quarta-feira, 5 de março de 2014

Tráfico humano

O tráfico humano, problema, vergonha, de proporções universais é o tema da Campanha da Fraternidade deste ano.
Assunto que parece distante de nós, mas a um olhar um pouco mais apurado, mostra-se assustadoramente próximo.

Segundo a ONU, o tráfico humano é colocado entre as atividades mais rentáveis do mundo, movimentando por ano 32 bilhões de dólares.

Há pelo menos quatro categorias do tráfico humano:

 - Exploração sexual;
 - Exploração do trabalho escravo;
 - Tráfico humano para extração de órgãos para transplantes; 
 - Tráfico de crianças e adolescentes para adoção ilegal ou trabalho.

Sobre o trabalho escravo, aqui em São Paulo, vivendo em cortiços, muitos bolivianos, trabalhando em máquinas de costura doze, quatorze horas ( ou até mais ) por dia.

Só para citar a Índia, quantos trabalhadores em condições até piores para produzirem roupas para magazines de nome, o mesmo roupas que recebem uma etiqueta de grife.

Conscientização das pessoas, cobrança do Governo para a diminuição da vulnerabilidade é uma das metas que se pretende alcançar com a campanha.

Quando escrevi ali em cima sobre estar assustadoramente próximo, pode estar em nossos guarda-roupas:

"Quando você compra algo e leva outro de graça - não é exatamente de graça". ( aqui )

E aqui é muito além dos impostos; de graça ou excessivamente barato, significa que pessoas estão sendo exploradas.

Vale a reflexão sobre a nossa maneira de consumir e das outras formas de exploração humana.

9 comentários:

  1. Tema espinhoso e que é uma ferida aberta no seio da sociedade. Para curar, é preciso expor, limpar bem e não apenas jogar para debaixo do tapete como sempre fazemos com o que achamos que não é problema nosso.

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  2. Uma chaga que vemos sempre bem aberta.Basta olhar,nem tão profundamente.Está aí! Lindo texto e convite à reflexão! bjs,chica

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  3. Uma vergonha existir isso ne?
    Ainda mais em peças de grife que se paga tão caro!
    Tomara que um dia acabe!
    Bjs

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  4. É lamentável que ainda exista tamanha desumanidade, coisa que parecia ficar só nos livros de História. Achei interessante a Igreja Catolica escolher o tema, até mesmo como forma de se desculpar por quase nunca, segundo a historia, se posicionar contra a escravidão dos negros no Brasil durante aquela epoca e tambem a exploração desumana aqui e no mundo, como se houvesse uma hierarquia da predestinação. Muitas igrejas historicas sao trabalho árduo dos negros escravizados. É hora de se desculpar pelo passado e ajudar na construção de um novo futuro.

    Beijo!

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  5. Oi Ana Paula,

    Fico feliz com a iniciativa da CNBB, este é um problema muito grave.
    Tenho essa preocupação há anos e tomo muito cuidado com qualquer coisa que eu vá comprar, sempre verificando se vem de comércio justo. Evito comprar coisas vindas da China, Tailândia, Índia, etc…se não souber como o produto foi produzido.
    Sempre que possível dou preferência aos produtores locais.
    Mas sei que o problema abrange outras esferas como a exploração sexual…espero que os governos também abracem esta iniciativa da igreja e façam campanhas mais expressivas para combater esse problema.
    Bjs e ótimo final de semana

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  6. Chocante!

    E para mim lembrança de pós carnaval o lançamento da Campanha da fraternidade. Estudei em colégio que havia sido freiras e seguiu com valores e práticas católicas.
    Volta da folga carnavalesca trazia o tema do ano, que seria trabalhadonas aulas de religião, discutido, encenado, levado para casa, para a comunidade. Sentia-me como parte do projeto, da campanha. E fiz sim parte, nem mais nem menos do que as campanhas fazem parte de quem sou.

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  7. Já não era sem tempo trazer-se à frente esta ignomínia ultrajante.Um tema que precisa urgentemente ser discutido/apontado/denunciado e suprimido da face da Terra.Vergonha e avilte da condição humana de ser.

    A Campanha da Fraternidade é farol imprescindível para jogar luz sobre o tema e exigir soluções.

    Bjos e boa continuação de semana, Ana Paula.
    Calu

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  8. Ana Paula, coloquemo-nos no lugar daqueles bolivianos que trabalham com costuras (em São Paulo) e que se encontram numa situação que parecem carros em atoleiros. Se aceleram muito afundam muito depressa e se ficam estáticos vão afundando aos poucos.
    Quando a Igreja Católica resolve mexer em algum problema social é porque tem "gente grande" ganhando dinheiro com isso e para que seja resolvido precisamos da intervenção de todos em todos os níveis.
    Beijo,
    Manoel

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  9. Ana Paula,

    Acho os temas da CF sempre provocantes e reflexivos.

    Este ano não é diferente.

    Em reuniões que participo e conversamos sobre este assunto, muitas pessoas declaram que desconhecem esses casos.

    Quando falamos pouco sobre o assunto parece que a problemática não existe.

    Bom você apresentá-lo aqui também.

    Abraço.

    AnaVi

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