01770006, a photo by Ale J. Ven. on Flickr.
Jorra água
leve consigo a exaustão de todo um dia
mas não leve
o cheiro de minha alma
somente ela recende assim
e ele me encontrará
em meio a tantos outros aromas
inalando o cheiro da minha energia
Jorra água
quero que este banho
me subtraia
de todos os adornos
que uso para camuflar
eu de mim mesma
estarei desnudada
quando ele chegar
porque nossas almas
irão se abracar
e quero estar assim
desacrescida
Jorra água
envolver-me-ei
em seda carmim
para que ele sinta
a avidez do meu desejo
Não. Dispensarei a seda
Jorra água
quero simplesmente
me encharcar
escorrer
quero estar molhada
porque sinto
que os seus lábios
estarão sedentos
uau! ou isso é paixão, ou não me lembro mais disso.
ResponderExcluirQue lindo!
Coração escancarado, pronto, lavado...
Acho que você é poeta.
Amei. Beijo
Minha nossa, como eu não tinha visto isso?
ResponderExcluirTá poderoso esse poema! Intenso, sensível, sensualíssimo!
Tá lindo, Ana Paula!
Um beijo!