Então, lembrei-me de algumas coisas que queria escrever já faz algum tempo.
Uma fotografia:
A data em que foi tirada esta fotografia foi dia 11 de fevereiro de 2015.
É um quadro e me lembro exatamente do que senti ao me deparar com ele: uma simplicidade, uma ternura; eu realmente enxerguei ali, não a santidade que talvez fosse a expressão maior da pintura. Mas enxerguei uma maternidade tão delicada, tão presente.
Aproximei o máximo que pude o celular da tela para fotografá-la e tentar capturar algum detalhe.
Eu mantive durante todos esses anos a fotografia em meu celular pelo encanto que ela me proporciona toda vez que a admiro.
Há presença ali. Há uma mãe, com feição cansada, mas inteiramente presente ao segurar o seu bebê e ele, o bebê completamente aconchegado nesse colo de amor.
Lembro de quando eu olhava para o quadro e pensava na mãe cansada, porém serena, livre para ser mãe e confrontava o pensamento com o que estamos a viver hoje nas grandes cidades especialmente:
mães que não estão presentes porque é preciso dividir a atenção com tantas outras demandas, incluindo o celular ( sim, vejo muitas mães empurrando carrinhos de bebê com uma mão e a outra grudada no celular ), uma presença fragmentada.
Muitas mães seguindo regras tão rígidas, tão desnecessárias - não pegar o bebê no colo para ele não se acostumar...
Há tantas imposições para as mães... que pode nos faltar coragem para seguir o nosso coração.
E a ternura da pintura lembrou-me também de um texto que li há muitos anos que falava da simplicidade das pessoas que viviam na área rural do Vietnã. Essas pessoas não entendiam quando se dizia "uma mãe é um tesouro".
No Vietnã, as pessoas do campo comparam suas mães às melhores qualidades de banana ou mel, arroz-doce ou cana-de-açúcar.
"Para mim, mãe é como uma banana ba huong da melhor qualidade, como neo mot, o melhor arroz-doce e como mia laua, a mais doce cana-de-açúcar.
Ter a delicadeza e simplicidade de uma mãe, não é sobre falar baixinho e ter gestos comedidos. Eu não falo baixo, nem tampouco tenho delicadezas nos gestos!
Mas são tantos rótulos e exigências que a sociedade quer que sigamos para criar filhos dessa maneira que é a melhor, ou a outra que tanta gente seguindo e fazendo no instagram...
O amor é tão simples como apenas um colo de mãe que pode ser silêncio e calor que acolhe e serena o coração.
À todas as mães, às avós, às filhas e filhos de mães que estão aqui e também daquelas que já se foram mas que sempre estarão em nós - que a gente nunca deixe de oferecer e sentir um abraço demorado.
Feliz Dia das Mães.
Boa noite de dia das mães, querida amiga Ana Paula!
ResponderExcluirSeu estilo de homenagem é diferenciado e interessante.
Eu espero ser uma mãe doce de leite cremoso não enjoativo...
Tenha uma nova semana abençoada!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Que legal! Também não estou nem longe de falar baixo e nem sou comedida nos gestos,rs... Mas temos a simplicidade e carinho, coração que sabe se abrir, pra acomodar e acolher! Adorei te ler! Que teu dia tenha sido tri legal como nosso foi aqui! bjs, chica
ResponderExcluirQue beleza, Ana Paula!
ResponderExcluirTanto a imagem quanto seu texto!
Feliz Dia das Mães!
Bjs
Oi Ana! Perfeito pensamento, sentimento, sem tirar nem por!
ResponderExcluirSim, muitas vezes parece nos faltar coragem para sermos nós mesmas como mães. Falar alto, falar baixo, bota de castigo, não bota de castigo, ser permissiva, não ser permissiva.
Mâe é intuição pura. É emoção, é coração, é erro e acerto diariamente, as próprias consequências ensinam sem querer uma mãe...
Se inspirar em alguma maternidade para melhorar-se? Acho muito válido, mas nunca perder a essência daquela pessoa como mãe!
Lindo quadro, singelo, terno, que expressa todo envolvimento materno.
Feliz TODOS OS DIAS DAS MÃE.... Sejamos nós mesmas!
Beijos querida
Tê e Maria ♥
A imagem é muito bela e fala por si. O seu texto também diz tudo: "O amor é tão simples como apenas um colo de mãe que pode ser silêncio e calor que acolhe e serena o coração." Que mais acrescentar? O meu abraço fraterno a todas as mães…
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Vejo toda ternura e significação do colo de mãe retratado no quadro e, amplio o olhar e o sentir através de tuas palavras reveladoras, Ana.Tamanha é a simplicidade habitual do gesto de aconchego que expande para além do momento visto; leva-nos à memórias afetivas.De agora em diante vou me referir aos amores de minha vida como os mais doces neo-mot e mias-laua.
ResponderExcluirEspero que teu domingo tenha sido radioso, assim como desejo que todos os dias vindouros também o sejam.
Linda semana pra vc.
Bjo,
Calu
Um texto magnífico, cheio de sensibilidade e bem pertinente de homenagem às Mães!
ResponderExcluirA imagem é muito bela e é bem demonstrativa do amor que une mãe e filho.
Um post sublime!
Um beijinho e que tenha tido um Feliz Dia das Mães.
Ailime
Ailime
OI Ana Paula, tudo bem? Hoje eu estava navegando em uns posts antigos no meu blog. Matando as saudades. Aí resolvi ir nos comentários e ver quem ainda tinha blog ativo. O post era de 2011. Encontrei poucas pessoas ainda como blog em atividade, é claro. E adorei ver que você está aqui na ativa com um post tão lindo. Belíssima foto. Que bom que você a guardou no seu celular. Lindo texto.
ResponderExcluirbeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook
Olá Ana Paula,
ResponderExcluirpassando para dar um olá.
Que Deus esteja sempre com você.
Abraços.