No meu passeio por um pedaço da Itália, tivemos uma breve passagem, breve mesmo, uma hora e meia, por Pádua.
Especificamente conheceríamos a basílica de Santo Antônio de Pádua.
O dia estava chuvoso, tivemos que caminhar um bom trecho a pé e meus pensamentos enquanto seguíamos pelas ruas molhadas era apenas "mais uma igreja".
Passei pela porta da igreja sem expectativa nenhuma e foram apenas alguns passos, três ou quatro para que eu fosse inundada por uma sensação estranha porém agradável e intensa.
Não era sobre a beleza desta basílica em si, já tinha visto em termos de obras de arte, arquitetura, outras mais belas.
Era algo mesmo além disso.
Dentro da basílica era proibido fotografar, certamente na internet é possível encontrar registros, inclusive a fotografia que eu fiz não conseguiu retratar o tamanho e a beleza toda de seu exterior.
Fiz fotografias do claustro que é anexo à basílica.
Após nosso retorno, Sant'Antonio di Padova permanecia em meus pensamentos. Peço desculpas mas eu confesso que, as histórias que eu conhecia, santo de cabeça para baixo, santo no freezer, nunca me agradaram e não gosto dessa abordagem.
Seria apenas isso Santo Antônio? Ou seria meu conhecimento, melhor ainda, o meu não conhecimento a respeito do menino Fernando, que se tornou Santo Antônio, que era ausente?
No dia seguinte ao nosso retorno, ainda com metade da mala para ser desfeita, soou a campanhia e um moço de voz bonita me entregava a biografia de Santo Antônio de Pádua.
O livro está emprestado, aliás tem uma fila de empréstimos!
Levei cinquenta e um anos achando que Santo Antônio era apenas festa junina, simpatias e santo casamenteiro...
Acho que comecei a entender tudo o que senti naquela igreja. É incrível a vida e as ações, a entrega, a fé de um Fernando que se tornou Antônio.
Se você tem, como eu tinha essa visão pequenininha desse imenso santo, vai se encantar com a biografia dele.
É fato que tem sim ajuda nos dotes de moças para casar, mas é algo muito, mais muito maior que isso.