Quase noite. Hora de buscar o filho na escola. Me arrumo.
Na verdade, me arrumo traduz-se por coloco a coleira no cachorro.
Uma rua a atravessar e menos de um quarteirão é a distância.
Bem pertinho, costumamos dizer que moramos da escola.
Atraso-me um pouco por conta da característica farejadora dos cães e enquanto olho para os lados para atravessar a rua, um amigo de meu filho fala alto "O mãe do Bernardo, o braço dele..."
Fala e vai subindo a ladeira no que o coração subiu para os ouvidos e eu não ouvi se ele completou a frase. Com as pernas bambas não conseguiria correr em direção ao amigo de meu filho e numa nesga de raciocínio, achei melhor caminhar em linha reta até a escola.
Não imaginei num primeiro momento um braço engessado; imaginei o sangue escorrendo e a visão de um osso em exposição.
Ora, mas a escola não teria me avisado de algum infortúnio?
Não há mais tempo de divagar porque já me aproximo do portão.
Lá vem o menino com um sorriso cheio de marotice e os braços nem branco nem vermelho.
Tudo bem? O que aconteceu com seu braço?
Como você já está sabendo?
Encontrei seu amigo subindo a rua e... o que aconteceu?
Tem um carrapato no meu braço.
Paramos e com a dificuldade de enxergar no lusco-fusco ele me mostrou: estava bem próximo do lugar onde fica a marquinha da vacina. O bicho lá grudado, feito bebê esfomeado.
E por que você não arrancou isso daí?
Mãe, eu fui a sensação da escola hoje. Meus amigos nunca tinham visto um carrapato. Acho que os professores também não; cada um que entrava, primeiro vinha pra ver o meu braço. A notícia se espalhou e eu quase não consegui tomar o lanche para mostrar o carrapato. Entre um intervalo e outro das aulas, corriam moleques de outras salas para ver o carrapato.
Compreensível. Em tempos de fazendas virtuais, tempos urbanos que temos que levar nossos filhos em fazendinhas de uma vaquinha, duas ovelhas, e três porquinhos, é compreensível a efusão diante de um carrapato grudado no braço de meu filho.
Tinha para mim que ele seria sempre lembrado como o menino Visconde.
Será que o carrapato derrubou Visconde-menino?
Fato ocorrido na segunda-feira. Bernardo passou o final de semana na fazenda dos avós.
"Em tempos de fazendas virtuais, tempos urbanos que temos que levar nossos filhos em fazendinhas de uma vaquinha, duas ovelhas, e três porquinhos" é mesmo compreensível.
ResponderExcluirADOREI!
* Eu sempre gostei de chamar a atenção...mtos risos.
Em suma, acho que dá para compor nome e sobrenome, para nosso menino cachorro sabugo com carrapato no furo da vacina, que tal:
Bernardo Carrapato de Sabugosa
Soa-me como importante, de fama interplanetária
Uma noite sem carrapatos, pulgas ou percevejos fazendo combinação e serenata debaixo do colchão :)
kkkkkkk que figura, imagino a sensação do colégio por conta de um carrapato rssrr só em SP mesmo se fosse em Minas a história seria outra rsrsr lá o que dá ibope são bernes kkkkkk maldade minha, adorei como sempre tudo contado com seu bom humor fica muito curioso! Bjinhosss
ResponderExcluirGente, não tem como não ler o comentário da Tina, hehehe, só ela mesmo para inventar um nome! Show!
ResponderExcluirMenino Bernardo Carrapato de Sabugosa agora com mais uma experiência de vida e de vida das antigas! Eu quando pequena tive até bicho de porco no pé quando ia brincar no sítio de minha avó lá em Minas...
Coisas da vida!
Beijos
CamomilaRosa
Puxa, deve mesmo ter sido sucesso. Há crianças que nunca viram uma minhoca sequer.
ResponderExcluirE daí o que fizeste com o bicho?rs beijos,chica
Ah!!! Cresci no interior, e "pegar" carrapato era super normal!! Confesso que nuca gostei do bichinho sugando meu sangue, mas o bicho de pé...sinto maior vontade de encontrar uma "batata" bem gorda no meu pé...mas no asfalto não dá esse bichinho!!!
ResponderExcluirEste Bernardo está me saindo um garoto cheio de invencionices. Agora, esta mãe protetora, que põe o coração na boca e já imagina uma cena cheia de horror... ah, esta qualquer psicólogo explica.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirGente, ele deve ter siod a sensação da escola..
ocê acredita que esses dias encontrei um no Davi tambem? É sinal de criança que brinca e tem contato com a natureza ;)
Bjs
Noooossa que engraçada essa história do carrapato... A minha pequena não se surpreenderia tanto já que sempre chego das viagens de campo carregando um... rsrs.
ResponderExcluirBeijos!!
Que delícia!!!
ResponderExcluirNo meu tempo de professora primária, segunda-feira era sempre dia de carrapato por que as crianças sempre iam para algum sítio ou fazenda... Hoje forma tumulto, ahahaha...
Adorei!
Bjs
Vania
kkkkkkkkkk quando um colega apareceu com um carrapato no cabelo lá na minha escola as crianças viraram a cara pra ele. Mas que bom que a infancia dos seus filhos é mais inocente kkkk beijos!
ResponderExcluirOi "Mãe do Bernardo"rsrsrsrs
ResponderExcluirPerdemos a identidade pros filhos... e pro Visconde... e pros carrapatos.;-)
Abração
Jan
Oi Ana Paula. Tudo bem, agora sim depois do susto não é?
ResponderExcluirEu pegava muito bicho de pé no sitio de meu avô. Normal acontecer isso principalmente quem mora na roça ou passeia por lá...rs
Que bom que ele não ficou apavorado, que fofo aproveitou a fama de um dia...rsrsrs
Te mandei um e-mail.
Um lindo fim de semana e feliz dia dos pais para seu marido.
abraços.
Deve ter sido muito divertido para as crianças conhecer um carrapato.
ResponderExcluirBeijos
Amara
Aiii, ao ler e imaginar um carrapato grudado ao braço do menino, me causou uma certa impressão...afff, mas enfim, o que descrevestes é mesmo real, com tantas tecnologias as crianças ou os pais, esquecem-se que exite a vida animal cá fora... e as crianças são mesmo mto curiosas, falta-lhes é quem os levem a descobrir tanta beleza em nosso mundo animal...
ResponderExcluirBoa reflexão...
bjokas e um bom final de semana...
Cris
Quando vou para o sítio dos meus pais, uma vez por mês, quase sempre volto com um, dois, às vezes três carrapatos grudados no meu corpo. Toda vez que volto peço pro meu esposo ou minhas filhas darem uma olhada nas costas, bumbum, nuca. Nunca se sabe onde vão grudar.
ResponderExcluirTodo menino que conhece o campo o mato conhece também carrapato. Nesse caso o Carrapato quis conhecer o menino Visconde de sabugosa.
Oi, Ana Paula!!
ResponderExcluirTenho a impressão que eu surtaria até se a frase fosse completada!! :) Tenho verdadeiro pavor de carrapatos e pulgas! Mas ri das explicações do seu filho! Ele tem a quem puxar! Sr. Visconte de Sabugosa Carapatus.
Tem convite no "Luz".
Bom fim de semana!!
Beijus,
Ainda bem que minha infância foi rural. As vacas passavam pela rua que morava. Então eu vi todo tipo de bicho, inseto e etc... rsrs
ResponderExcluirBeijocas
Kkkkkkk... veja só o que desperta a atenção da meninada, um carrapato.Vc lembrou muito bem sobre as fazendas virtuais ou de papel e isto não é tão moderno assim, porque na época dos meus pequenos fazíamos passeios em fazendas abertas ao turismo para que eles vissem que o leite não aparecia em saquinhos plásticos e muito menos os frangos(rsrs).
ResponderExcluirEsse Bernardo é um sapeca!!
Bjkas,
Calu
kkkk
ResponderExcluirQue engraçado Ana Paula.
Eu sou um tipo de pessoa que não tenho o costume de pegar carrapato. Não vou muito pra roça. Vivo mais no espaço urbano.
Uma das poucas vezes que lembro que peguei um carrapato, meu pai arrancou-o das minhas costas e me mostrou o bichinho andando numa superfície branca...
Fiquei uns minutos olhando ele andar, cheio de perninhas... rs foi engraçado.
Não mais engraçado do que o Bernardo como a sensação da escola por causa de um.
rs
Abraço pra ti.
Ana Virgínia