quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Feliz dia do Professor

Feliz? Que feliz? Aonde?
Não sejamos hipócritas: essa data tem muito pouco de feliz. Para que possa retomar a aura festiva, antes precisa ser uma data de reflexão.
Eu já fiz várias potagens aqui no blog, divertidas até, sobre as mudanças tão rápidas e repentinas de nossos tempos, por exemplo o uso de celulares e tablete em missas ( ver aqui ) ou mesmo sobre as lâmpadas que agora tocam música ( aqui ). Tudo mudando na velocidade de um tufão e o professor?
Não, a culpa não é do professor.
O professor é o herói, o vencedor de adversidades. Ele tenta, muitas vezes consegue, outras não, adaptar-se.
Tem de enfrentar a falta de coerência entre os poderes municipal, estadual, federal para a educação; tem que fazer uma faculdade absurdamente teórica e aprender a prática na prática; tem que lidar com as carências nutricionais, econômicas ou os excessos de recursos que muitas vezes se traduzem numa falta total de respeito e admiração pelo seu trabalho; tem que satisfazer as preocupações dos pais com o ENEM e os vestibulares e agora vem aí, ganhe quem ganhar as eleições, a escola de tempo integral.
E o que vai ter neste tempo integral? Nem os candidatos devem saber, depois de eleitos, pensam.
Acho que a maior crise que enfrentamos nem é na saúde, é na educação.
Que a escola precisa ser mudada, o professor já sabe, já sente, já faz o que pode. E todo o resto, governos, sociedade, pais?
Para muitas famílias ( ? ) a escola tem que fazer o papel que seria delas, ode dar valores.

Aos que exercem esse maravilhoso dom de ensinar, deixo a minha admiração e sonho de dias melhores.

Um vídeo para reflexão nestes tempos difíceis - 17 minutos.


8 comentários:

  1. Estás coberta de razão! Há muito( ou tuuuuuuuuuudo) a melhorar para os nosso professores, aqueles que verdadeiramente exercem com tanta dedicação e recebem pouco em troca, por vezes, quase nada e ainda são desrespeitados por alunos que se acham "empregadores" deles. Parabém para os professores e que um dia as coisas retomem seu devido lugar!!! bjs, chica

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  2. Escolas
    Diretores (as)
    Coordenadores (as)
    Professores (as)
    Melhores
    Uma faxina, relocação, afastamento dos sem preparo, sem aptidão, sem noção que por ai estão
    Mudança e observância nos planos de aula
    Escolha de livros didáticos e paradidáticos
    Refinos e responsabilidade como formadores de opinião no que tange o lúdico, o informal, as beiradas que são recheio
    Urgente
    Urgente
    Urgente

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  3. Eu simplesmente assino em baixo!!! Como não concordar com cada palavra quando vc não esquece nem mesmo de citar o fato absurdo que a nossa formação é um mar de teoria que não nos prepara para a pratica????

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  4. Caraca!!!!!!!!! Eu simplesmente amei a palestra dessa garota, ela tem uma visão tão parecida com a minha que assusta. Agora ninguém nunca tinha me falado sobre o uso da tecnologia como ela falou \o/ E ela usa termos que eu uso "resiliência" "ciências da natureza"!!! Ai Pai como é bom encontrar pessoas que falam a mesma língua que compreendem!!!

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  5. Meus entusiasmados aplausos acrescidos de enormes agradecimentos por esta tua profunda e real análise da lamentável situação, quase centenária, da educação brasileira.
    Obrigada Ana, por trazer em tuas palavras todas as angústias e desgostos pelos quais passam a grande maioria dos professores brasileiros.Me senti representada em tua voz.
    Fiz um link lá no blog.

    Abraço afetuoso,
    Calu

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  6. Adorei o post e o vídeo!
    Período integral obrigatório, acho isso um absurdo.
    É preciso investir na qualificação e remuneração dos professores, investir pesado em educação, e não confinar as crianças na escola compulsoriamente.
    Bjs

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  7. Olá, querida Ana
    Em tudo de real que vc postou, recorto o fato do professor ter que fazer o papel da família... é um desafio e tanto...
    Saí há 20 anos e vejo, através dos netinhos, como mudou tudo...
    Bjm fraterno e parabéns pra nós!!!

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  8. Não há muito o que comemorar e com o que está por aí temos que nos conformar com mais uma geração perdida.

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