segunda-feira, 30 de junho de 2014

Continuando

Eu não desconectei meu filho.
A imagem que utilizei no post anterior refere-se ao livro chamado "O inverno da nossa desconexão - como uma mãe e três adolescentes passaram seis meses totalmente desconectados e sobreviveram para contar a história" de Susan Maushart.


Um livro divertido, escrito por uma mãe jornalista que, junto com sua experiência, coloca várias pesquisas em suas citações.

Eu não sou a favor de radicalismos. Com meu filho ainda foi possível que ele mesmo reconhecesse o quanto de distração as mensagens causavam e um reajuste de horários para o uso está funcionando até agora.
Lendo o livro percebi o que são realmente adolescentes altamente conectados!
A mãe ( do livro, que vive na Austrália ) descreve a maneira como se davam os diálogos no lar deles: ela via apenas a nuca dos filhos, que estavam sempre de pescoço inclinados para alguma tela; olho no olho tinha se tornado raridade. E o pior se deu quando ele percebeu que os irmãos haviam substituído a expressão facial e tonalidade da voz quando queriam falar, descrever algo engraçado pelo internetês LOL, que significa muitas risadas, risadas altas, gargalhadas, zombação.
Eles apenas diziam "Mano, isso é muito LOL"mas eles não riam. Foi a gota para ela. Desconexão total com direito a uma temporada sem energia elétrica! Mais radical impossível!

"Na primeira vez que anunciei minha intenção de desconectar todo o nosso arsenal eletrônico - do menor dos iPods shuffle ao computador superturbinado de meu filho ( o equivalente computacional de uma Ferrari ) -, meus três filhos nem piscaram. Quando penso nisso agora, entendo o porquê. Eles não me ouviram.
Bom, eles são adolescentes. E estavam ocupados. Postando as fotos da festa da noite anterior, bisbilhotando o Facebook dos amigos da possível ex-namorada do namorado, assistindo ao vídeo do momento no You Tube".

Toda essa experiência, Susan Maushart chamou de "O Experimento".
Durante o Experimento, as crianças que são nativos digitais, "descobriram" o prazer de folhear revistas, jogar conversa fora até tarde da noite com a mãe, amigos, cozinhar juntos, enfim todas essas coisas que nunca deveriam se perder mas que em tempos de conexão ininterrupta vai parecendo artigo de museu.

No próximo post - mandamentos da  higiene conectiva.
Beijo!

Já posso me tranquilizar! Conversas olho no olho, gargalhadas reais, aconchego na cama da mamãe com direito a massagem nos pés circulam na nossa rotina!

10 comentários:

  1. Que legal e acho que essa mãe fez mesmo bem em radicalizar. pelo jeito lá as coisas andavam feias,rs... Estou adorando essa série! Legal e temos nós que estar sempre bem antenadinhas para o melhor para os filhos e netos! beijos,boa noite! chica

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  2. Quando chega a este ponto que essa mãe viveu ai sim é hora de desconectar e tentar se reaproximar da vida de verdade. Muito bom este livro eim? Novidades no blog.bjs

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  3. No ano passado desconectei meu filho, viciado em internet, por 30 dias. Mandei-o para uma colônia de férias no exterior sem TV, celular, tablet ou computador. Achei que ele fosse desistir logo no começo. Ficou até o fim.

    Neste ano ele pediu para voltar.

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  4. Aqui na minha casa não é diferente, tenho filhos adultos que chegam do trabalho e da faculdade com o celular mão, na hora almoço e do jantar celular na mão, mas são adultos o que posso fazer para mudar isso?
    No final de semana ficam trancados no quarto conectados no PC.
    Conversar só com a cachorrinha e as plantinhas!Quando Pedrinho está aqui ele é meu amiguinho de papo!
    Ana,adorei o comentário no blog da Tina!O Pedrinho ficou feliz!
    Beijos
    Amara

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  5. Adorei a idéia, acho que esse livro deve ser muito bom! Eu e minha família passamos algumas semanas por ano num sítio onde não há sinal de celular nem internet e percebemos a diferença.
    Sempre digo ao meu filho que quando ele liga uma das suas telinhas parece que foi abduzido, aqui em casa ficamos na marcação com eletrônicos. Tudo o que é demais faz mal.
    Bjs

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  6. Legal demais esse livro Ana.
    Acho importante refletir sobre isso.
    É tão comum vivermos nesse meio tecnológico e não pensar nessas consequencias na vida das pessoas seja dentro de suas casas ou da vida em sociedade.

    Já escutei minha mãe reclamar, e com razão, de nosso vício, do tempo que ficamos no computador ou do celular.

    É preciso ter o auto controle. Saber a hora de conectar e desconectar. Nós adultos temos mais consciência e mesmo assim temos essa dificuldade de desconectar.
    As nossas crianças precisam sim de nossa orientação.

    Vou acompanhar seus comentários sobre o livro.

    Abraço.

    AnaVi

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  7. Minha mãe acha que eu fico conectada demais, as vezes eu faço uma avaliação também e digo "Opa!" ora de parar, ai invento alguma viagem para algum lugar do interior no qual não pega nem sinal telefônico, deixo o celular sem conecção, até mesmo zap zap, faço alguma coisa porque não vale esquecer de viver a vida real em prol da virtualidade... Procuro me lembrar que virtualidade é o lugar de narrativas e a gente não narra se não vive.

    Fiquei sim, interessada no livro, porque em tempos como o nosso vale ficar atenta.

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  8. Quero ler esse livro.
    E sinto que estamos muito conectados (tecnologicamente falando) e muito desconectados (socialmente falando).
    Abracos querida.
    Gra'

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