Escrevi que minha próxima palavra-virtude seria harmonia.
Escolhi-a diferentemente da anterior. Não pela beleza, pela poesia, mas pela urgência em que tome forma e modifique atitudes em nós.
Bernardo e Júlia sempre viveram com cumplicidade, cuidando um do outro (quando eu dava bronca no Be e ele começava a chorar, a Júlia corria pegar um paninho para enxugar-lhe as lágrimas e ainda pedia para não rigar com o irmão). Há pouquíssimo tempo começaram a se desentender - do amanhecer ao anoitecer, passando pelo clássico "queria ser filho(a) único, você gosta só dele(a), ali é o meu lugar e por aí vai.
Exercício de paciência que as vezes rareia!
Hoje pela manhã, lembrei-me de ter dado um poema para o Bernardo levar para a aula de filosofia. Lembro-me também que ele disse que o professor gostou muito e estava usando nas aulas.
Fui em busca do caderno de filosofia e lá estava.
Postei e eles acabaram lendo depois.
O melhor veio agora a noite, quando a Júlia me perguntou se eu queria ouvir um poema que ela mesma fizera.
Diluí minha aspereza...
Sei que são coisinhas, fases de irmãos e que vai passar.
O poema
As palavras foram fluindo de sua boquinha com uma suavidade que me surpreendeu. Pedi que repetisse para eu anotar. Ficou assim:
Quando o sol amanhece
você tem que estar com harmonia
Quando anoitece e o sol se põe
você também tem que estar com harmonia
No meio do dia também tem que estar
Os minutos do dia passam rápido porque é uma flor que vai desabrochando em cada pedacinho que se junta a harmonia
Porque harmonia dá paz a todo mundo
Meu poema Júlia
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