domingo, 30 de agosto de 2015
Aconteceu no cinema
Não dirijo.
Opção esta que não me dificulta em nada; mas, às vezes, algum contratempo pode ocorrer.
Foi o caso da melancia no cinema.
Não que eu tivesse pendurado uma melancia no pescoço para ir ao cinema.
Longe disso que um mínimo de noção eu ainda tenho.
Mas não nego que fui ao cinema portando melancia.
O fato de ter feito a opção por não dirigir, exige planejamento para as coisas cotidianas, para que se aproveite o melhor do tempo e das caminhadas.
Foi o caso do cinema.
Decidimos, eu e as crianças, assim no repente.
Saímos com folga de tempo. E fomos à pé, afinal temos um pequeno shopping próximo a nossa casa.
É pequeno se comparado com os tradicionais, porém supre as necessidades ao unir num mesmo espaço cinema e mercado.
A prioridade eram os ingressos para assegurar um bom lugar, já que as salas são para um público pequeno. Chegar em cima da hora significa ficar com a tela muito próxima ou desistir da sessão.
Escolhemos bons lugares centrais.
As crianças pediram alguma guloseima para acompanhar o drama que nos aguardava.
Claro! Exclamei.
E os fui puxando ao som das interrogações de mãe, mas nós não vamos comprar um chocolate?
Os tempos são de crise e como tínhamos ainda tempo antes do início do filme, eu fui economizar tempo e dinheiro indo comprar no mercado a alguns passos da "vendinha" do cinema onde os preços são exorbitantes.
Peguei um cestinho logo na entrada do mercado.
Mas precisa de cestinho só para pegar um chocolate?
Bem, quando não se dirige, o pensamento tem que ser rápido como virar à esquerda ou à direita.
Sendo assim eu pensei em já comprar umas coisinhas além do chocolate, assim pouparia uma outra vinda ao mercado no dia seguinte.
Pegaram os chocolates e eu peguei a melancia.
Melancia?
Você vai entrar no cinema com uma melancia?
Sim.
Ah...
Ah, mas se eu não levar agora, quando sairmos do cinema, o mercado estará fechado e quem quererá vir comigo amanhã cedo ao mercado?!
Consentiram a melancia.
Saquei minha sacola de pano e acomodei ali dentro a melancia para que não chamasse a atenção.
Lugares demarcados em nossos ingressos, entramos, sentamos e eu acomodei com delicadeza a melancia no chão.
E então começou um tal de passa gente pra cá, passa gente pra lá. Eu levantava a melancia, punha de novo no chão.
Licença, licença...
Encolhia as pernas torcendo pro salto da moça não infincar na melancia.
Que sufoco. Que gente chata passando de um lado para o outro.
Choramos no filme. Era bem triste.
Saímos refletindo e conversando. A melancia seguiu no escuro da noite dentro do escuro da sacola.
Já em casa, veio a vontade da melancia.
Fatias generosas do nosso 1/4 da fruta. Era preciso adoçar a noite diante da tristeza da película.
Estava estragada. Completamente estragada.
Eu custava a acreditar; o cheiro não deixava dúvidas.
Um dos filhos com habilidade de leitura de pensamento materno já foi logo dizendo:
"Nem pense em ir reclamar no mercado, porque eu tenho certeza que você vai dizer que levou a melancia no cinema e a moça vai achar isso muito estranho".
Eu também achei estranho. Até agora não sei se foi toda aquela gente passando e a melancia indo do colo ao chão, se espremendo debaixo dos assentos.
Ou se ela, a melancia, também se ressentiu de tanta tristeza daquele filme que até azedou.
Voltei lá no dia seguinte e trouxe laranjas.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Um charme de livro
Livros azuis, ou melhor, com capa na cor azul, costumam ser fofos.
É só pesquisar #livrosazuis e lá estão eles!
Eu tenho um livro azul, mas não vou dizer que ele é fofo.
Ele é, na verdade, um charme!
Antes de mostrá-lo, quero apresentar algumas ilustrações e uma descoberta
"Assim como nós, seres humanos, habitamos o planeta, também somos habitados. O
intestino é a floresta mais extraordinária e gigantesca, com as criaturas mais incríveis."
A descoberta, por conta da ilustradora Jill Enders, é que existe uma especialização para quem faz design, que é em mediação científica. Deu total leveza e bom humor as ilustrações para esse tipo de assunto tão "não falado": nosso cocô.
Olha que charme o livro!
É só pesquisar #livrosazuis e lá estão eles!
Eu tenho um livro azul, mas não vou dizer que ele é fofo.
Ele é, na verdade, um charme!
Antes de mostrá-lo, quero apresentar algumas ilustrações e uma descoberta
"Quando nossa comida contém algo muito sólido, é como se mandássemos um time de futebol inteiro saltitar ritmicamente sobre ela antes de a engolirmos. Ao mordermos um pedaço de torta, não precisamos da força máxima - nesse caso, bastam algumas meninas de saia de tule e sapatilha."
intestino é a floresta mais extraordinária e gigantesca, com as criaturas mais incríveis."
A descoberta, por conta da ilustradora Jill Enders, é que existe uma especialização para quem faz design, que é em mediação científica. Deu total leveza e bom humor as ilustrações para esse tipo de assunto tão "não falado": nosso cocô.
Olha que charme o livro!
Se você ainda acha não acha seu intestino um charme, precisa ler esse livro!
As mais novas e recentes descobertas sobre esse órgão maravilhoso são surpreendentes.
Eu já tinha aprendido há muito tempo com a Sônia Hirsch que uma pessoa emburrada, de mau humor constante, é uma pessoa enfezada. Ou seja, cheia de fezes!
E no livro é possível comprovar a relação entre nosso bom humor e o funcionamento do intestino, nosso cérebro e o intestino.
Já tinha parado para pensar nisso?!
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Não à redução
Fazia tempo que eu não comprava chocolate.
Não que eu não goste. Muito pelo contrário: amo chocolate.
Mas tenho procurado há muito tempo pelo sabor do chocolate da minha infância e não encontro.
Pode ser que o envelhecimento das minhas papilas gustativas sejam responsáveis.
Pode ser que aquele pacotinho com dois tubetes vermelhos cheios pequenos chocolates envoltos em papel dourado e que deveriam durar, a depender, 30 ou 31 dias, algumas vezes 32, fizessem o chocolate ter o sabor especial que se perdeu de mim.
Ou pode ser que o fabricante, aquele que tem como símbolo um ninho, tenha reduzido o sabor.
Comprei e qual não foi minha surpresa!
Não que eu não goste. Muito pelo contrário: amo chocolate.
Mas tenho procurado há muito tempo pelo sabor do chocolate da minha infância e não encontro.
Pode ser que o envelhecimento das minhas papilas gustativas sejam responsáveis.
Pode ser que aquele pacotinho com dois tubetes vermelhos cheios pequenos chocolates envoltos em papel dourado e que deveriam durar, a depender, 30 ou 31 dias, algumas vezes 32, fizessem o chocolate ter o sabor especial que se perdeu de mim.
Ou pode ser que o fabricante, aquele que tem como símbolo um ninho, tenha reduzido o sabor.
Comprei e qual não foi minha surpresa!
Reduziram? De novo?
Eu me lembro da redução de 200g para 170g.
Entristeceu-me.
Nas minhas receitas era solicitado sempre 200.
Mas, o tempo passou, e eu me acostumei. Ora comprava duas barras para fazer o doce, ora ia com uma só e dava certo do mesmo jeito.
Agora essa redução já é demais.
Passado o susto, ocorreu-me que eu estava feito criança mimada, sempre querendo mais.
"Ora Ana Paula - pensei - estão fazendo isso para seu bem; menos açúcar, menor quantidade de gordura; não seja ingrata e agradeça essa redução".
É. Está um problema grave essa história de gorduras e açúcares.
Resolvi, inclusive deixar de comer o chocolate e partir para a aveia.
Ah, todos nós conhecemos os efeitos salutares da aveia.
Reduz colesterol, tem fibras...
Só que...
Reduziram também a aveia.
Não tem ninguém preocupado com a minha saúde.
Estão preocupados em reduzir o conteúdo, aumentar o preço e ampliar ao infinito seus lucros.
O que mais você viu que reduziu? O pote de sorvete de 2l também...
A energia elétrica também, porém... agora :(
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Costure as frases
Na minha infância, minha mãe comprava yakult da moça do carrinho que batia palmas em frente a nosso portão, comi cigarrinhos de chocolate, andei no fusca de papai sem cinto, assisti programa de calouros com a Aracy de Almeida e passava as manhãs assistindo Xuxa.
Em algum momento decidi que com meus filhos tudo seria diferente.
Não tiveram dvd, nem tv no quarto. A Tv Cultura foi o que lhes marcou a infância com video clipes do Palavra Cantada, Castelo Rá Tim Bum, De onde vem, com a Kika, Reporter Eco que se tornou tradição aos domingos.
Fui chamada para uma reunião de urgência quando meu filho estava no 6˚ ano (hoje está no 9˚). Foi uma reunião cara a cara com a professora de Língua Portuguesa. O menino havia tirado nota vermelha e ela estava inconformada com aquilo. O motivo? Eu o havia criado de uma maneira muito diferente.
"Ele não sabe quem é Bob Esponja. Olha aqui na prova essa interpretação: ele não tem a menor noção do que se trata e por isso errou tudo".
Foi impossível conter o brotamento das minhas lágrimas diante da professora. As palavras encarceradas por um horrível e enorme nó que fechou minha goela.
Mas eu pensava. Eu ainda conseguia pensar. Poxa! Eu li a revista Pais e Filhos, a Crescer e também comprei a edição especial de Cláudia Bebê e eles indicavam Baby Einstein, Mozart para crianças e Lego. Fiz tudo direitinho. Não me lembro de terem indicado Bob Esponja.
E agora, a nota vermelha era culpa exclusiva minha. Eu teria que me redimir perante meu filho.
Muitos anos se passaram sem que Bob Esponja me atormentasse novamente. Teve uma única vez que o rebento me pediu para comprar uma bolacha recheada embalada e estampada pelo personagem. Recusei. Compra outra.
Ontem, tive reunião escolar coletiva do meu filho. Era para falar que eles iriam para o Ensino Médio, que lá a história seria outra. Tudo muito exigente. Tardes inteiras de provas, alternando provas em estilo Fuvest e na outra leva, estilo Enem. No segundo ano terão que se direcionar para uma área específica. No terceiro ano, farão provas aos domingos, não importa se for Natal ou dia santo.
Senti uma leve pontada. Meu filho nem teve tempo de conhecer o Bob Esponja e a vida já o espera dessa maneira.
Passeei com o cachorro pela manhã. Havia um papel dobrado caído no meio-fio. Me contive para nào pegá-lo. Parecia que o papel se comunicava comigo. Senti medo de sentir essas coisas.
Na segunda e terceira vez que saí com o cachorro, ainda estava lá o papel.
Na quarta e última antes de dormir, ele, o papel, tinha se deslocado um pouco do lugar inicial. Lancei-me a ele, afinal tinha acabado de ler um trecho de um livro em que uma carta, após um atropelamento de quem a segurava, perdeu-se e causou muitas coisas.
Contive-me para não abrir o papel dobrado no caminho. Deixei para fazê-lo em casa.
É uma prova e é da escola do meu filho!
É uma prova do ensino médio, do 2˚ ano do médio, não sei definir se é a prova estilo Fuvest ou Enem, mas é, ou melhor são duas provas em uma folha: Física e Biologia.
Para meu desespero, a questão de Biologia é inquestionavelmente sobre o Bob Esponja.
Em algum momento decidi que com meus filhos tudo seria diferente.
Não tiveram dvd, nem tv no quarto. A Tv Cultura foi o que lhes marcou a infância com video clipes do Palavra Cantada, Castelo Rá Tim Bum, De onde vem, com a Kika, Reporter Eco que se tornou tradição aos domingos.
Fui chamada para uma reunião de urgência quando meu filho estava no 6˚ ano (hoje está no 9˚). Foi uma reunião cara a cara com a professora de Língua Portuguesa. O menino havia tirado nota vermelha e ela estava inconformada com aquilo. O motivo? Eu o havia criado de uma maneira muito diferente.
"Ele não sabe quem é Bob Esponja. Olha aqui na prova essa interpretação: ele não tem a menor noção do que se trata e por isso errou tudo".
Foi impossível conter o brotamento das minhas lágrimas diante da professora. As palavras encarceradas por um horrível e enorme nó que fechou minha goela.
Mas eu pensava. Eu ainda conseguia pensar. Poxa! Eu li a revista Pais e Filhos, a Crescer e também comprei a edição especial de Cláudia Bebê e eles indicavam Baby Einstein, Mozart para crianças e Lego. Fiz tudo direitinho. Não me lembro de terem indicado Bob Esponja.
E agora, a nota vermelha era culpa exclusiva minha. Eu teria que me redimir perante meu filho.
Muitos anos se passaram sem que Bob Esponja me atormentasse novamente. Teve uma única vez que o rebento me pediu para comprar uma bolacha recheada embalada e estampada pelo personagem. Recusei. Compra outra.
Ontem, tive reunião escolar coletiva do meu filho. Era para falar que eles iriam para o Ensino Médio, que lá a história seria outra. Tudo muito exigente. Tardes inteiras de provas, alternando provas em estilo Fuvest e na outra leva, estilo Enem. No segundo ano terão que se direcionar para uma área específica. No terceiro ano, farão provas aos domingos, não importa se for Natal ou dia santo.
Senti uma leve pontada. Meu filho nem teve tempo de conhecer o Bob Esponja e a vida já o espera dessa maneira.
Passeei com o cachorro pela manhã. Havia um papel dobrado caído no meio-fio. Me contive para nào pegá-lo. Parecia que o papel se comunicava comigo. Senti medo de sentir essas coisas.
Na segunda e terceira vez que saí com o cachorro, ainda estava lá o papel.
Na quarta e última antes de dormir, ele, o papel, tinha se deslocado um pouco do lugar inicial. Lancei-me a ele, afinal tinha acabado de ler um trecho de um livro em que uma carta, após um atropelamento de quem a segurava, perdeu-se e causou muitas coisas.
Contive-me para não abrir o papel dobrado no caminho. Deixei para fazê-lo em casa.
É uma prova e é da escola do meu filho!
É uma prova do ensino médio, do 2˚ ano do médio, não sei definir se é a prova estilo Fuvest ou Enem, mas é, ou melhor são duas provas em uma folha: Física e Biologia.
Para meu desespero, a questão de Biologia é inquestionavelmente sobre o Bob Esponja.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Fotos aleatórias
O título e a inspiração vem lá do blog Fotografando cada Ideia, que aprecio mais a cada dia!
1 - Xícara, um presente.
2 - Num poste na Avenida Paulista - SP
3 - Encantamentos da natureza
4 - Nas férias: silêncio, paciência. Peixinho devolvido à represinha.
5 - A foto ficou bonita. O cheiro era insuportável: dedetização no prédio onde moramos.
domingo, 9 de agosto de 2015
Ser grato
- Primeira coisa que eu notei no meu dia é que eu tive uma boa noite de sono
- Acordar e ver meu pai, minha mãe, minha família ali comigo
- Eu ter acordado, porque eu nunca sei se vou acordar de novo
- Eu poder ter a minha água para poder lavar o meu rosto, me espreguiçar e despertar porque tem muita gente que não tem isso
- Meu café da manhã. Eu acordo com muita fome e eu considero uma das coisas mais importantes que eu tenho; simplesmente o fato de eu poder comer que é poder ter condições de comprar comida e ter saúde para poder comer
- Agradeci porque é um dia que eu posso ficar livre, não preciso ir para a escola, posso descansar.
- Foi levar o lixo e é importante para que a casa não fique cheirando ruim.
- Quando levei o lixo, encontrei com um amigo e fomos jogar bola.
Foi uma grata surpresa ouvir de meu filho essas respostas, em tom cadenciado, entusiasmado, sem esforço.
Tudo começou assim - eu estava lendo uma revista, onde havia a seguinte sugestão:
"Uma vez por dia, traga à sua mente dez coisas pelas quais é grato, contando-as nos dedos. É importante chegar a dez, mesmo que a contagem fique mais difícil após três ou quatro! É justamente para isso que serve o exercício: trazer à consciência os pequenos elementos, que costumavam passar despercebidos no dia a dia". Mark Williams
Chamei meu filho assim que li e obtive um adolescente "ah mãe, eu tô assistindo um programa...'
Nem insisti e continuei lendo quando o menino aproximou-me com postura de preguiça e má vontade, mas, assim que lhe fiz o pedido, ele arrumou a postura e imediatamente começou a falar com um ritmo entusiasmado na voz e no olhar. Parou um pouquinho após a quinta colocação e prosseguiu num tomando outro fôlego.
Eu lhe dei os parabéns porque não esperava a colaboração e fiquei mais surpresa ainda com as respostas! E acrescentei que ele havia se saído muito bem porque ainda era metade do dia; ele teria ainda outra metade com mais coisas pelas quais poderia sentir gratidão.
Depois, ele pediu que eu explicasse para que servia aquilo e disse que queria repetir o exercício à noite comigo e ele listaria quinze coisas, repetindo algumas da primeira vez.
A matéria da revista tratava do livro Atenção Plena, o qual não li, apenas ouvi falar, porém fiz uma imediata relação com os nossos blogues.
"Uma prática de gratidão traz à mente as ( por vezes minúsculas ) coisas pelas quais podemos ser gratos. E restaura um equilíbrio importante para a nossa mente".
Já participei várias vezes aqui no blog de postagens fotográficas com dez fotos do seu dia, mais recente tenho visto o mesmo projeto com seis, as blogagens coletivas que eu e a Tina temos organizado no primeiro sábado de cada mês*, as listas de coisas que te fazem bem e em sua maioria, as próprias postagens do dia a dia, faz com que olhemos para o melhor de nossos dias, de nossas vidas.
Vejo muita gente resmungando que o mundo virtual é falso, é tudo lindo.
Claro que não é assim. Um pouco apenas de maturidade e vivência mostra que a vida tem lá seus dias ruins, e escrevemos também sobre eles. Desabafamos, resmungamos também, mas na maior parte do tempo a gente procura essas minúsculas coisas que fazem bem para acalentar um pouco as dificuldades, as notícias ruins que a todo momento nos chegam.
Fica a sugestão da prática de gratidão, que muitos já fazem de maneira espiritual, religiosa, que seja de que forma for, só nos faz bem. Vamos olhar as grandes e minúsculas coisas que sempre nos rodeiam!
*Primeiro sábado de setembro, dia 5, que será emenda do feriado da Indepedência do Brasil, a blogagem terá como tema: uma foto sua da infância! Revire os baús, os albúns, os disquetes, os pcs, enfim, deixa programado e participa que só vai fazer bem! E eu já tô cheia de curiosidade para ver o pessoal na sua fase criança!
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Encontros felizes
Há quem os chame de coincidências, acaso, destino, sintonia, sincronicidade, serendipidade.
Já que estamos em agosto, eu vou chamar de auspiciosos esses encontros felizes!
Esses que nos surpreendem, que surgem sem que tivéssemos esperando.
Ontem eu li no blog da Mi, uma história linda que me comoveu: Kafka escreve cartas para uma garotinha que perdeu sua boneca.
Fiquei com o texto, com a imaginação e aquela sensação boa!
Quer ler? Aqui!
Hoje, chego ao blog Mulheres em Círculo, da dra. Cristiane, e me deparo justamente com o livro Kafka e a Boneca Viajante que eu nem sabia existir!
E quer saber o melhor? A Cris está em festa lá no blog e vai sortear esse e outro livro.
Agosto auspicioso!
Então aproveita e lê o post e participa do sorteio!
Já que estamos em agosto, eu vou chamar de auspiciosos esses encontros felizes!
Esses que nos surpreendem, que surgem sem que tivéssemos esperando.
Ontem eu li no blog da Mi, uma história linda que me comoveu: Kafka escreve cartas para uma garotinha que perdeu sua boneca.
Fiquei com o texto, com a imaginação e aquela sensação boa!
Quer ler? Aqui!
Hoje, chego ao blog Mulheres em Círculo, da dra. Cristiane, e me deparo justamente com o livro Kafka e a Boneca Viajante que eu nem sabia existir!
E quer saber o melhor? A Cris está em festa lá no blog e vai sortear esse e outro livro.
Agosto auspicioso!
Então aproveita e lê o post e participa do sorteio!
Escrever à mão
Em tom de brincadeira, o professor que falava na reunião escolar, disse que aquela escola ainda mantinha valores antigos como o de escrever a mão.
É algo que precisa mesmo ser falado e imagino que será, ou até já existe, escolas fazendo suas publicidades com essa marca "aqui ainda escrevemos à mão; aqui não se usa mais lápis e caneta".
Há países que já vem abolindo a letra cursiva. Há inúmeras pesquisas a favor do manuscrito e seus efeitos no cérebro e outras tantas que defendem o uso da digitação sem prejuízo algum.
E você, qual a sua opinião?
Caso tenha cinco minutinhos disponíveis, ajude numa pesquisa que é bem gostosa de responder!
A pesquisa é da Viviane do blog semreservas.com.br.
Clica aqui para responder.
É algo que precisa mesmo ser falado e imagino que será, ou até já existe, escolas fazendo suas publicidades com essa marca "aqui ainda escrevemos à mão; aqui não se usa mais lápis e caneta".
Há países que já vem abolindo a letra cursiva. Há inúmeras pesquisas a favor do manuscrito e seus efeitos no cérebro e outras tantas que defendem o uso da digitação sem prejuízo algum.
E você, qual a sua opinião?
Caso tenha cinco minutinhos disponíveis, ajude numa pesquisa que é bem gostosa de responder!
A pesquisa é da Viviane do blog semreservas.com.br.
Clica aqui para responder.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Educação
Mantive um blog onde eu escrevia sobre Educação a partir dos problemas que havíamos enfrentado. Comunico que deixei de escrever por lá e vou trazer para cá as reflexões sobre o tema.
Tenho leitores em comum a ambos blogs que, caso acessem por lá, aparecerá a mensagem de blog aberto somente a convidados. Não há convidados, eu fechei o blog sem excluí-lo e caso volte a escrever por lá, comunico aqui.
Vou falar de Educação a partir da reunião de escola que tive ontem à noite.
Soará estranho o que vou escrever: foi uma reunião magnífica ao descrever o cenário sombrio que paira sobre e entre as crianças, adolescentes e jovens.
O coordenador-geral mostrou-nos o panorama, uma visão ampla e vista de cima sobre as escolas, sobre a educação.
Reflexões lidas em vários blogs, na rede de uma maneira geral, mas que quando mostrada sobre a ótica da educação, torna realmente o cenário assustador e preocupante e um desafio constante que necessita de mudanças tanto da parte da escola quanto dos pais.
Essas mudanças tanto no sentido de inovar, de aprender a conviver com uma nova realidade e também de resgatar e retornar a valores antigos que são de suma importância e estamos deixando que se percam.
Eu senti que, de maneira sutil, o recado foi muito mais forte para os responsáveis pelas crianças.
Colocarei alguns tópicos e quero abordá-los em outros posts também:
O cardápio é extenso. Mas é a partir da identificação de toda essa problemática que será possível se houver desejo e empenho de mudar.
Gostaria da sua participação como responsável, pai, mãe, avô, tia; como educador; como estudante; como quem está de fora e consegue ver e opinar.
Por hoje é isso e aproveito para deixar o link do blog da Tina, que sem saber de nada fez uma reflexão bem semelhante!
Tenho leitores em comum a ambos blogs que, caso acessem por lá, aparecerá a mensagem de blog aberto somente a convidados. Não há convidados, eu fechei o blog sem excluí-lo e caso volte a escrever por lá, comunico aqui.
Vou falar de Educação a partir da reunião de escola que tive ontem à noite.
Soará estranho o que vou escrever: foi uma reunião magnífica ao descrever o cenário sombrio que paira sobre e entre as crianças, adolescentes e jovens.
O coordenador-geral mostrou-nos o panorama, uma visão ampla e vista de cima sobre as escolas, sobre a educação.
Reflexões lidas em vários blogs, na rede de uma maneira geral, mas que quando mostrada sobre a ótica da educação, torna realmente o cenário assustador e preocupante e um desafio constante que necessita de mudanças tanto da parte da escola quanto dos pais.
Essas mudanças tanto no sentido de inovar, de aprender a conviver com uma nova realidade e também de resgatar e retornar a valores antigos que são de suma importância e estamos deixando que se percam.
Eu senti que, de maneira sutil, o recado foi muito mais forte para os responsáveis pelas crianças.
Colocarei alguns tópicos e quero abordá-los em outros posts também:
educar para valores antigos está fora de moda
desvalorização do tradicional
ordem narrativa racional e cartesiana mudou para a narrativa do caos e circularidade
nova erótica: papel feminino e masculino
crise da subjetividade: coisificação do humano - não permite o diferente
o fim da infância e do brincar
valorização do fugaz e vulgarização cultural
crianças e adolescentes depressivos, desinteressados, neuróticos
muitos casos de bulimia e anorexia
não reconhecem a autoridade do professor/educador
pouca tolerância à frustação
imperativo de um padrão de beleza
saturados de estímulos visuais e sensoriais com pouco ou nenhum valor simbólico significativo ( são vítimas do meio)
comportamento agressivo praticando violência moral e/ou física
O cardápio é extenso. Mas é a partir da identificação de toda essa problemática que será possível se houver desejo e empenho de mudar.
Gostaria da sua participação como responsável, pai, mãe, avô, tia; como educador; como estudante; como quem está de fora e consegue ver e opinar.
Por hoje é isso e aproveito para deixar o link do blog da Tina, que sem saber de nada fez uma reflexão bem semelhante!
domingo, 2 de agosto de 2015
Um carteiro, um livro
A chaleira está no fogo.
Em alguns minutos, o vapor.
Um carteiro segura uma carta enquanto aguarda o momento de, com o vapor, abrir o envelope.
Não, por favor não fique com raiva do carteiro!
Bilodo, o carteiro, era um carteiro fora do comum.
Realizava seu trabalho com destreza.
Separava as cartas e depois as entregava. Em seu trajeto, aqueles prédios com escadas externas; juntos somavam 1.495 degraus.
Mas não é isso que faz Bilodo ser especial. Há algo mais...
Ele praticava caligrafia - a arte da bela escrita manual, que havia adotado como hobby.
Um carteiro que pratica caligrafia? Não é demais?!!!
"No meio dos milhares de pedaços de papel sem alma que entregava em suas rondas,vez por outra ele se deparava com uma carta pessoal - artigo cada vez mais raro nesta nossa era do e-mail, e mais fascinante ainda por causa da sua raridade."
Em meio a essa raridade dos tempos modernos, o carteiro Bilodo encontrará um envelope com uma bela caligrafia e dentro dele a carta apenas com um haicai. Um haicai que ele ainda não sabe bem o que é, mas naquelas dezessete sílabas ele sente como se fossem várias páginas. Ele se sente preenchido.
"Sem dúvida, a caligrafia de Ségolène contribuía muito para aquela magia extraordinária: ela costumava usar a cursiva italiana mais graciosa que Bilodo já tivera a sorte de poder admirar. Eram traços ricos, cheios de imaginação, com mergulhos profundos e voos celestiais adornados por volteios opulentos e pingos distribuídos com precisão - uma escrita clara e fluida, admiravelmente bem-proporcionada com a sua inclinação de trinta graus exatos e o espaçamento impecável. A letra de Ségolène era um doce colírio para os olhos, um elixir, uma ode."
Ah, que esse elogio eu nunca vou receber por minha letra :(
Imagino que seus ( meus ) graus exatos, sejam mais próximos a uma parede a desabar!
"... Era tão linda ( a letra ) que fazia chorar. Tendo lido em algum lugar que a caligrafia era um reflexo da alma da pessoa que escreve, Bilodo concluiu que a alma de Ségolène só podia ser de uma pureza incomparável. Se os anjos pudessem escrever, certamente o fariam daquele jeito".
Já dá para imaginar o desenrolar dessa história que está me encantando.
E igualmente encantador foi o cuidado gráfico com o livro:
Em alguns minutos, o vapor.
Um carteiro segura uma carta enquanto aguarda o momento de, com o vapor, abrir o envelope.
Não, por favor não fique com raiva do carteiro!
Bilodo, o carteiro, era um carteiro fora do comum.
Realizava seu trabalho com destreza.
Separava as cartas e depois as entregava. Em seu trajeto, aqueles prédios com escadas externas; juntos somavam 1.495 degraus.
Mas não é isso que faz Bilodo ser especial. Há algo mais...
Ele praticava caligrafia - a arte da bela escrita manual, que havia adotado como hobby.
Um carteiro que pratica caligrafia? Não é demais?!!!
"No meio dos milhares de pedaços de papel sem alma que entregava em suas rondas,vez por outra ele se deparava com uma carta pessoal - artigo cada vez mais raro nesta nossa era do e-mail, e mais fascinante ainda por causa da sua raridade."
Em meio a essa raridade dos tempos modernos, o carteiro Bilodo encontrará um envelope com uma bela caligrafia e dentro dele a carta apenas com um haicai. Um haicai que ele ainda não sabe bem o que é, mas naquelas dezessete sílabas ele sente como se fossem várias páginas. Ele se sente preenchido.
"Sem dúvida, a caligrafia de Ségolène contribuía muito para aquela magia extraordinária: ela costumava usar a cursiva italiana mais graciosa que Bilodo já tivera a sorte de poder admirar. Eram traços ricos, cheios de imaginação, com mergulhos profundos e voos celestiais adornados por volteios opulentos e pingos distribuídos com precisão - uma escrita clara e fluida, admiravelmente bem-proporcionada com a sua inclinação de trinta graus exatos e o espaçamento impecável. A letra de Ségolène era um doce colírio para os olhos, um elixir, uma ode."
Ah, que esse elogio eu nunca vou receber por minha letra :(
Imagino que seus ( meus ) graus exatos, sejam mais próximos a uma parede a desabar!
"... Era tão linda ( a letra ) que fazia chorar. Tendo lido em algum lugar que a caligrafia era um reflexo da alma da pessoa que escreve, Bilodo concluiu que a alma de Ségolène só podia ser de uma pureza incomparável. Se os anjos pudessem escrever, certamente o fariam daquele jeito".
Já dá para imaginar o desenrolar dessa história que está me encantando.
E igualmente encantador foi o cuidado gráfico com o livro:
A aba do envelope que forma a capa nos faz tão curiosos feito o carteiro e nem é preciso vapor no bico da chaleira para abrir!
Em tempos de tantas correspondências que são tudo, menos cartas, esse livro é um colírio, um lenitivo, um encantamento que nos faz até perdoar a gravidade de abrir cartas no vapor da chaleira.
sábado, 1 de agosto de 2015
Receita na Blogagem Coletiva
Primeiro sábado do mês, abrindo agosto, teremos vários gostos na proposta de uma receita na Blogagem Coletiva organizada por Tina e eu.
Mas, receita, eu?
Não, não sou boa em receitas. Consigo até executá-las como no caso de uma receita de quiabada que me foi enviada. Certamente não serei lembrada pelos meus quitutes.
Recorri então ao meu marido. Pedi a ele que escrevesse sobre suas receitas, que eu adoro!
Então, pilotando os teclados, Donisete.
A Paula me pediu para escrever sobre minhas receitas. Nós conversamos muito sobre o meu trabalho e eu gosto de contar para ela os casos dos mais peculiares aos mais simples que tanto nos ensinam.
Eu atendo num hospital público, em sua maioria são velhos e muito carentes. Acho que tenho a alma com cheiro de naftalina porque os velhos gostam de passar comigo e eu adoro atendê-los!
Atendi a um velhinho que entrou na saleta acompanhado de duas filhas. Ele se queixou, falou bastante, eu fui perguntando e sabendo mais da vida dele. As filhas, separadas, moravam na casa dele com os netos que ele ajudava a sustentar com a pouca aposentadoria. Receitei a ele o seguinte: o remédio apropriado para seu caso e acrescentei: "Seu Joaquim, o senhor vai beber esse comprimido à noite com chá. Deita na sua cama e pede pra uma das filhas fazer um chá bem quente e toma o comprimido e fica lá cama bem quietinho e vai falar pra elas que o senhor não pode ser incomodado. Volta aqui a semana que vem".
Ele abriu um sorriso e olhou para as filhas. "Escutou, não é para me incomodar."
Aquilo para ele foi um luxo!
Quando voltou na semana seguinte, já estava corado e com brilho nos olhos.
Disse que fez direitinho, tomou o comprimido na cama com o chá quente e ficou ali quietinho, teve noite que rezou, teve noite que veio muitas lembranças de quando ele era menino.
E num outro atendimento, eu receitei fotografia e choro.
Era um caso bem triste. O filho entrou com a mãe idosa num domingo à noite dizendo "Doutor minha mãe precisa de um antidepressivo, ela perdeu um filho, hoje faz sete dias que ele morreu, nós viemos da missa direto para cá".
Ouvi o filho que relatou que durante esses sete dias, mesmo sabendo que não era certo, eles estavam dando um remédio para a mãe dormir a maior parte do dia e também à noite.
Comecei então a conversar com a senhora que me contou que o filho tinha sido assassinado. Perguntei se moravam juntos, ela respondeu que sim e perguntei se ela já havia voltado para casa e ela disse que não, estava ficando na casa do filho que a acompanhava.
Então perguntei se ela queria e se sentia preparada para voltar.
Ela respondeu que era tudo o que ela mais queria: entrar no quarto dele e pegar nas coisas, nas roupas que foram dele.
Foi então que receitei que olhasse as coisas, sentisse o cheiro, pegasse em fotografias que ela disse ter em vários álbuns e chorar, chorar tudo o que estava preso ali. Aquela mulher tinha uma tristeza imensa que não estavam deixando ela sentir. Muitas vezes por amor, querendo evitar o sofrimento de quem amamos nós podemos cometer erros.
Naquele momento de sete dias apenas do acontecido, não era remédio para depressão que ela precisava. Era choro, carinho, boa alimentação.
Ela me deu um aperto de mão forte, bem forte, de quem estava determinada. O filho agradeceu. Não sei se agradei a ele, mas fiz o que achava certo.
E então, tire as suas receitas da gaveta e traga paz a blogagem!
De comida, de tricô, de artesanato, de deixar a casa mais bonita, enfim...
E vai preparando para setembro, no primeiro sábado foto da sua infância. Revire os baús!
Aqui as participações que vem chegando!
Mas, receita, eu?
Não, não sou boa em receitas. Consigo até executá-las como no caso de uma receita de quiabada que me foi enviada. Certamente não serei lembrada pelos meus quitutes.
Recorri então ao meu marido. Pedi a ele que escrevesse sobre suas receitas, que eu adoro!
Então, pilotando os teclados, Donisete.
A Paula me pediu para escrever sobre minhas receitas. Nós conversamos muito sobre o meu trabalho e eu gosto de contar para ela os casos dos mais peculiares aos mais simples que tanto nos ensinam.
Eu atendo num hospital público, em sua maioria são velhos e muito carentes. Acho que tenho a alma com cheiro de naftalina porque os velhos gostam de passar comigo e eu adoro atendê-los!
Atendi a um velhinho que entrou na saleta acompanhado de duas filhas. Ele se queixou, falou bastante, eu fui perguntando e sabendo mais da vida dele. As filhas, separadas, moravam na casa dele com os netos que ele ajudava a sustentar com a pouca aposentadoria. Receitei a ele o seguinte: o remédio apropriado para seu caso e acrescentei: "Seu Joaquim, o senhor vai beber esse comprimido à noite com chá. Deita na sua cama e pede pra uma das filhas fazer um chá bem quente e toma o comprimido e fica lá cama bem quietinho e vai falar pra elas que o senhor não pode ser incomodado. Volta aqui a semana que vem".
Ele abriu um sorriso e olhou para as filhas. "Escutou, não é para me incomodar."
Aquilo para ele foi um luxo!
Quando voltou na semana seguinte, já estava corado e com brilho nos olhos.
Disse que fez direitinho, tomou o comprimido na cama com o chá quente e ficou ali quietinho, teve noite que rezou, teve noite que veio muitas lembranças de quando ele era menino.
E num outro atendimento, eu receitei fotografia e choro.
Era um caso bem triste. O filho entrou com a mãe idosa num domingo à noite dizendo "Doutor minha mãe precisa de um antidepressivo, ela perdeu um filho, hoje faz sete dias que ele morreu, nós viemos da missa direto para cá".
Ouvi o filho que relatou que durante esses sete dias, mesmo sabendo que não era certo, eles estavam dando um remédio para a mãe dormir a maior parte do dia e também à noite.
Comecei então a conversar com a senhora que me contou que o filho tinha sido assassinado. Perguntei se moravam juntos, ela respondeu que sim e perguntei se ela já havia voltado para casa e ela disse que não, estava ficando na casa do filho que a acompanhava.
Então perguntei se ela queria e se sentia preparada para voltar.
Ela respondeu que era tudo o que ela mais queria: entrar no quarto dele e pegar nas coisas, nas roupas que foram dele.
Foi então que receitei que olhasse as coisas, sentisse o cheiro, pegasse em fotografias que ela disse ter em vários álbuns e chorar, chorar tudo o que estava preso ali. Aquela mulher tinha uma tristeza imensa que não estavam deixando ela sentir. Muitas vezes por amor, querendo evitar o sofrimento de quem amamos nós podemos cometer erros.
Naquele momento de sete dias apenas do acontecido, não era remédio para depressão que ela precisava. Era choro, carinho, boa alimentação.
Ela me deu um aperto de mão forte, bem forte, de quem estava determinada. O filho agradeceu. Não sei se agradei a ele, mas fiz o que achava certo.
E então, tire as suas receitas da gaveta e traga paz a blogagem!
De comida, de tricô, de artesanato, de deixar a casa mais bonita, enfim...
E vai preparando para setembro, no primeiro sábado foto da sua infância. Revire os baús!
Aqui as participações que vem chegando!
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