Um projeto encantador que encontrei na minha cidade: em tricô ou crochê, quadrados são doados para depois serem unidos e transformados em cobertas para moradores de rua.
Há muito tempo atrás, eu participei de um trabalho voluntário que foi enriquecedor, não apenas pelo que nós fazíamos ( contar histórias para crianças hospitalizadas ) mas também pelo suporte que tínhamos com palestras e eventos.
E foi lá que ouvi pela primeira o conceito de "terceiro setor".
Governos não dão conta de suprir tudo, principalmente num país de dimensões continentais. Há de se cobrar a parte que lhes cabe. Podemos também fazer parte disso.
Vieram os filhos, o voluntariado deixou de ser exercido, mas a semente ficou.
Na verdade, essa semente vem desde sempre, desde quando nossos avós falam que temos que ser bons, nossa diz para não jogar papel na rua.
Então quando me deparei com os quadradinhos que acolhem, senti aquela vontade que transborda de poder participar. Não sou tricoteira de mão cheia. Sei fazer o básico, o mínimo, o quadrado!
O pessoal que recebe os quadradinhos, fica num parque.
Domingo fomos até lá levar os nossos.
Agulhas e novelos também bem-vindos!
Numa conversa agradável, ficamos sabendo que a turma dos quadradinhos sai junto com o pessoal que distribui sopão e entregam as cobertas.
Também fomos convidadas para participar da junção dos quadrados - garantiram que é algo incrível e eu não duvido!
Na verdade, eu gostaria que nem precisasse existir esse projeto. Que não houvessem pessoas morando nas ruas.
Empregos, um olhar cuidadoso para a saúde mental, políticas públicas para o álcool e drogas, são coisas que cabem aos governantes.
Mas... para não entristecer e acreditar que as coisas um dia irão melhorar, a gente tricota que faz bem!
E mesmo que o prefeito da nossa cidade mandasse uma máquina fazer muitos cobertores, não seria a mesma coisa.
Vou finalizar com um trecho do livro Lívio Lavanda ( outro dia falo dele! )
"Lívio Lavanda está tricotando um cachecol de frases de amor para Anelise.
- Ele esquenta por dentro - explica para uma amiga ao telefone".
Possam os quadradinhos de qualquer cor, por várias mãos executados, aquecer também por dentro.
Ana Paula, que lindo projeto esse! E que bom que vocês estão fazendo quadradinhos e participando. Realmente seria bem legal se não fossem precisos, mas a realidade é essa e cabe a cada um de nós tornar mais coloridas e quentinhas as noites de inverno na rua!
ResponderExcluirADOREI! E s reunião dos quadradinhos, além da beleza que fica, tem um significado maravilhoso...è a união de carinhos em cada uma delas já pronta! Lindas fotos, lindo trabalho.Aplausos! bjs, chica
Que coisa mais linda!!!
ResponderExcluirNossa, que idéia maravilhosa...e o símbolo de esquentar também por dentro!
Parabéns por ter participado, seu carinho chegará até quem precisa.
Bjs
Que projeto maravilhoso, e é cada um ser gentil, ser solidário, estender um pouco de atenção, um pedacinho de algodão e aquecer corpo , alma e coração. Amei Ana, tem novidades no Poesia
ResponderExcluirAna Paula gostei imenso deste teu post!
ResponderExcluirolha que coisa bonita :)))
um sem fim de quadradinho a criar uma cadeia de amor e lã quentinha
para aquecer a alma dos que precisam de apoio e de carinho
é verdade que os governos não podem dar tudo em nenhum lugar isso acontece
beijinhos amiga
obrigada pela partilha tão simpática :)
Angela
Bom dia Ana Paula!
ResponderExcluirQue linda iniciativa. Na casa espirita que frequento, há um grupo de mulheres que se reúnem para tricotarem juntas enxoval para bebês recém nascidos.
A solidadriedade se dá de tantas formas, basta encontrarmos a nossa de ajudar.
Ah,fui procurar na internet o livro Lívio Lavanda, volto depois para conferir o post que fará sobre ele.
Um abraço,
Sônia
Uma iniciativa muito interessante e cheia de carinho, Ana Paula. Fazer voluntariado é sempre muito enriquecedor.
ResponderExcluirUm beijo.
Não sei se amei mais o projeto
ResponderExcluirSeu relato
Ver a Ju de gorrinho
As suas fotos
Os quadradinhos
Eu nunca fiz trabalho voluntário, mas é uma coisa que me dá vontade de fazer. Não gosto de doar dinheiro, preferia doar um quadrado rsss.
ResponderExcluirQue linda iniciativa aí. Há sempre almas caridosas que estendem a mão para os menos favorecidos. Acho o pior da vida se morara na rua. Não imagino a dor de quem não tem um teto onde se abrigar, quando a noite chega.
ResponderExcluirLindas ficam as mantas.
E abençoadas as mãos que as tecem.
Beijo, Ana Paula.
Lindinha a sua menina.
Ai, Ana, que iniciativa maravilhosa.Abaixo-assino cada declaração tua sobre o movimento e suas destinações... que mãos arteiras e bondosas aqueçam por dentro e por fora a todos que precisarem.
ResponderExcluirDivina Providência.
Bjos na Julinha.
Calu