Analisamos a imagem postada e podemos escrever em forma de carta, conto ou poesia. Venha se inspirar também!
Mariefleur
Volta e meia, retornava àquela rua onde tivera um lar, uma família.
Três anos após o devastador terremoto no Haiti, ainda era possível encontrar pelas ruas poeirentas, algum objeto, alguma coisa que tinha sobrevivido.
Mariefleur não exitou em remexer no entulho e resgatar de lá o que parecia ser um livro.
Voltou correndo ao seu lar, que agora era um orfanato, que dividia com outras dezenas de meninas órfãs e foi olhar as páginas, muitas rasgadas, outras totalmente rabiscadas daquele livro e encontrou uma gravura, que mesmo com sinais de amassado, imundou-a de uma emoção quase inexplicável.
Mergulhou os olhos naquele silêncio da imagem e depois de tanto tempo conseguir sentir algo diferente da raiva, do abandono, da falta de inocência que começava a habitar sua alma.
Claro que a moça da gravura não era em nada parecida com sua mãe. A alvura da pele coberta por tecidos delicados era diferente das roupas amarfanhadas que cobriam a pele negra de sua Josephine.
Mas a delicadeza, a ternura na voz suave quando lia uma história bonita, de final feliz com o corpo bem junto ao da filha. Sim, aquela gravura era sim o retrato de momentos de amor que elas passaram juntas até a laje desabar e esmagar sua mãe.
Havia já se acostumado com o cheiro das ruas, com as cores monocromáticas, com a ausência de flores e então aquela imagem lhe resgatou dos próprios escombros.
Reviveu o toque, o afeto da mãe, as palavras boas que um dia ela lhe falou.
Encheu-se de vontade de ter uma roupa bonita com chapéu e sentar-se em um banco deixando o silêncio trazer um cheiro de flor.
Tinha flor em seu nome, tinha uma imagem a lhe inspirar e força para buscar um futuro com outras cores e texturas.
Boa sorte Mariefleur. Boa sorte órfãos do Haiti.
Uma imagem, uma BC e uma linda mensagem.
ResponderExcluirQue chegue aos órfãos do Haiti pelas pelo ar, através de cantos repassados de passarinhos, da força da espiritualidade, de uma corrente de bons desejos para todos os que precisam, estejam perto ou longe de nós, de uma palavra amiga, uma mão, um ombro, um horizonte, o preenchimento de uma ausência ou de várias.
Lembrei ao final de seus escritos na postagem e início dos meu comentário, do último livro do Padre Fábio que li: Orfandades. O destino das ausências. Que através de histórias e reflexões fala do poder da existência, da fé, da superação que transcendem as perdas que são inerentes a condição de vida e morte, esperança e desânimo, desalinhos e previsibilidades, certezas e dúvidas que atingem os que são deixados para trás e/ou que deixam para trás lugares, objetos, pessoas, histórias.
Comi nuvens!
ResponderExcluirSim, tem gosto de algodão doce :)
Na segunda linha seria:
... pelas nuvens, pelo ar...
Pelas ondas do comenta aqui, comentá lá: Sim!, o livro é triste, pesado, denso. Há que se ler em momentos de equilíbrio, aos poucos.
E sim, é bonito, faz o coração ficar mais pulsante e as orfandades mais leves.
OLá,
ResponderExcluirque história triste, sempre queremos ver uma família feliz e unida, mas temos que nos apegar aos bons momentos vividos.
Bjos e tenha um ótimo dia.
Ana Paula, faço minhas todas as palavras da Tina. Muito bem lembrada essa dica e é muito importante refletir e aplicar esse conselho.
ResponderExcluirMuito legal o comer nuvens. Como seria a digestão disso???
Beijo
Manoel
A digestão é como beber água ou engolir trovões, depende :)
ResponderExcluirAplausos e mais aplausos. Linda demais, Ana Paula! Formosura de inspiração! beijos,chica
ResponderExcluirAna,
ResponderExcluiro quanto uma imagem nos remete ao fundo de nós mesmos,é fato mais que corriqueiro; encontros/desencontros perfazem as cenas vividas, remexem os sentimentos, deixam a tristeza invadir,mas permitem também que a esperança se hospede.
Tudo isto e muito mais reside neste teu tocante texto.Uma pontual e bela participação.Bravo!
Bjos,
Calu
Gostei dessa ideia de momentos inspiradores. Tive um vendo tv hoje (foi naquele programa bem estar sabe?) mas ainda não escrevi no blog. Li seu texto e pensei: é bom lembrar que a vida não é feita apenas de tristezas. Eu tenho uma dificuldade enorme de me consentrar no que é bom. fico lembrando apenas do que é ruim e me torturo às vezes com isso.
ResponderExcluirUm belo conto de tristezas, alegria e mensagem de eesperança. Parabéns pela excelente inspiração e criação.
ResponderExcluirbjs
Linda inspiração, palavras bem colocadas e que nos emocionam.
ResponderExcluirComo é bonito deixar a inspiração tomar conta e brincar com as palavras desenhando momentos falas e imagens!
ResponderExcluir_só os escritores/poetas são capazes.Parabéns
Muito bonita mensagem de solidariedade de amizade e saudade ,
um abraço Ana
Ai,Ana Paula!Que história emocionante criou!Fiquei com lágrimas nos olhos aqui!Tão belas lembranças da menina.bjs e parabéns pelo conto!
ResponderExcluirParar, pensar, imaginar, brotar a inspiração e escrever palavras tão profundas e mágicas.
ResponderExcluirParabéns pelo dom!
bj Sandra
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Linda imagem e com ela conseguiu fazer um belo texto.Parabéns!!
ResponderExcluirAbraços.Sandra
Ana, uma história belíssima e emocionante!
ResponderExcluirLindo demais!!
Beijos
Amara
Ficou lindo o seu conto, Ana. Delicado e profundo. Triste e bonito.
ResponderExcluirLindo demais meu parabéns!!!!!
ResponderExcluirQuerida Ana Paula!
ResponderExcluirMaravilhoso... encontrar tanta inspiração numa imagem!
Você é formidável! Bom demais te ler,
seus contos me encantam e emocinam! Parabéns!
Abraços e tudo de bom pra ti.
Olá Ana Paula.
ResponderExcluirEsta semana minha Ana Paula faz aniversário, 28 anos, pode? eu acho um abuso da pessoinha,kkkkkkk
Você tem o dom de encantar, mesmo triste a historia ficou fantastica. Parabéns pela linda inspiração. Beijos.
Olá Ana Paula!
ResponderExcluirEspero que estejas bem.
Gostei muito de ler o teu conto. Os meus parabéns, pois remeteste a história para o pós terramoto no Haiti. É a primeira vez que leio um conto sobre isto.
Os meus parabéns pela tua participação.
Beijos,
Cris Henriques
http://oqueomeucoracaodiz.blogspot.com
http://jakeemary.blogspot.com
Ana Paula, relendo a sua postagem entendi que o mais importante disso tudo é que eles consigam colorir suas vidas. Consigam a superação disso tudo.
ResponderExcluirBeijo
Manoel
Linda imagem e que texto bonito e bem escrito. Me sinto dento desse momento , dento do conto. Me emocionei! Obrigada por trazer palavras tão belas que nos tocam lá no fundo! Bjo enorme
ResponderExcluirBoa sorte, menininha linda!!!
ResponderExcluirQue delícia de leitura!!!
Beijos
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirEstou correndo para ler as postagens coletivas da qual também participei para ver como ficaram os textos de quem participou. O que tenho lido até aqui, foram poemas belíssimos, textos que exalam ternura e esperança e dramas! o meu texto também descambou para um drama. Mas um drama aberto para a esperança, parecido com este teu texto maravilhoso!!
parabéns
Edu.
www.veredasdopensamento.blogspot.com
Ana Paula!
ResponderExcluirSem palavras por tão lindo e emocionante conto que fala dos ófãos do Haiti.
Obrigado por este momento de inspiração que toca a nossa alma.
Beijos
Hey, Ana! Bela participação. Que o amor e a beleza contidos neste seu texto cheguem àqueles pequeninos corações... Que todos eles tenham a oportunidade de encontrar outras cores e texturas! Bjs.
ResponderExcluirOlá, querida Ana
ResponderExcluirFinalmente cheguei em casa depois de 12 dias fora...
Sabe, incrível como tem crianças abandonadas por esse mundão e que precisariam de ter mães voluntárias para, ao menos, lerem histórias e abrandar um pouco o nó da garganta que fica ao não se ter colo materno...
Fique bem!!!
Bjm de paz