"Mãe, qual foi o presente mais precioso que eu já ganhei?"
A pergunta me fora feita por meu filho Bernardo, que tratou de explicar seu intuito: era uma pergunta absolutamente capitalista, então, eu que não viesse com respostas abstratas como "sua vida é seu bem mais precioso".
Seria essa mesma a resposta, o menino já sabia!
Mas, em se tratando de coisas materiais e mensuráveis, dei-lhe a resposta de imediato.
"Dez reais".
Protestos e muitos. Dez reais, que falácia!
Saiu-se com a bicicleta, o tablet, a estimativa de todos os livros juntos ao decorrer de uma dúzia de anos vividos.
Dez reais, eu afirmei, foi seu presente mais precioso.
Um riso irritado e o pedido de "deixa de zoeira, mãe".
Dez reais.
Você foi, como todos os bebês o são, um bebê fofo.
Olhos vivazes, sorriso fácil, encantamento em todo seu pequeno corpinho.
Eu, que não dirijo, saía com você amarrado a meu corpo, no indumento, que à época, chamavam bebê-canguru.
Numa dessas saídas, fui abordada por um mendigo. Clássico. Várias camadas de roupas que não se importavam com o verão gritante; paletó por cima de tudo; cabelos e barba desgrenhados, sujeira cada milímetro de sua pele e odor ruim.
Claro que tive a certeza de que me pediria dinheiro.
E foi onde me enganei.
O mendigo se encantou com o bebê. Aproximou-se, falou palavras carinhosas numa doce voz, pediu-me se poderia tocá-lo. Eu assenti. Ele acariciou sua cabecinha e seu rosto. Abençoou-o, desejou tudo de melhor e por fim tirou de um dos bolsos do paletó uma nota de dez reais e entregou-me para que eu lhe comprasse um presente.
Do riso irritadiço que achava que eu estava de zoeira, meu filho não controlou as lágrimas que lhe brotaram nos olhos e falou alto com voz embargada: "aonde você estiver mendigo querido, que tenha uma vida digna, comida, roupas, banho".
Abraçou-me e agradeceu por saber de seu presente mais precioso.
Ana Paula, que história linda! Ainda mais sabendo que é real!
ResponderExcluirQuem ficou com lágrimas nos olhos fui eu...
Não só pelo gesto do mendigo, mas pelo seu coração de aceitar o gesto e dar-lhe o devido valor.
E também pela reação do seu filho, que menino de ouro...
Bjs
História linda, Deus espalha anjos que mudam nossas vidas da forma mais simples ( com amor).
ResponderExcluirbjokas =)
Que bebê fofo!
ResponderExcluire a historinha dele também!
mãe e filho abençoados da forma mais pura que há_ a simplicidade despojamento verdade.
Bacana Ana
beijim
Uma linda lição de vida , uma linda história, com certeza dez reais que valem por mil.
ResponderExcluirQue coisa linda e especial! Amei!
ResponderExcluirA vida é cheia de surpresas não é mesmo? E esta foi uma grata e preciosa surpresa.
Bjs
Emocionada ao ler! Que coisa mais querida isso e que valioso presente achaste pelo caminho! LINDO!ADOREI! Amanhã terei um dia tri legal por aqui,sabes,rs...bjs praianos,chica
ResponderExcluirNa beleza e humanidade do gesto do mendigo o seu consentimento, humanidade e doçura
ResponderExcluirNa reação de Bernardo seu não fazer dessa história uma história banal, o contar especial, sua maternidade e doçura
Feliz esteja o mendigo
Feliz já era e melhor que muita gente que a única coisa de valor que tem, é dinheiro
Feliz por ser amiga de vocês
ResponderExcluirLinda história... com toda certeza um gesto de grandeza de alma que não vê o dinheiro em si, apenas a gentileza :)
ResponderExcluirBeijocas
www.vidabonita.com.br
Que linda história!
ResponderExcluirAdorei o bebê fofo! E quem não teria a vontade de tocá-lo!
Incrível o gesto de bondade do mendigo.
Os dez reais deveria ser o único!
Beijos
Amara
Ai a gente chora néh! Que bebê gostoso!!! Que história! Que encontro!
ResponderExcluir