Uma das coisas boas que nossa quarentena tem nos trazido é uma maior interação entre os blogs!
Tenho lido pessoas que há tempos não blogava, encontrado outras em comentários nos posts de amigos, mais visitas, mais escritos.
Então aproveitando esse bom momento, eu vou interagir com o blog Filha de José, da Ana Virgínia e vou falar um pouquinho mais do meu blog.
Muitos amigos antigos já conhecem a história. Vou contar e incrementar seguindo o roteirinho que a AnaVi sugeriu!
- Meu blog foi criado em...
- O nome do meu blog é pelo motivo de...
- O que eu mais gosto no meu blog e nos blogs é ...
- Eu criei meu blog para...
Meu blog foi criado em janeiro de 2011.
E o nome dele surgiu de uma conversa que minha filha Júlia com seus três aninhos teve comigo.
Aquela voz deliciosa de criança.
Ela estava um tanto brava e decepcionada com nossa vizinha, a dona Cristina que a adorava!
Voltou da casa dizendo "eu não gosto que a dona "Quistina" fala que ama eu do fundo do coração; lá no fundo é muito escondido, eu queria que ela amava eu do lado de fora do coração para todo mundo ver!"
Eu me lembro de ter anotado essa fala da pequena e quando contei para a dona Cristina ela caiu na risada e disse que falaria para Júlia que a amava do lado de fora do coração.
Disse que iria incrementar, não disse?!
Então, eu tenho quase cinquenta anos e portanto nasci completamente analógica!
Jurei que não teria um computador ( e fiz o mesmo com o celular! ).
Via de perto um computador de uma fábrica de cerâmica e tudo o que saía de lá eram códigos e notas fiscais mandadas para uma enorme impressora. Olhava para aquela tela no enorme monitor quadrado e só via códigos, pra quê eu ia querer aquilo?
O mundo girou e eu tive filhos. Quando fui em busca da primeira escola para o menino, onde eu batia me pediam o e-mail. Ãhn? E-mail? Mais eu não tenho e-mail e me olhavam como se eu fosse de outro planeta.
Eu, inocente, pedia se não poderiam me enviar as propostas por correspondência. Não, não usamos mais esse meio, só mesmo por e-mail.
A pressão pelo tal e-mail fez-me matricular numa escola de computação.
É, pensar que meus filhos já nasceram mexendo sem medo nos eletrônicos.
Fui para a primeira aula e seria preciso filmar para que acreditem: minha mão tremia ao segurar o mouse e eu não tinha controle nenhum daquela seta, daquele cursor. Tinha é medo.
A todo momento uma janela indesejada se abria na minha frente e eu quase saltava de tanto medo.
As aulas no computador para mim foram a auto-escola que não fiz!
Como demorei a dominar o básico daquilo!
Assim que aprendi um pouco, compramos nosso primeiro computador. Uma caixa enorme com o monitor, a CPU.
As primeiras coisas "sociais"que fiz no computador foi falar por Skype e ter uma conta no orkut.
Comecei então a saber sobre blogs através das revistas que comprava na banca de jornal. Fulano escreve no blog tal.
Fui visitando esses blogs que eram mais profissionais, mais para produtos, empresas e em certo dia cheguei a algum blog "nosso".
Fui gostando e um dia resolvi fazer uma tentativa e fui clicando, mexendo e quando vi estava com um blog ali na minha frente!
Foi também um susto e precisava apenas de um nome.
Um nome? Qual? Assim de imediato?
Eu não estava pensando em criar um blog, nunca achei que conseguiria!
Tudo o que me veio à cabeça foi o "lado de fora do coração".
E deu certo o nome e assim ficou!
O que eu mais gosto nos blogs são as interações que acontecem, os laços que vão se estreitando sejam virtual ou se tornam um abraço real.
Gosto quando, de repente, olho, encontro algo e penso em alguém dos blogs. Ela ia gostar dessa foto, isso tem a cara daquela pessoa de tal blog!
Fui percebendo com o tempo também que isso aqui é um belo registro de nossas vidas, de nossas fases.
Já tive fases de poesias, de escrever todos os dias, de postar muitas fotos, de ficar muito tempo afastada.
As rotinas também influenciam. Comecei com as crianças pequenas, agora adolescentes usam bem mais o computador e eu ainda não consigo postar a partir do celular.
Nessa quarentena por exemplo, tenho mais tempo porém o notebook está sendo usado durante a maior parte do dia pela filha que está tendo aulas online.
E assim a gente segue e usa essa ferramenta maravilhosa que tem coração pulsante: nossos blogs!