Querida Warie Dirie
Foi através de uma página de revista que eu soube do seu livro, muito antes dele se tornar um filme.
Flor do deserto. Através da leitura eu sofri com a garota somali, eu me encantei com a determinação da mulher, da modelo famosa e foi com um nó na garganta e chorando que eu li a passagem do ritual nefasto que as mães fazem com suas filhas: as jovens são levadas para um lugar ermo e a mãe extirpa-lhe o clitóris e os grandes lábios costurando e deixando um pequeno orifício que na noite de núpcias é aberto na navalha.
Você passou por isto e sobreviveu, muitas morrem de infecção, e hoje tenta extirpar essa crença na inferioridade da mulher.
O filme, não tive coragem de assistir. A cena que você descreveu neste seu horror foi vívida para mim.
Infelizmente seu livro está esgotado; olhei ainda hoje na internet.
É também sobre sexo e dor, mas não fez sucesso como uma trilogia que também trata de dor e sexo.
Mas você mostrou que é possível a felicidade e eu pouco sei das estatísticas da sua luta.
Uma só mãe que deixe de fazer este ritual em sua filha, é uma vitória.
Minha admiração por você, pelas mulheres que ressurgem da violência, da incompreensão.
Com o exemplo de vocês, o mundo aprende.
Um abraço Warie, um abraço mulheres guerreiras.
Post participante da ciranda interativa proposta pela Calu
Quero agradecer à Luma Rosa pelo comentário agregador, que traz inclusive o blog da Warie.
Coloco-o a seguir:
Ana Paula, essa mulher é guerreira! Fazem muitos anos que ela está na luta, mas não somente na Africa acontece esse tipo de mutilação, também na Ásia, América, Austrália e pasme, na Europa. Usam da religião para controlar a mulher. Faz pouco tempo Warie Dirie sumiu e ninguém a encontrava. Quando apareceu, souberam que foi raptada por um motorista de taxi que queria estuprá-la - ela tentou se defender de todas as formas e tem agora problema no braço causada pela luta que teve com o homem.
Eu assino o feed do blogue dela
Desert Flower – The Blog
Quando li o livro fiquei bastante chocada e ainda não assisti o filme. Não senti vontade! É muito sofrimento! Legal você se lembrar da causa e postar no blogue, pois não sabemos realmente até que ponto isso pode acontecer perto de nós.
Feliz dia!! Beijus,
Linda participação! maravilha de texto, emocionado e franco.
ResponderExcluirJá li bastante sobre essa mulher maravilhosa e sua luta constante para livrar as pequenas meninas desse horroroso destino.
Não li o livro, mas sei sobre o assunto e me solidariso a ela e a todas as mulheres que sofrem esse ritual bárbaro.
Não li também nem a aba da capa da tal trilogia, eu me recuso!
não acrescentaria nada à minha vida, nada mesmo!
Um beijo Ana querida, parabéns, e um lindo dia das mulheres, que seja "doce".
Ana Paula, eu tinha conhecimento desse ritual, mas como a mídia só toca em assuntos que deem IBOPE, não comenta sobre isso e eu sinceramente me esquecí dessa coisa horrível.
ResponderExcluirEu não tenho gabarito para comentar essa postagem. O que eu posso passar é que ela mexeu muito comigo e nesse mundo acontecem tantas coisas inesplicáveis que nem sei! O pior é a gente se sentir impotente por acabar com isso na hora.
Muito linda a sua iniciativa dessa homenagem.
Beijo
Manoel
PS: Para não misturar os assuntos, quero deixar aqui para você (amiga muito especial) e para a Jú um Maravilhoso Dia Internacional da Mulher. Deus a abençoe e continue sempre protegendo esse seu dom de lutar pelas grandes necessidades dos pequenos (que são maioria). De repente, um dia eu morro e não falo isso, mas é muito importante você saber o valor da sua pessoa e da sua luta.
E não espere nenhum troféu por isso, contudo pode contar com a alegria de ver uma pequena melhora nesse nosso mundão.
Enfim... Essa é a minha amiga Ana Paula que ainda vai conhecer o Pipoqueiro de Taubaté, kkk!
Outro beijo
Manoel
Menina, eu vi o filme que conta essa história e no final eu chorava muito. Super tocante tudo que ela passou! Uma história daquelas que ficam para sempre dentro da nossa mente.
ResponderExcluirObrigada pelo apoio lá no meu post!
Beijocas
Puxa, que linda homenagem e foste feliz com essa escolha! Parabéns pelo nosso dia e pela participação! beijos,chica
ResponderExcluirAna,
ResponderExcluiré com emoção que acompanho de longe a luta desta mulher ímpar e guerreira;sobrevivente de tradições cruéis absurdamente ainda praticadas.Não li o livro e quando assisti ao filme não suportei as cenas do sacrifício imposto.Torço por ela e por todas as mulheres que sofrem qualquer tipo de agressão á sua integridade.
Excelente participação atua, Ana, expor os abusos ainda sofridos pelas mulheres faz da data inesquecível.
Bjkas, menina.
Calu
Palmas, abraços, flores, orações a todas as mulheres guerreiras, sofridas, batalhadoras.
ResponderExcluirAfeto e força as futuras mulheres, Júlia por exemplo, será um grande mulher, pois há uma grande mulher em quem ela se espelhar.
Eu daqui, mulher feita, me espelho em você e agradeço \o/
Um girassol para vc com um bilhete preso com pregador (sempre útil) escrito: Vc como essa flor busca e emana luz :)
O mundo tem rituais culturais que são absurdos. Temos muito a avançar. É uma dia para refletir e não para ganhar flores.
ResponderExcluirCom certeza! Mulheres como essa merecem a nossa admiração! Precisam de coragem e força para mostrar ao mundo sua vida, sua intimidade tão doída...
ResponderExcluirÉ por essas e outras mulheres que lutam pela sobrevivência, pelo respeito, pelo direito de serem elas mesmas que devemos comemorar o Dia Internacional da Mulher! Dia de repensar histórias, reviver acontecimentos e lutar por um mundo mais digno e justo para as mulheres!
Beijos e parabéns pelo texto e pelo nosso dia!
Lívia.
Oi Ana Paula!Eu assisti esse filme e a cena que vc relata eu não consegui ver,é muito forte,fechei os olhos!Sou covarde nessas horas mas, que história incrivel tem essa modelo!Adorei sua participação!bjs,
ResponderExcluirAh eu vi esse filme quase todo. Se não fosse pela parada de 70 minutos do site que eu assistia filmes online, eu tinha visto o resto. O filme foi mt triste, principalmente na parte que ela vai no médico e trazem um enfermeiro somali que traduz tudo errado que o médico ingles disse. Ela lá precisando de uma cirurgia urgente e o enfermeiro dizendo que ela devia morrer pra defender a cultura de seu país.
ResponderExcluir
ResponderExcluirOlá Ana Paula.
Já sabia desse ritual, li em algum lugar sobre o assunto, mas, todas as vezes que volta a tona, como agora, reaviva uma revolta na alma.
Sua homenagem está perfeita.
Beijos
Maria Luiza, (Lulú)
Olá Ana.
ResponderExcluirParabéns por sua participação, esta carta deveria ser enviada, ficou maravilhosa. Esta mulher expôs sua vida para mostrar as barbaridades que fazem as mulheres em certos lugares e culturas até hoje.
Beijos.
HOMENAGEM BELÍSSIMA E JUSTÍSSIMA!
ResponderExcluirPARTICIPAÇÃO EMOCIONANTE.
Abração
Jan
Ana Paula, essa mulher é guerreira! Fazem muitos anos que ela está na luta, mas não somente na Africa acontece esse tipo de mutilação, também na Ásia, América, Austrália e pasme, na Europa. Usam da religião para controlar a mulher. Faz pouco tempo Warie Dirie sumiu e ninguém a encontrava. Quando apareceu, souberam que foi raptada por um motorista de taxi que queria estuprá-la - ela tentou se defender de todas as formas e tem agora problema no braço causada pela luta que teve com o homem.
ResponderExcluirEu assino o feed do blogue dela
Desert Flower – The Blog
Quando li o livro fiquei bastante chocada e ainda não assisti o filme. Não senti vontade! É muito sofrimento! Legal você se lembrar da causa e postar no blogue, pois não sabemos realmente até que ponto isso pode acontecer perto de nós.
Feliz dia!! Beijus,
Olá, Ana Paula! É muito chocante. Atitude sempre foi maior que o fracasso, o talento, a habilidade e circunstâncias! Atitude tem o poder de “construir e destruir”! De “tirar e colocar”. É como uma construtora que usa maquinários gigantescos, explosivos de alta potência para demolir uma construção antiga e fazer uma nova construção. Abraço! www.bebadosucesso.com.br
ResponderExcluirLi sobre essa história em um outro blog e fiquei chocada. Não tive coragem para ver o filme, quem dirá para ler o livro que sempre é rico em detalhes.
ResponderExcluirÉ mais uma das provas porque a mulher na verdade deveria ser considerada como o "sexo forte". Sei que ultimamente conquistamos tanto o nosso espaço que é quase (quase) imperceptível essa desigualdade com a mulher. A história da Warie é de alguma forma bem estranha, linda... Pois mesmo sendo mulher, "frágil", obrigada a realizar o temeroso ritual... Ela conseguiu vencer! E ainda por cima, tornar-se uma referência para as mulheres da força que podemos ter.
Feliz dia internacional da mulher, Ana! Mesmo que atrasado, nosso dia existe a cada novo dia que surge, a cada dia em que precisamos cuidar de nós mesmas e daqueles que amamos! rs
Amei o texto como sempre! Beijos
http://oiflordeliz.blogspot.com.br
Olá, querida
ResponderExcluirEscrevi sobre a vida de uma missionária e fiquei sabendo de horrores acontecidos na África... nada mais me estranha!!!
Ressaltou algo de grande valorização da emancipação da mulher ao longo dos anos... tivemos vitórias e ainda precisamos crescer em muitos pontos...
Bjm de paz e bem
Oi Ana!
ResponderExcluirEscolheu bem a mulher guerreira para enviar a carta. Linda e emocionante sua participação.
Beijos
Selma