terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

O nome da praça

Mudamos para esta cidade, há cinco anos, sem conhecer nada. Tínhamos como referência apenas a escola, na qual as crianças estudariam e precisaríamos conseguir uma moradia nas cercanias da escola.
Conseguimos. E sendo transportados no carro do corretor de imóveis para o desenrolar burocrático, eu avistei um grande oásis verde encravado entre casas e prédios. Logo após contornarmos esse local, o carro estacionou em nosso destino, nosso futuro lar. Soube então, que estávamos bem próximos daquele enorme campo verde.

No final do dia da mudança, mesmo exausta entre caixas e arrumações, chamei as crianças para conhecermos aquele local que estaria bem perto de nós.

As crianças já  sabiam até o nome:

_ Maconhão, é maconhão que se chama aquela praça mãe, a galera do prédio falou que sempre vai lá.

Praças e viadutos, creio eu, que são os mais apelidados dos logradouros. Parques também. Praças...

Recusei-me desde a primeira vez que ouvi de pronunciar o nome Maconhão.

E enquanto não descobri o nome de batismo, chamei a praça de Campão.


E fui descobrindo aos poucos que naquela praça tinha também "maconhão".

Mas tinha muito mais... expressões de amor, afeto, cuidado, paciência. Gerações que lá se encontram e caminham juntas.


Tem espaço para as brincadeiras caninas.


Tem espaço para os sonhos de amor dos enamorados.


Tem pelada de domingo, onde o goleiro, além das chuteiras e luvas, também precisar levar enxada e dar uma ajeitada bem ali na boca do gol!

E enquanto eu me empenhava em descobrir o nome do lugar ( nem lembrei de procurar no google! ); perguntei pro carteiro, pra morador, entregador e só ouvia a palavra Maconhão, vi florescer botões, demorei-me a comer pitangas...








Até que um dia, numa poda de árvore, descortinou-se a placa com o nome da praça.

Floripes.

Ah! Floripes, não vou me esquecer desse nome... tenho uma boa história, que conto de outra feita.

E de mansinho vem soprando na praça Floripes, um presságio de outono.












quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Nem azul, nem rosa

Amarelo.
Vamos de amarelo-yellow!

Então, acordamos num belo sábado, céu aberto, temperatura agradável no comecinho da manhã e ao sair às ruas, algo diferente na paisagem urbana.

Bicicletas amarelas estavam espalhadas por todos os cantos.


Não demorou muito para as crianças já saberem da novidade e nos ensinarem o passo-a-passo. Bicicletas compartilhadas, uso através de aplicativo.

E olha o marido aí! Todo faceiro!




A cidade parecia ter sido contagiada por um vírus da alegria, do bem!
O que mais se ouvia era: "Ah! Mas será que eu ainda sei? Faz tantos anos que ando numa bicicleta?"
E a resposta, sempre a mesma!
"Ih... isso não se esquece! Pode ir tranquila!

Muitas crianças, como as minhas que não tem bicicleta, se esbaldaram.
Muitos adultos, despertaram sua criança adormecida e foi um lindo passeio!

A novidade ficou e pegou.
Tem gente pedalando para ir trabalhar, se exercitar, ou se divertir.
Novos tempos de bens compartilhados. Todos cuidam, preservam e assim seguem usando.

Eu, que um dia escrevi um bilhetinho "não esqueça a minha caloi" ( esqueceram e substituíram por uma monark! ) - também pedalei. Minha criança interior ficou feliz!










quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Primeiro escrito do ano

Oi.
Vamos nos encaminhando para a segunda quinzena de fevereiro e eu nada escrevi aqui.
Aqui no blog, porque tenho escrito muito, nos pensamentos, na mente que divaga. Mais alguém assim?!

Na última semana do ano, eu me preparei para iniciar - 01/01. Novo ano, primeiro post do blog com o desejo de escrever, em 2019, 365 posts.

Achei melhor não publicar na véspera, afinal, quem é que vem conectar o blogger na véspera de ano novo?

Deixei para a manhã inaugural do novo ano. Tinha até imagem:


Paz seria o assunto abordado. Paz para além das guerras. Passou.

Na segunda semana de janeiro, comemoraria o aniversário de 8 anos do blog. Não é muito, mas também não é pouco. Exaltaria no texto comemorativo a paz que não falei no início do ano.

Em outros aniversários do blog eu exaltei as amizades, as trocas e agora exaltaria a paz porque acho que os blogs foram os espaços que restaram de paz virtual - pelo menos essa é a minha percepção em relação aos nossos blogs caseiros, artesanais.

O facebook é um ringue de guerra, política essencialmente. Ali nascem discórdias, pessoas são banidas. O instagram é o ninho da estética, das vidas bonitas. Tem o stories por lá, que eu não dou conta de assistir, tem o twitter que eu nem me atrevi a pisar em seu solo.

Os blogs então seguem com ares nostálgicos, quase analógicos.

Passou também e o texto ficou só no coração.

Veio então 26 de janeiro, aniversário de meu filho Bernardo, faria um pequeno texto homenageando-o e aproveitaria para falar que ele entrou para a faculdade e eu estava numa correria para providenciar um enxoval para ele ( nunca imaginei que ainda usaria a palavra enxoval ).

Recebi nesse tempo um e-mail que me tocou profundamente. Um robô o enviou para mim dizendo que o Google + será encerrado. Eu cheguei a postar alguma coisa por lá e depois nunca mais. Tinha até me esquecido da existência.
O robô foi bem enfático: a falta de uso é a causa do encerramento.

Senti até um arrepio. Se vão fechar por falta de uso, vamos usar muito nossos queridos blogs! ( falo isso para mim mesma, que ando tão ausente! ).

Vou aos poucos visitando-os! Fico longe mas sinto saudades!
Um beijo a todos vocês!