Júlia e Bernardo, com três dias de vida
Ah esse soninho!
Antes mesmo de engravidar, eu já lia sobre como proporcionar o melhor dos repousos para meus futuros rebentos.
Já iluminei algum texto deste blog com luz lilás e azul, além de borrifar nas suas páginas, aroma de camomila e lavanda.
Nos primeiros dias de vida do Bernardo, já em casa, seu sono causou reboliço geral.
Havia uma "segunda" porta na cozinha, metade tela, metade madeira que separava os animais no quintal e permitia a entrada de luz e ar no ambiente. Seu trinco consistia em uma pequena esfera retrátil que a fechava com suave pressão.
Ocorre que ao fechar, fazia clek.
E foi esse clek que colocou as mentes engenheiras de avós, dono da venda da esquina, tio em terceiro grau, a buscar uma solução. A cada clek, um sobressalto incomodava o sono do recém nascido.
Sinto vergonha por isso até hoje, uma dúzia de anos depois.
Calaram o clek.
No recente novembro, fui sobressaltada na madrugada pelo celular do meu filho. Entre a sonolência e o susto, achei que o menino tivesse deixado, por engano, algum alarme. Mas, nem foi preciso que eu me levantasse, o silêncio voltou.
Na manhã seguinte, indaguei-o sobre o tal alarme por volta da meia-noite.
Ah não, mãe. Era mensagem do grupo da escola no WhatsApp, duas e cinco da manhã. Poxa e eu nem acordei para ajudar meus amigos. Eles ficaram de recuperação e queriam que eu ajudasse a resolver uma equação.
Nem esperei o fim da explicação e berrei todo o silêncio que busquei durante muitos anos, sufocando inclusive cleks cleks.
Eles estão de recuperação, querem que você resolva problemas às duas da madrugada e eles terão que levantar-se às seis da manhã e estão acordados e estão de recuperação e os pais deles...
Bem, não importa a ordem de relevância dos fatos. O fato é que isso não é hora de mandar mensagens, estão de recuperação, deveriam estar dormindo para renderem melhor na aula.
Vejo pais desesperados para oferecem o melhor dos sonos e sonhos aos pimpolhos e sinto realmente vontade de falar - esqueçam tudo isso, logo ele terá um celular e um grupo, e qualquer coisa que seja similar a um whatsaap e aí, clek pra você.
E por falar em aulas, a Paula Belmino preparou uma postagem muito interessante sobre volta às aulas. Confere lá!
Texto reflexivo e atual. Vejo minhas sonrinhas depois do celular e whats nem param mais pra conversar dormem tarde e nem estudam. É a realidade de nossos alunos também.Obrigada pela indicação. Deus abençoe
ResponderExcluirÉ verdade isso,Ana Paula! Neno me fala que colegas da sua aula dormem por volta das duas da manhã e ficam trocando mensagens e joguinhos até essa hora. Uma pena! E eu digo :
ResponderExcluir- Coitados! Não tem mães responsáveis! Não tem quem deles cuide!
É tão fácil de resolver.; No quarto de dormir,à noite, n~]ao fica celular nem tablet. Pronto!
Radical? Sim! Sou mesmo quanto à respeitar o sono, a rotina e alimentação...
Adorei o texto! bjs, tudo de bom,chica
AH ESSE SONINHO LEVE E AS ESCOLHAS DE ALIMENTAÇÃO, CUIDADOS E ZELOS COM O TEMPO DESCARTADOS SEM A MENOR CERIMÔNIA
ResponderExcluirPAIS QUE NÃO REGULAM OS USOS DOS FILHOS, DE APARELHOS, HORAS, MARGENS E ENTREMEIOS
PEQUENOS E MÉDIOS TEM QUE TER UMA NOÇÃO QUE É PASSADA PELOS GRANDES, TEM QUE TER, SEJA MODERNIDADE OU NÃO O TEMA EM QUESTÃO
E O QUE DIZER DE GRANDES QUE MANDAM E ATENDEM A APITOS SEM HORA, SEM NOÇÃO, SEM FILTRO?
RECLAMAR
PASSAR RECIBO DE CHATA, CRI CRI
PASSO, ASSINO E RECONHEÇO A FIRMA
SE NÃO GOSTAR #NEMSINTOMUITO
Olá Ana Paula! Fiquei aqui relembrando os momentos de pisar "levinho" para não fazer nenhum barulho e não atrapalhar o soninho gostoso da filha quando bebe... O tempo passou, hoje ela crescida e já na casa dela, mas continuamos adeptas da boa conversa... Nada de conversas pelo whatsaap, ou seja lá o que for... Precisamos ter uma dose de disciplina e bom senso! Respeito quem gosta, mas mesmo quando o mundo virtual me "chama" o mundo real "grita" mais alto! Feliz semana! Muita luz! Abraços...
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