Ali cometi um equívoco, o qual só fui ter consciência tempos depois.
Não era completamente feliz meu menino em seu terno.
Sentia-se muito bem dentro de seu terno; o incômodo todavia, vinha da gravata.
A gravata era de um modelo com o nó já feito, bastando ajustar. Sem delongas.
Para ser completamente feliz em seu terno, o menino queria uma gravata para ele fazer o próprio nó.
Em alguma festividade, fora-lhe presenteado uma gravata. Duas, na verdade (#estavaempromoção).
Sorriu um sorriso de iluminar o olhar e guardou-as enrodilhadas feito gato.
Até que chegou a semana na qual ele usaria novamente seu terno.
Mas, e o nó?
Eu, a mãe sou inapta para tal tarefa.
O pai, é um sujeito contraditório: faz diversos tipos de nós em barrigas abertas, mas nem chega perto de gravata.
E agora Bernardo?
Amigos distantes tentaram ajudar enviando links de vídeos que ensinavam tal feito. O menino gastou duas cargas inteiras de bateria e encontrou-se na mesma situação de antes - sem saber fazer o nó.
O tempo passava e já estávamos às vésperas do evento.
Nosso vizinho ( de oito andares abaixo! ).
Mas antes de dizer que foi o Leonardo quem ensinou o nó da gravata, é preciso falar do Leonardo.
Comecemos então pelo caminhão.
Sim, um caminhão de mudança estacionado em frente ao nosso prédio, num dia que não choveu.
Vi os rapazes da mudança nas vezes que saí com o cachorro. Muito cuidadosos.
E dias depois, no elevador, um moço descendo com caixas a reciclar. Conversa de elevador ( adoro! ) - mudei a pouco; sim, eu vi o caminhão o mesmo logo das caixas...
Tempos depois, estávamos, marido, eu, as crianças, o pai dele, ele falando de pão de queijo. Mineiro, como marido! Ê trem bão!
Nunca vi Leonardo de gravata mas de alguma maneira eu sabia que ele sabia fazer um nó!
Faltando doze horas para o evento, interfonei para o apartamento dele, solicitei o favor e lá se foi o Bernardo.
Voltou outro.
Domínio total, preciso do nó. Uma confiança que se refletia no pescoço empertigado.
Naquela noite, fez o nó mais de vinte vezes.
Senti até medo que a gravata não aguentasse o tranco. Era das boas, resistiu.
E esse texto é um agradecimento ao nosso vizinho, porque eu soube que sua mudança continha em grande parte coisas de cozinha. Leonardo ama cozinhar. Então, imediatamente soube que eu não poderia lhe agradecer com prato de comida, afinal eu corto cebolas com faca de pão. Melhor não arriscar!
Então, vamos de gratidão com palavras.
Nosso muito obrigado, a cada vez que Bernardo der um nó na gravata, a cada vez que o vir empertigado e com a gravata impecável, lembraremos que foi você Leonardo, com seu coração imenso que fez meu filho mais feliz!
Mas que lindo agradecimento e Leonardo ficará feliz de ter contribuído parta que Bernardo aprendesse a fazer nó na gravata.
ResponderExcluirAqui eu não sei, Kiko faz cada um( melhor deixar assim,rs) e nem quero imaginar a quem recorrer quando Neno precisar se colocar na "estica"...
Será que teremos um "Leonardo" por perto?
beijos pra vocês e um abraço ao Leonardo!chica
Amei a foto
ResponderExcluirOs bastidores desse momento, rito de passagem...
Tentei ajudar
Ajudo os daqui
e acho tão poético o caminho dos nós e laços de spatos, gravatas e afins
E adorei a história do vizinho
Adorei você trazer para cá
Vale um bolinho de chuva entregue com paninho cheirando a limpo em cima e prato bonito em um dia qualquer por Bernardo ao Leonardo
Que linda forma de agradecer, de dizer o quanto é bom fazer não só nó, mas laços de amizade, de crescer de aprender, de ser feliz ao realizar-se em algo que se deseja. foto linda. Bjs e tem dica no blog
ResponderExcluirComo disse a Tina, parece mesmo rito de passagem...coisa de homem, hehehehe!
ResponderExcluirLindas palavras e agradecimento, momento rico de amizade!
Marido meu tem dúzias de gravatas por conta do trabalho...mas eu nunca fiz um nó na vida, hehehehe!
A foto é um encanto, prende olhar...amei!
Beijos
CamomilaRosa
Ana Paula, estou encantada com o seu menino! Parabéns ao Bernardo, muitos grandões não sabe fazer esse nó.Bela foto!
ResponderExcluirBeijos
Amara
Que lindo!!!!
ResponderExcluirPuxa, parabéns ao Leonardo, será inesquecível na vida do Bernardo...toda vez que der um nó em gravata lembrará desse amigo e vizinho!
Seu texto está maravilhoso...O Leonardo já leu?
E a foto do seu filho demais, êta filho lindo!
Bjs
Ah que lindo esse menino! e que bom ser menino ainda aprendendo dar nó em gravata.
ResponderExcluirCertamente, no futuro usará em momentos solenes como o dia do casamento...
Lindo o texto a gratidao o vizinho o nó da gravata
e,linda a minha amiga que escreve bem como ninguém! rs
Abraços aanaPaula
Aqui é o "Leonardo"... hehehe
ResponderExcluirPuxa... fico lisonjeado com tamanha gentileza e em perceber ainda haver no mundo e em meio ao concreto de condomínios esse grau de afeto e tratamento entre pessoas! Esse sentido de humanidade e conexão com o que nos torna humano e nos diferencia de outros elementos é que me faz permanecer solícito e atencioso, embora nem sempre tenham passado em meu caminho "Anas" e "Bernardos" mesmo com minha voluntariedade. Fico feliz e durmo melhor hoje sabendo disso. Obrigado Ana e família!
Continuem contando comigo.
Abraços calorosos,
Leo
O Leonardo aqui!
ResponderExcluirQue legal!
Solicito, reconhecido, vizinho, amigo e grato.
Adorei!