessoas ao redor de uma tv, em pé, rindo muito, gargalhando.
Juntei-me ao grupo. Era um dvd de um humorista, do que pode se chamar da nova geração. Sem dúvida talentoso, dominava um palco apenas com o microfone e arrancava risos das plateias, de onde fora gravado e dos que estavam em pé ali na loja.
A primeira piada foi engraçada, a segunda também e a terceira, para mim, lastimável.
Opinião contrária de quem assistia ao humorista.
Contava sobre suas experiências sexuais e disse que certo dia resolveu experimentar um preservativo que se dizia com “efeito retardado”. Depois do uso, precisou levar o órgão genital para a APAE pois o mesmo não lhe obedecia, tinha ficado retardado.
Não achei graça e fiquei de alguma forma incomodada com aquilo.
Conversei com algumas pessoas que me disseram que piada era assim mesmo.
Então achei melhor encerrar o assunto.
Num outro momento, encontrei uma matéria na internet e ontem assisti na tv a uma reportagem sobre o assunto envolvendo um humorista e autistas.
Na internet, o que mais me chamou a atenção foram os comentários tecidos a respeito do assunto.
Pai de um garoto autista que disse não se importar.
Avó de outro que disse se importar muito, porque o neto não tem voz, e ela é a voz por ele e seus direitos. E muitos outros, que eu dispendi um tempo a ler e refletir.
Quando adolescente já ri sim de piadas a ridicularizar os outros. Hoje prefiro manter-me longe, porque não consigo mais rir, talvez eu seja chata, crítica demais ou aprendi a me colocar no lugar dos outros, não sei.
Deixo aqui o link se alguém quiser conhecer uma diversidade de comentários.
E a sua opinião, qual é: piada, tem limite? 

Quando assim



Quando eu era espera,
Nada era, nem chovia, nem fazia;
Só senti que a calma, não acalma
Quando só a solidão.
Quando eu era estrela
Era inteira na mentira que eu dizia
Ser o que não era,
Convencia, dentro da minha ilusão
Quando eu fui nada,
Faltou nada, tudo pronto pra escrever
Eu não sabia buscar,
Foi quando apareceu,
O que quis inventar,
Pra preencher o meu mundo particular,
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu,
Já sei dizer que o amor pode acordar.
Eu não sabia buscar,
Foi quando apareceu,
O que quis inventar,
Pra preencher o meu mundo particular,
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu,
Já sei dizer que o amor pode acordar.


Núria Mallena
Quando assim